Coleção pessoal de CesarKaabAbdul
A consciência de poucos, em um mundo que se torna cada vez mais indiferente, já é um mérito extraordinário. Em um sistema que exalta a ignorância, ter consciência é um ato de rebeldia.
Enquanto a natureza canta sua importante canção de resiliência, nós, humanos, dançamos na desarmoniosa melodia do consumismo.
O silêncio dos inocentes é um eco ensurdecedor que revela o medo dos que se calam diante do grito da injustiça.
Aquilo que é considerado sabedoria nem sempre é mais do que uma coleção de erros disfarçada de conhecimento.
A cor da pele nunca deveria ser um ideograma de dignidade, mas, neste mundo insensato, ainda é um passaporte para o desprezo.
Paciência é a arte de dançar com o caos, aproveitando cada passo incerto como um ensino antes do grande espetáculo.
A sabedoria não é um produto da idade, mas sim o resultado de cada couraça derrubada em um caminho repleto de erros.
Há quem confunda o silêncio com calma, mas, na verdade, ele é um grito ensurdecedor daquilo que se recusa a ser dito.
Quando se está em guerra não se limpam as armas. Combater opressores também é uma forma de adoração a Deus.
Quando se está em guerra, não se limpam as armas; elas se tornam extensões da determinação por justiça, e em meio ao caos, a luta contra opressores revela a essência da fé, onde cada ato de resistência é uma oração em movimento. Combater a injustiça é mais do que uma batalha física; é um chamado divino para restaurar a dignidade, onde nessa confrontação, as armas não apenas defendem, mas também honram a vida. A verdadeira adoração a Deus ressoa nos corações que se levantam, mostrando que a espiritualidade e a luta por liberdade estão entrelaçadas.
De META em META
Sou quase invisível, no preto e no branco,
No banco dos réus, onde a dor não é manto,
Amargo é o fel, as verdades despidas,
Rasgam-se os véus, vozes vão sendo emudecidas.
Inocento no caos, ventilando eventuras,
Na maca eu flutuo, morrendo em ditaduras.
Na cela fria, eu sou sombra esquecida,
Punido pelas penas de uma lei torcida.
Um corpo cravado, a bala não é enredo,
Vai pra vala logo ali, o luto é segredo.
Resisto, aos sionistas no jogo do horror,
Censura é jugo, não calo a minha dor.
Nos becos da história, os vermes rastejam,
Sionistas que ruminam a dor, não veem, não enxergam.
Palestina, resistência, sussurros em agonia,
Holocausto emudecido, silêncios que desafiam.
META, não se meta, eu não sou sua ilustração,
As vozes guerreiras não cabem na sua censura, não!
A perda é amarga, mas a luta é docinha,
Na favela do mundo, a esperança caminha.
São pedras na rua, flores na mão,
Cada passo firme, na palma do coração.
Os gritos não calarão, ecoam na quebrada,
Em cada esquina, uma história ressuscitada.
Sigo firme, sigo vivo, num verso enredado,
Contando do meu povo, que nunca foi calado.
Se brincar de censura, prepare o seu fundo,
Aqui, a resistência é a poesia do mundo.
META, não me meta nessa caixa de silêncio,
Vou contar, vou gritar, minha voz não emudeço!
Mãe
Mãe, guerreira de luz na sombra,
teus braços, abrigo da saudade,
carregam histórias de luta e dor.
Nas ruas frias, onde o sonho é miragem,
caminhas com a força de mil tempestades.
Teu sangue, tinta que escreve o amanhã,
nossos risos, ecos de resistência.
Vós, que dás voz à esperança,
teus conselhos, poesia arrastada:
“Filho, não deixe a vida te moldar,
seja fogo, não se extinga em cinzas.”
Em cada passo, a sabedoria ancestral,
no peito, pulse forte a herança,
da periferia que não se entrega,
que faz da dor, arte, e da luta, um lar, lar de mãe.
Viver na natureza é um estado de plenitude. É reconhecer que se perder faz parte do processo de se encontrar. É abraçar o caminhar sem pressa, o silenciar interno, o olhar atento, e o sentir profundo. É aceitar que a vida, em sua essência, é um grande ciclo de descobertas e aprendizagens contínuas. É, acima de tudo, compreender que viver verdadeiramente é se permitir ser tocado pela simplicidade e profundidade que a natureza oferece, sentir a umidade do ar, o calor do sol, o fresco da sombra e o pulsar de cada criatura viva ao nosso redor abre nossos sentidos para uma conexão mais visceral com a terra. Sentir é se permitir ser transformado, é acolher a natureza como parte intrínseca de quem somos. Neste reflexo de existir em harmonia com o mundo natural, nós descobrimos que o maior presente que podemos nos dar é simplesmente viver com autenticidade e consciência cada instante que a natureza nos proporciona.
Ah, as flores… Sentinelas da primavera, vestidas de cores suaves, sussurram segredos ao vento, onde suas pétalas, como abraços delicados, acariciam o ar. Cada aroma é um verso, cada botão, uma promessa de renascimento, e nessa dança do tempo, elas nos lembram que a beleza reside na fragilidade da vida.
A chuva que molha as flores é um sussurro do tempo, ensinando-nos que a beleza da vida é tão passageira quanto cada gota que cai.
Às vezes, é necessário se perder na vastidão da natureza para que, ao nos encontrarmos, possamos reconhecer a essência do que realmente significa voltar para casa.
A natureza Humana
A natureza humana, entrelaçada em histórias de fome, solidão e desprezo, clama por atenção, mas frequentemente é relegada ao invisível, continuamente estamos imersos em rotinas que nos tornaram frios, esquecendo que cada rosto abandonado carrega um universo de anseios e lutas. O eco do desamparo ressoa nas calçadas da vida, onde o olhar se desvia e a indiferença se instala, pois perdemos a capacidade de nos conectar, de sentir a compaixão pulsar dentro de nós. É urgente resgatar a empatia, para que não sejamos meros caminheiros, mas também acolhedores, rezemos para que a luz da humanidade brilhe novamente, revelando os que, em meio à escuridão, ainda esperam ser vistos.