Coleção pessoal de camyllavasconcelos
“Aos meus pais, meu amor eterno.
Ao meu marido, minha vida e amor completos.
Ao meu irmão, minha eterna admiração.
Aos meus sobrinhos, minha eterna alegria.
Aos meus poucos amigos, meu eterno carinho.
Aos que me viram passar, a minha lembrança.
Aos que vão, minha saudade.
Aos que ficam, minha gratidão.
A mim, minha insaciável vontade de ser.”
"Sim, vivo num mundo de sonhos... Sonhando, sonhando... afinal, que mal há em acreditar que tudo que eu sonho poderá se tornar realidade? Tolo é quem só acredita no que vê e se esquece de crer nos próprios sonhos..."
Escrevo muito e não escrevo nada. Sonho com o dia em que minha alma venha me autorizar a dizer tudo aquilo que ela grita ensurdecidamente para mim. Enquanto isso, vou vagando e encontrando nas palavras alheias aquilo que eu mesma gostaria de expressar. Descubro, então, que as palavras alheias não cumprem essa designação, descubro que entre o parecer e o ser há uma imensurável fissura, um lugar onde muitos de nós estamos e que muitos não sairão nunca. Os únicos que chegam perto dessa saída são os que se expressam, que tocam almas apenas com palavras... são aqueles poetas imortais, que usam as palavras enodadas em um só nexo, um só sentido, o seu próprio. Daí, resta àqueles mortais e incompletos lerem, serem tocados e transmitirem às tontas aquilo que nossos mestres das palavras escreveram. Sim, estou falando de nós mortais que vivemos no buraco...meros, banais, tolos.
“As cores deveriam ser lindas, distintas e únicas. O são até certo ponto, mas nesse ponto são neutras... quando chegarmos neste ponto, precisamos mudar nosso mundo interno, para que as cores supremas voltem a brilhar
“Os únicos seres que podem lhe ensinar o perdão são as crianças e os cachorros. As crianças... até não perdoarem mais. Os cachorros... até a morte os levarem.”
•°๑°• “Difícil não é viver, não é sorrir. Tenho até bons motivos para isso. Difícil é suportar a possibilidade da morte, do imperfeito, do frágil. Suportar a tristeza que às vezes chega e toma conta é que é difícil. A vida se coloca bela, misteriosa e cheia de possibilidades. A certeza da morte † se coloca cinza, feia e cheia de angústia. Não queria ser imortal, queria apenas não saber da morte, antes que a mim ela chegasse.” •°๑°•
O vazio de quem se foi e de nós que fomos.
Quando as pessoas se vão, os lugares ficam vazios. Não vazios fisicamente, é um vazio imaterial, um vazio interno e ao mesmo tempo um vazio externo.
É como se as falas, os cheiros, os olhares, o modo de respirarem e de se expressarem estivessem presentes.
Lapsos tomam os que ficaram e que por segundos acreditam que seus pares não se foram.. Que por segundos, ouvem-nas, sentem-nas perto.
Segundos que poderiam durar mais, mas que se vão assim como os que foram.
Os segundos deixam a sensação do vazio. O fim dos segundos nos deixa frente a frente com a realidade.
Realidade doída, realidade sem cor, sem borboletas, sem estrelas e nem luar.
Mas de repente nos damos conta de que quem se foi não foram os outros, fomos nós.
A pior saudade que podemos sentir é saudade de nós mesmos. Uma saudade que nunca será sanada, nunca mais seremos o que fomos.
Nunca mais nossas falas terão a mesma entonação, mesma leveza e ingenuidade.
Nossos cheiros, antes simples, cheiro de doce, cheiro de fruta e de flores deram lugar aos cheiros rebuscados, cheiro complicados, cheiros bons, porém, sem essência do que somos.
Nossos olhares não têm a mesma sublimidade, serenidade, inocência e curiosidade.
A respiração não se ofega pelo simples chegar daquela pessoa especial, daquela noite de sexta-feira de verão ou do domingo na praia.
O Natal há muito não só perdeu o encanto para nós, mas perdeu a essência, se juntar à família não é mais tão bom, não tem mais intuito, tem obrigação.
Nos perdermos naquilo que queríamos nos tornar. Esquecemos do quanto é perigoso ser o que queremos ser. Costumamos ver somente um lado da moeda naquilo que almejamos. Tornamos-nos sempre o que queremos, isso nos ensinaram. Só não nos ensinaram a lidar com a dor de perder os que nos rodeavam e, principalmente, não nos ensinaram a lidar com a dor de nos perder e a lidar com a dor de irmos embora de nós mesmos.
Esmo? Tudo? Nada?
E de repente tudo muda.
Sinto-me retirada de mim mesma.
Não sei se a culpa é minha.
É de alguém! Sempre tem alguém, eu ou não.
Sei que estou no caminho, preciso apenas definir qual.
Nossos sonhos às vezes nos levam a lugares desconhecidos,
que nem mesmo aos próprios sonhos pertenciam,
Viver sem ter vergonha, viver, viver e viver...
A esmo, a tudo, a nada.
MATURIDADE
Nem sempre o fato de não falarmos sobre algo ou não expô-lo ao mundo quer dizer que ele não exista ou que é menos importante para nós. Às vezes para sermos felizes temos que fazer escolhas, escolher por aquilo que nos faz bem e seguir em frente. Estou feliz com a minha escolha, porém, tendo a certeza de que escolhi um caminho e que sim, há outros... mas que o escolhido é o que me torna feliz! Talvez a maturidade esteja no ato de escolhe
Amor Maduro
Sabe o que é estar a um bom tempo com uma pessoa e todos os dias através de gestos, palavras, olhares, sorrisos e dicas você ter a certeza que você existe dentro dela da forma mais linda que qualquer ser humano poderia existir dentro do outro: na forma de amor? Nada paga isso!!! Estar ligado a alguém de uma maneira simples e profunda, de uma maneira que dê conta de seus valores pessoais, seus anseios, seus planos e poder compartilhar com ela tudo que é seu, acrescentando assim um pouco de cada um nessa relação, é algo que necessariamente todos os seres humanos deveriam experimentar. O AMOR não é simples, não é só doce, não tem só seu lado bom... mas com certeza quando ele existe de verdade, suas qualidades sempre prevalecem e a relação a cada novo dia se renova.
A vida vivida não é a falada
A incongruência das falas em relação às ações é uma constante no mundo moderno. São tantas teorias, tantas fontes que falam do que é certo a ser fazer, que tornamo-nos perdidos, apodrecidos por discursos bonitos e sem efeitos na vida prática.
Não há como negar que a ditadura do politicamente correto repercute bem mais no discurso do que na vida diária daqueles mesmos que a impõem.
A sociedade deveria ser regida não pela “divulgação” de um bom ato individual e a sua visibilidade social e sim, pelo bom grado que temos em exercer atos cidadãos e humanos – bons feitos. O bom grado vem pela aceitação social das falas.
A imposição social sempre molda um sistema mercantil de boas ações, na verdade, boas palavras apenas.
Quem dera tais palavras fossem retiradas das teorias e aplicadas em boas ações “vividas”.
O Silêncio
Ai aquelas frases que nunca forma ditas!
Aquele ensurdecedor silêncio.
Não o silêncio que sublima, é o silêncio que destrói, que maquina.
A forma mais clara de demonstrar o quanto não há importância,
O quanto não adiantará falar,
O quanto não quero ser ouvida, porque talvez a escuta leve à solução que não quero que chegue.
Quem cala não quer solução, não deseja expressar o que poderia resolver o conflito.
Na maioria das vezes o silêncio não é uma tentativa de apaziguar,
É um modo para afastar de nós tudo que não nos interessa.
Então fica claro que o não interesse se refere anão entrar em acordo, ao não querer.
Precisamos tomar muito cuidado com nosso silêncio.
Depois de algum tempo nem as mais doces e sinceras palavras serão capazes de curar as feridas que ele causa.
O silêncio dia a dia vai roendo um pouquinho de tudo que é bom na relação, seja de amizade, seja de amor, seja parental.
Policie-se para que seu silêncio não seja demonstração de indiferança.
Muitas vezes não percebemos para onde estamos guiando nosso destinos... mas nossas ações tem mais efeito que nossas intenções.