Coleção pessoal de ClaraFurtado
Mesmo não existindo perfeição, melhore todos os dias para você e por você. Involuntariamente, os outros pensarão que é para eles. Isto se chama admiração.
Às vezes, sentimos uma estranha saudade do que não vivemos. Acho que é uma forma da alma nos lembrar que, no fundo, só queremos ser felizes.
Devemos ser gentis e educados, mas não bobos e indefesos. Devemos ser fortes e preparados para a vida, mas sem ser arrogantes e soberbos.
Manter a humildade no jeito e no coração, mas sem ser ingênuo perante aqueles tidos como de caráter duvidoso.
Construa e usufrua de coisas, mas ame e valorize as pessoas e os sentimentos. Não levamos coisas, as coisas nós deixamos como coisas para serem tão somente usadas. Levamos e deixamos verdadeiramente pessoas e sentimentos. Levamos vida, deixamos vida. Levamos o que fomos, deixamos o que fomos. Ame e valorize as pessoas e os sentimentos, seja o melhor que puder ser e deixe para as as pessoas, antes de qualquer coisa, o que você foi, o seu legado. Tenha Fe e, com Fé, tente virar velhinho e seja o melhor que puder ser, é o mais importante que se deixa.
Se tem uma coisa que eu faço bem é valorizar a quem reconhece o meu valor. Mas se existe uma coisa que eu faço melhor ainda é ignorar quem não me dá importância.
Inteligência e esperteza é saber resolver bem os problemas. Sabedoria e perspicácia é fazer do problema a mola do próprio sucesso.
Aproveite a vida da melhor forma possível. Ontem era janeiro, rapidamente hoje é dezembro e amanhã novamente janeiro será e assim vai passando, flores, sol, folhas e frio, a vida em forma de estações como prova de que o tempo segue reto, até que, com Fé Naquele, vida e saúde, possamos ver ruga feliz no reflexo do espelho.
Ontem estávamos entre brinquedos e imaginação, hoje estamos entre faturas e códigos de barras, responsabilidades e tão somente realidades que têm que ser encaradas sempre com coração de gente grande, não com a doçura da infância.
Ontem a alegria estava mágica e facilmente no carrinho ou na boneca, no sorvete e no algodão doce, hoje essa alegria e felicidade parecem muitas vezes distantes e difíceis de alcançar. Mas mesmo não estando mais na caixa de brinquedos e no passeio do parque, não se pode esquecer jamais de querer e buscar sempre e da melhor forma possível ser feliz com o que podemos, amando quem nos ama, brincando como criança, aproveitando muito bem a riqueza dos detalhes, ganhando dinheiro para gastar com felicidade realmente agradável e sadia, não para causar desgaste e infelicidade nem própria e nem alheia, e nem guardando para onde não podemos levar, sorrindo sempre que possível, se erguendo e aprendendo nas quedas, vivendo.
Essa vida é bem rápida para a gente desperdiçá-la com o que não valha a pena, não conduza à nossa felicidade, não faça bem ou não compense o nosso esforço e cada suspiro nessa nossa passagem por aqui. Aproveite da melhor forma.
E eu realmente não sou de ferro, embora às vezes finja com a minha armadura que pesa. Só, comigo, me dispo dela e, então, renovo as minhas forças para sustentá-la novamente.
Quem é humilde consegue ser chique sem intenção. Quem quer ser chique sem ser humilde, só consegue mesmo ser fútil.
Façamos careta!
Os "para todo o sempre politicamente corretos" que me perdoem (e a si mesmos também), mas eu tenho orgulho da minha porcentagem "desajustada", na verdade tenho é medo de perdê-la, onde não existe a neura de provar ser o tempo todo completamente normal. Não dá! Isso legitima a minha sanidade.
Totalmente louca eu seria se nenhum pouco louca eu não fosse. O que nos salva dos hospícios de concreto são os nossos pequenos atos diários de disparate no "manicômio vida": um berro pela pressão do dia a dia, um falar sozinha, perguntando e respondendo a si mesma, um cantar inglês sem saber, um grito na cara do afrontador ou mesmo de quem se ama, um choro só, um ataque de riso sem motivo, comer comida esquisita, uma fotografia despenteada, sem maquiagem e publicada às 5 da manha de um dia qualquer, depois de uma noite em claro com a cara nos livros, ou seja lá o que for que nos alivie. Assumir a parcela humana de loucura, aquela absolutamente normal, nas doses convenientes à saúde física própria e alheia, é estar nos conformes da normalidade, um jeito de encarar a vida com a leveza que ela pede. Renegar é disfarce para a inquietação que torna o cotidiano, de um jeito negativo, realmente estressante, tenso, doentio e paranoico: pesado.
Aceitemos de bom grado a nossa dose homeopática de “alegria extravagante”. É merecido, suadamente conquistado em meio a esse desatino que é viver, porque a vida é insana e, se é, só nos resta acompanhar o seu ritmo que, ainda bem, do jeito desvairadamente certo, cada um a seu modo, pode. Sejamos bobos, ou como quisermos, ao menos só às vezes, ao menos só um pouco, só para facilitar a coisa de ser feliz de um jeito simples.
Somos tão pequenos, grãos, gotas na imensidão do universo, somos humanos, cheios de dúvidas e perguntas sem respostas razoáveis que, por vezes, nos tiram a sanidade e nos fazem cometer pequenas ou grandes loucuras, julgáveis e perdoáveis, o que não nos torna melhores ou piores que ninguém, apenas humanos.
Somos tão falhos tendendo sempre a erros dos mais bobos e ingênuos aos mais absurdos e repetitivos, muito embora sejamos tão potencialmente aprendizes.
Somos tão frágeis e quebráveis, porém, fortes e "coláveis", tão comoventes, quase patéticos, tão bobos e tolos, tão necessitados e dependentes de Deus, o tempo todo, TODOS, mesmo que alguns não admitam.
Somos tão falíveis e ansiosos por superar a nós mesmos, às vezes, o outro, e com tudo o que se carrega no coração, com todas as tristezas, desamores, mágoas e desalentos, somos tão culpados, mesmo totalmente inocentes, tão humanamente iguais, mesmo incrivelmente diferentes, tudo isso, só Deus sabe de cada um.
O básico a se saber é que, no final das contas, não adianta, ninguém é melhor que ninguém.
Só alimento o que tem fome. Assim é no Amor.
Só vai Amor se quiser ser amado, e só quer ser amado se amar primeiro.
Sorrir nem sempre é esticar a boca de orelha a orelha ou gargalhar mais alto que tudo. Às vezes, na verdade, quase sempre, é estar em paz e de bem com a vida, consigo mesmo, com os demais e com o mundo.
Não sou obrigada a rir para todos só por educação, conveniência ou seja lá pelo que for. Posso esticar um sorriso cheio de dentes, mas ele só será assim, tão escancarado, quando simplesmente me der vontade verdadeira.
Assim, minha seriedade em nada é antipatia ou tristeza. É simplesmente minha discreta felicidade, que eu divido com os meus de um jeito só meu.
Às vezes o meu melhor sorriso é sério. E séria, estou muito feliz.
Essa minha insistência e teimosia de liberdade, essa minha mania de independência sentimental, por mais que eu ame demais aquele que não sou eu, o Amor por mim vem sempre antes, por mais que eu esteja unida à minha outra metade, ainda assim, me sinto uma parte inteira de mim mesma, como se não faltasse nada, e não falta. Já me sinto completa comigo mesma, não tem jeito. E eu não consigo evitar esse meu amor próprio, porque ele é tão bom.
Ainda bem, tenho, e a cada dia mais, uma enorme capacidade de manter uma distância segura daquilo e daqueles dos quais não confio, a valorizar o que e os que realmente valem, a não depender sentimentalmente dos outros, embora os ame com tudo de mim, a tentar acertar sempre, mas podendo errar todos os erros dos quais tenho direito, sem me ver fadada e acomodada em arrependimentos sem aprendizado como forma de evolução pessoal, e a me posicionar, com toda a serenidade e humildade que se deve ter, sempre no lugar mais alto do pódio, mesmo que nem sempre ganhe.
Eu adoro é movimento, ação, calor, atitude e firmeza, disto eu não tenho a menor dúvida. Inércia, imprecisão, frieza ou morneza, frouxidão e lerdeza, nunca chamaram muito a minha atenção para ficar, apenas para ir.
Eu adoro é tato, voz, gosto, cheiro e essência. A ausência do contato, do sentir, do ouvir e conhecer, perceber, definitivamente em nada me atrai; as coisas boas caminham naturalmente, devagar, aproveitando-se cada instante, mas jamais quase parando.
Eu quero inteiro, completo e de bandeja, intenso e brilhante, para que eu possa saber se eu realmente posso. Só uma parte me faz criar dúvidas que faz criar desinteresse certeiro.
Às vezes, quando a bússola inevitavelmente enlouquece, normal da vida, e sem querer a gente se perde, parece até de propósito, só para nos acharmos de novo mais fortes, atentos e cheios de atitude ainda. A bússola sempre se ajeita, mas antes disso, muitas vezes, somos nós que encontramos o norte sozinhos, e é por isso que, então, mesmo na loucura e por causa dela, mesmo parecendo sem rumo, evoluímos, achamos sempre e novamente a direção.
A gente se pega deixando aquela lágrima, teimosa que só ela, escorrer. E ela desliza às vezes sem nenhum grande motivo aparente, vezes por nada, vezes por todas as pequenas razões que aparecem, dia após dia, das profundezas das nossas desilusões e tristezas ou da superfície das nossas conquistas e alegrias, e tantas são. Ela passa pelo rosto, faceira e desobediente ou apenas amiga, tentando escapar fielmente só para aliviar o fardo e a pressão do abrigo onde se achava, causando a ligeira sensação, na constância finita da vida, de que, se não esvaziar, haverá, a qualquer momento, uma explosão delas.
Ela, que em medidas dosadas é sempre necessária e conveniente, mesmo que, contraditoriamente, no pensamento, dispensável. E, mesmo que passemos o dia inteiro fortes como rocha, duros na queda como todo mundo se mostra ou tenta, batalhando bravamente, lá estamos nós, no fim da noite, noite sim, noite não, felizmente rendidos a ela, frágeis mas com jeito de quem é vitorioso por ter na cabeça, além das preocupações do ser humano, tão humano, a famosa sensação da missão cumprida, mesmo que isso tudo se misture com uma nítida impressão que a nossa pilha diária acabou e é nessa hora, então, que entendemos que mesmo que esta seja símbolo universal de tristeza, assume, bravamente e com igual excelência, o papel de guerreira de uma fortaleza, reestruturando, refazendo e limpando a bagunça, sempre que a vida pede. E, assim, ela se faz tão protagonista nas vidas como o mais belo dos sorrisos, mesmo que muitas vezes também, antagonista, fazendo a sua presença em muitas cenas ser completamente normal e realmente, é, discreta e ou escandalosamente.
E, vez ou outra, eu me rendo, sem medo e certa de que, do jeito certo, nada ela tem a ver com fraqueza, mas com a condição de ser humano, feliz e muito forte que sou, embora ali, frágil, porque mais feliz e forte, ainda, saio e cada vez mais refeita, serena e pronta, pois nela, a única dose exagerada é uma grande e incalculável pitada de Fé.
E, com o passar do tempo, com a calmaria, tendo esquecido algumas lições, sabia que algo não estava totalmente certo.
Então, foi lá, leu antigas anotações no seu diário de bordo e viu tudo o que estava vago na lembrança, o que a fez forte, o escudo que conquistou, o campo de força que se formou, a blindagem que ganhou, a barreira que construiu com cada tropeço, escorrego, cada queda e arranhão, cada machucado e cicatriz, cada iceberg, quando muito frio, cada monstro do mar enfrentado em águas intranquilas e, embora exalando sentimentos, paixão e sensibilidade, flutuando serena e docemente, entendeu novamente que lições são grandes ondas de crescimento e que jamais devem ser esquecidas, compreendeu de novo que, mesmo em marés tranquilas, o modo como lidar e vencer tempestades nunca deve ser deixado de lado, percebeu mais ainda que vencer águas turbulentas é mérito, é força, mas que não é agradável e que é preferível aproveitar os dias calmos, navegar em águas brandas, mas sempre pronta, porque só o tempo que segue é constante, o tempo que paira em nossas vidas sempre pode mudar de novo a qualquer momento, de manso a agitado ou de bravo a sossegado. Ela enxergou, outra vez, que velejar em espelhos d'água é bom, é leve e é tranquilo, é preferível, mas que o que muito a fez quem é, ferozmente, até mesmo mais que a própria bonança, foi a força necessária nas tempestades da vida, soube também, mais uma vez, que o que a fez forte no velejar foi ter dentro de si a ideia de que não há tempo ruim, o que existem são tempos propícios para se manejar bem esse barco de vida nesse mar de vida.
Então, tendo lido alguns poucos capítulos, sendo sempre a mesma, voltou a ser ela mesma, aproveitando o tempo todo e da melhor forma possível o sol, a brisa e todo o bom tempo, sem deixar que ele a engane, sabendo que mesmo em mar calmo, depende do marinheiro conduzir bem o barco e que regras da tempestade também podem e devem se aplicar na calmaria. Em frente, enfrente. Sempre a velejar, constantemente a aprender e relembrar antigas e eficientes técnicas de navegação.
Para um homem achar um Mulher não é necessário mapa, tampouco manual de instruções para a entender, nem ir tão longe assim para a alcançar, ou esticar tanto o braço para segurar a sua mão; não precisa deter de algum documento comprobatório para que ela esteja sempre ao seu lado, nem vestir-se de palhaço para arrancar os seus sorrisos, ou gritar feito um louco para chamar a sua atenção, ou a ter colada fisicamente, átomo a átomo, para dispor do seu calor, nem acorrentar o seu coração para ser dono dos seus sentimentos, muito menos ter poderes paranormais capazes de controlar os seus pensamentos.
Basta apenas e simplesmente ele agir feito um homem de verdade, conduzindo a dança, chamando a responsabilidade, entendendo que puxar a cadeira, abrir a porta do carro, enviar flores ou bombons, tratar com mimo e paparico, presentear, ser cavalheiro, é básico, é pouco perto de todo o respeito que a mulher que ele pretende que dele seja, merece, sabendo a arte da conquista diária, do cuidado e da proteção que, por mais forte que aquela mulher seja, ela sempre irá querer, esperar e merecer, com toda a imposição de sua postura. E se houverem brigas, que ele saiba a manha de conduzir tudo de uma forma a serem, de preferência, guerra de travesseiros, e se forem de verdade, que ele tente, a todo custo, tornar poucas, bobas e de um modo em que a reconciliação seja sempre dez vezes mais forte, entendendo que pode até ser normal briga a dois, nada é perfeito, mas não desistindo de sempre voltar atrás e pedir desculpas, na constante, quiçá, eterna intenção de superar as barras juntos até ver ruga feliz, um na cara do outro, e se descobrirem, juntos na velhice, um casal até imperfeito, mas num Amor comprovadamente, através dos cabelos brancos, verdadeiro, que a tudo superou, que ele jamais tente ser perfeito, isto não existe, mas que seja sempre ele mesmo, oferecendo o seu pior e o seu melhor de um jeito transparente, sem máscara alguma, dando a esta Mulher o direito de escolher estar com ele tal qual ele é, sempre, de uma maneira que o futuro não o revele diferente de antes, de forma sincera, com todo o Amor que ele tiver no coração, e todo este Amor ofertado leal, respeitosa e exclusivamente àquela Mulher.
Isto, sim, é de verdade e funciona. E é bem desse jeito que é considerado raro e que um Homem acha, entende, alcança, segura, tem, faz rir e chorar uma Mulher e com tudo isso ele a faz enxergá-lo, com todo o calor, sentimentos e pensamentos, todos voltados para ele, sem nenhuma mágica, apenas sendo Homem de verdade, com uma mulher de verdade, numa relação de verdade.