Coleção pessoal de cazodinha
Quando você é um estranho rostos vêm de fora da chuva. Quando você é um estranho ninguém lembra seu nome.
Se minha poesia pretende atingir alguma coisa, é libertar as pessoas dos limites em que se encontram e que se sentem.
Sempre fui atraído pelas ideias contra a autoridade. Gosto das ideias referentes á quebra do sistema e do destronamento da ordem estabelecida.
Se exponha aos seus medos mais profundos, depois disso o medo não tem poder, ele encolhe e desaparece. Você é livre.
Se tiver que amar, ame hoje. Se tiver que sorrir, sorria hoje. Se tiver que chorar, chore hoje. Pois o importante é viver hoje. O ontem já foi e o amanhã talvez não venha.
É aquela história: eu tenho paranóia de não dizer para uma pessoa o que eu sinto por ela, e essa pessoa, por algum motivo, sair da minha vida. Então eu sempre falo. Quando eu gosto da pessoa, eu chego e falo assim: “Olha, eu gosto de você pra caramba”. Mas é muito difícil você falar isso. Às vezes, é muito difícil.
A vontade é impotente perante o que está para trás dela. Não poder destruir o tempo, nem a avidez transbordante do tempo, é a angústia mais solitária da vontade.
Uma árvore em flor fica despida no outono. A beleza transforma-se em feiura, a juventude em velhice e o erro em virtude. Nada fica sempre igual e nada existe realmente. Portanto, as aparências e o vazio existem simultaneamente.
Eu estava tão falsamente bem e feliz até você chegar e estragar tudo! Eu dormia tão bem com meus comprimidos, meus chás de camomila, dormia tão bem de cabeça limpa, sem amor. Por que você teve que arruinar meus dias sem graça? Por que teve que me trazer fotos e fazer as lembranças que eu não tinha? Me fazer rir, querer morrer, e ser tão... tão sei lá! Me fazer essa perfeita idiota apaixonada, que não fica um dia sem suspirar por alguém que não existe. Eu só criei um personagem por cima da sua imagem. E você não sabe como ele é perfeito, não tem nome, nada, nem sequer forma, eu só uso você como um sustento, uma base, pra não parecer um amigo imaginário.
Eu quero, certo? Não sei se devo, também não sei se posso. Se é permitido? Sei lá, acho que também não sei o que é dever ou poder, mas agora estou sabendo de um jeito muito claro o que é precisar, certo? E quando a gente precisa, não importa que seja proibido. Querer? Querer a gente inventa.
Ontem, você me disse que eu não sabia amar, tampouco viver um amor. Que eu simplesmente não merecia nada além de mim mesma, e a minha própria dor, minha própria história que não merece ser ouvida, mas que é gostosa de ser contada. Você disse que assim, não me queria, e me faz simplesmente me sentir feia e chata, como qualquer outra que é descartada e deixada de lado como uma embalagem, um copinho de plástico. Você me disse suave, quase de brincadeira, mas doeu, doeu porque não era nada além da verdade que bateu na minha face enquanto você assistia. Mas é que eu quase não amo porque eu morro de medo de não ser amada de volta, como sempre, porque meu medo do erro me impede de me jogar, e quando eu me jogo, minha cabeça simplesmente bate no concreto e eu cambaleio de volta. Sem nada, sem ninguém. Então, você me entende, ou é idiota até a esse ponto?