Coleção pessoal de carlinhosmatogrosso
Seu amor é fogo
Descobri seu fogo,
Me incendiei,
Mas sem ele
Não teria a vida que sonhei.
Um fogo que queima,
Uma chama que chama,
Não seria novidade pra quem ama,
Mas um fogo que arde
Quando esfria,
Que, quando frio,
Doi mais
Que quando ardia,
Só pode ser o seu amor
É a sua mania...
Só o amor
Só o amor
pra me fazer entender
que sorrir ou chorar
que morrer ou viver
é tão humano
tão natural
como nascer
tão animal...
e o ódio,
é o pódio insano
dos perdedores malditos.
Desumano,
é o engano pensar
que o meu carma
é de sempre sorrir,
de estar sempre assim
na têz de um querubim
feliz até o fim
nesse halloweem,
um ser afim
de brincar com o horror,
de entender a dor
e a alegria,e se não for assim,
ai de mim...
A ciência do amor
O amor
É uma ciência
Que enquanto
Se aprende
Ensina
Vezes que se perde
Ganha
E quando se solta
Domina...
quero-quero
Eu tenho um casal de quero-quero
Que anda com lero-lero querendo ser bem-te-vi
tambem tem ua morena e como eu quero
Mas que não me leva a sério,nem passa mais por aqui.
E esse poeta vive morrendo aos pedaços
Quase caido nos laços do seu próprio coração
Vive sonhando com ua vida mais tranquila
Papagáio, curruíra,arúna,gavião.
Casinha tosca plantada no pé da serra
Um lugar longe da guerra bem longe da solidão
Donde se veja o breu da onça pintada
Uma fogueira encantada, a morena e o violão
Todos atentos aos causos que são contados
De olhos iluminados à luz da imaginação
Abandonados pelas luzes da cidade
Mas com toda claridade bem dentro do coração
Nuances
Eu vejo mais sua cara
Enquanto durmo
Pela janela dos sonhos
Pelos quadros surreais
Que vem das telas multicores
Que o consciente não vê
Pelas mágicas nuances que aparecem
desenhadas na parede da emoção
E quando vejo seus olhos
Eu perco o rumo
E não consigo entender
Quase sempre
Sua imagem se dissipa lentamente
do foco dessa ilusão
Seus pedaços coloridos se espalham
Como fogo do artifício da razão
E eu acordo sem voce meio espantado
Lavo a cara...
E a coragem de seguir pro meu trabalho?
Viajante solitário...
Não há mais tempo pra sonhos
Só preciso ser feliz
A dança das cabeças
Uma cabeça sobre o seu pescoço
Feito um caroço
Em sua própria fruta
faz a luta
E o campo de batalha
E na batalha
As cabeças rolam por aí
O pensamento
É vento, fogo e sina
Que ilumina
E faz escuridão
É pura saga cega de batalha
É navalha
E as cabeças rolam por aí
Uma palavra
Crava e crava forte
Cheirando sorte
Amor e traição
Cuidado língua com sua cabeça
Não esqueça
Que as cabeças rolam por aí
As cabeças rolam...
Soltas nas dunas de areia
Cabeças de vento se deixam rolar
As cabeças rolam...
Doidas na selva de pedra
Na perda do sol,na cinza do ar
as cabeças rolam...
pelas escolas, nas colas
Nas bolas em tudo o que possa rolar
As cabeças rolam por aí...
Perdoa-me
Perdoa-me
Se não te amei esse ano
Na medida que mereces
Só por seres humano;
São as fronteiras fechadas,
As caras amarradas,
As cercas, os muros e os
Danosos quintais;
Cada um no seu mundo
E nada mais;
Quase tropeças em mim
Outro dia, até balbuciei um,
"Desculpa amigo"...
Mas não deu tempo,
A pressa foi mais rápida
Do que as palavras
E, de novo, nos perdemos
Na ignorância,
da ância De ganhar,
Na falta de infância.
A criança em nós,
Morre a cada dia
Abandonada
Na mais completa escuridão,
No vulto, na sanha seca
Do adulto,
Que parece Onipotente
E quase absoluto.
todavia, é sético e insano;
Mas não tem nada não;
De-me um soriso,
Nem precisa ter graça,
Daqueles que valem por um ano
inesperado, cigano;
Mesmo que seja
Pálido e inconciso,
E eu te dou um pedaço
Do meu paraíso,
Pois, de todo ele,
Eu sei que não preciso