Coleção pessoal de Claos
Ouvi-la faz bem ou mal
Não se sabe
Quais as possibilidades
Seria a melhor pergunta
Fugaz, voraz, desleal
Traiçoeira;
Pode afagar, pode machucar
Alguém que atenta-se para ela
Tem dois caminhos
Tens feito mal
É apenas um sonho
A realização tão distante
Ouvindo a saudade
Tapei meus ouvidos.
Horário de verão. O garoto com dreads acorda mais cedo que eu para ver o nascer do sol, ele anda por uma pequena mata, chega ao lugar mais alto, respira o ar e expira, desfrutando o prazer da solidão necessária. Uma parte de mim parece segui-lo, parece estar com ele, pois posso vê-lo sozinho meditando, enquanto a brisa esbarra em seu corpo. Mas não estou naquele lugar decorado por folhas secas, estou simplesmente no lugar mais distante, não posso mais vê-lo; ele começa a desaparecer e uma tristeza me invade quando percebo que tudo isso é só minha imaginação, pois nunca presenciei o seu amor pelo sol. "Poderei um dia estar aí contigo?" Não sei, mas o convite que ele me fez, não esquecerei, pois foi tão marcante quanto suas tatuagens.
O Resgate de um Sorriso
Sou palhaço pra te alegrar
Pra não te ver chorar
e nem lagrimas suas caírem no chão
Farei 1001 palhaçadas para tirar-lhe um sorriso
Viro bobo da corte
para que a dona do meu sorriso
Não deixe de sorrir
nem de ser feliz
Infeliz o causador de sua tristeza
Por deixar tal senhorita
Aos prantos
Espero consolá-la
Para que o encanto do seu sorriso
Não se perca.
Eu queria por um instante, ter coragem e dizer o que eu sinto;
por um instante queria estar a sós com você;
por um instante queria ser feliz ao seu lado;
em outro instante tornar um sonho real e eterno.
Nostálgico dia; esperando ver sorriso quando este findar
Esperando pelos ósculos de saudade
Parece tão distante;
Incólume quando te vires ao longe,
se aproximar
É, a vida é assim: feita de vitórias e derrotas, de sorrisos e choros, de alegria e de prantos, mas um dia, tudo vira uma peça de um grande museu para lembrar fatos que marcaram nossas vidas, mesmo que ruins ou bons. Museu de peças raras, jamais vistas, separado cronologicamente para cada fase vivida ter uma história para se contar, grande museu de sonhos e realizações, de fracassos e vitórias, assim são nossas lembranças, um eterno lugar para se passear.
Linda, deslumbrante, galante
Aquela tal madame
Ilumina o lugar
Faz brilhar meus olhos
Em fervor meu coração
Palpita com sua beleza
A distância separa minha felicidade
A mim mesmo culpo
Admirável
Talvez impossível de encantar
A dona da beleza
Em prantos se resume
Meu fim de tarde
Saudades do seu sorriso
Mesmo que ao longe
Me encanta
Um dia
Vou conseguir sua atenção
Oh bela moça
A qual meu coração
Continua a bater.
Relembrar para não esquecer:
O sorriso mais lindo;
A voz mais doce;
O mar nos seus olhos;
O toque suave;
A meiguice no seu jeito;
A ferrugem dos cabelos;
O rosto angelical.
Com o passar dos dias:
A vida passa;
O tempo passa;
A velhice chega.
Mas o amor não acaba;
Nem a saudade;
Nem a solidão.
Não faria sentido escrever para outro alguém. As palavras sempre me levaram para o seu lado; escrevo então para ao seu lado estar o tempo todo, para a escrita não ser em vão.
Por mais que eu queira esquecer tudo e seguir em frente, não dá! As coisas que nos marcam, são sempre relembradas e sempre guardadas em nossas janelas de memórias, que são ativadas com uma simples palavra, musica e lugares e assim abrimos portas em nossa mente, conectando cada lembrança, tudo interligado, viajamos por tudo o que foi bom. Entramos tão fundo que não sabemos se vivemos o real ou apenas devaneios. Tudo vem a tona como que emoções a flor da pele - e elas estão - perdidos no imenso labirinto mental, pensando em cada atitude que tomamos e em cada escolha que fizemos. Mas tudo isso é passado - então vivemos no passado - quando não saímos de meras fantasias em nossa cabeça. O real ja parece não existir; vivemos sempre na dimensão paralela. E falamos, sentimos saudade, dizemos que gostamos, mas tudo isso é na dimensão paralela. Por que no mundo real nosso orgulho nos prende. Só falamos, nossas atitudes são mínimas diante do que realmente queremos.
Together
O que mudou então?
Porque agora não somos mais atraentes,
Um aos olhos do outro?
Ou então porque não somos mais felizes?
Te respondo. Nossa maneira de ver um ao outro mudou
Antes, olhávamos pelo amor, nem que fosse pela paixão efêmera;
Garota, efêmeros mesmo foram os minutos em que estávamos nos amando e sendo felizes
Voltar no tempo? Sei que não é possível
Mas também sei que recomeçar é o ciclo da vida;
Tudo pode, não ser igual, mas ser bem melhor.
Deixar orgulho para seguir em frente
Ao lado de quem realmente nos faz feliz
Juntos somos “nós” e não “eu”
Antes escrevia por felicidade; hoje escrevo por melancolia, pois ela se foi. Apenas perdido em meros devaneios como se fossem reais
Sentimentos, incapazes de se limitarem a palavras
Sentir,
Para saber sua intensidade
Vivê-los,
Para saber quão reais são.