Coleção pessoal de CarmenEugenio

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“ E assim, o amor está em nós,
Em todo talvez, ou em cada ‘eu te amo’,
Em algo, em tudo, ou quase nada,
Como água, fogo,
como sopro e vento.
O amor é o Todo, a natureza,
Algo de que não se pode fugir,
Algo que se possa fluir,
Algo que se deixe existir,
Ainda que não se possa ter.
Porque o amor
Enquanto flor
Não é posse.
É perfume,
é sentir,
etéreo,
e simples, assim.

“ É preciso ultrapassar o óbvio
das utilidades perversas
e inventar alguns paradoxos,
em que a vida não poderá sucumbir.”

“ Para enxergar o belo
em um universo de
conveniências rasas,
existem os detalhes.”

Verbos afáveis salvam meu repertório
e tornam possível minha tênue,
mas consistente,
expressão do ser.

⁠Aprecio o inexato,
Abstrato
e o extrato da emoção.

Ainda que não me sobrem respostas
Ou pronomes oportunos
Eu, nós...
Estamos sós,
Caminhando por vogais.

Acredito e coexisto
nos acordes de
ilusões e desejos.

"⁠Comemorar a vida
É sentir a magia das horas
feito brisa que sopra no rosto.

⁠"O sagrado é tudo que nos norteia
e o que existe em nós mesmos"

⁠A primavera coloriu meus quadrantes,
Em um sinestésico crepúsculo carmim
Tramas trazidas, trançadas por encanto,
Espalhadas pelo vento, estrelas-de-anis.

"⁠E na emoção de todo dia,
na invenção de cada eu,
A melodia da primavera inspira,
Tudo aquilo, que ainda não aconteceu."

⁠"Em todas as esquinas, poesias,
Setembro de flores, são cores,
serenos espaços, leveza dos laços,
encontros possíveis são doces amores."

"⁠E aquele lugar te faz sorrir,
Aquela voz te faz imaginar,
Aquele instante te faz sonhar."

(Paragem)


Carmen Eugenio

"⁠Mas o pensamento flutua,
a alma passeia
e o coração anseia."

⁠A vida,
tal qual dança caudalosa de ciclos,
expande memórias,
e reverencia minha ancestralidade,
num resgate semiótico,
de cada história.

⁠Sem querer maldizer
crenças e dogmas,
mas existem fragmentos
revestidos de convenções sociais.
Sei que o esconderijo,
é tentativa inepta.
Mas tem um atrevido e insistente
aroma de cassis.

⁠A Pessoa Certa

Evoluímos a cada dia
com descobertas, quedas, retornos e paradas.
O encontro de dois universos
não é necessariamente a fusão deles. Não queira transformar alguém.
Transforme-se.
A pessoa certa aceita-se
e, principalmente, aceita o outro.

Eu Dissonante

Deixe que o sentido
de cada palavra,
se revele na inexata imensidão do seu eu,
cristalino e dissonante.
Pegue uma valise e pronto.
Acomode suas lamentações ali.
Um acessório compatível
com a importância de algum dissabor.
Depois, siga confiante coloque algo confortável. Um sapato sóbrio,
um batom carmim
e ainda o perfume com notas de jasmim.

⁠Estrela do Ócio

Estaria, tal insígnia,
estrela do ócio,
que floresce, espalha e acalenta,
vagueando docemente
pelos jardins em poesia.

Um sentimento ardente,
de expressão ávida
e toque cálido,
onde reside o calor,
de velada ousadia.

Seus registros,
impressos com certa polidez
no papel carbono,
acalentam os dias,
apesar do sopro,
constante e contumaz,
de um sereno frio de outono.

⁠A vida,
tal qual dança caudalosa de ciclos,
expande memórias,
e reverencia minha ancestralidade,
num resgate semiótico,
de cada história.
Esperei por vezes,
gratas surpresas,
agasalhadas em celofane
e trançadas em horizontes.
Já abreviei caminhos,
já estilhacei apreços,
por acreditar na proximidade,
de milagres e recomeços.
Eu não estive só,
mas bebi,
rouca e inerte,
no cálice da solidão.
Sigo, por vezes, calada,
adornada de loquaz verniz.
Alternando períodos,
Simples ou compostos,
Vibrando, sempre,
a emoção de uma aprendiz.

⁠Eu não estive só,
mas bebi,
rouca e inerte,
no cálice da solidão.

Sigo, por vezes, calada,
adornada de loquaz verniz.
Alternando períodos,
Simples ou compostos,
Vibrando, sempre,
a emoção de uma aprendiz.

⁠Seus registros impressos
Com certa polidez
no papel carbono,
acalentam,
apesar do sopro,
constante e contumaz,
de um sereno frio de outono."