Coleção pessoal de camurri

Encontrados 8 pensamentos na coleção de camurri

⁠Esses senhores que se mostram nas redes sociais, exalando virtude de suas peles, (aproveitando-se de seus tempos remotos onde não se havia informações disponíveis ao público), em verdade apenas defendem o velho mundo, os velhos clássicos(como se tudo fosse maravilhoso), apontando os problemas do moderno e exaltando o velho através do novo.
Estou convencido de que hoje, em pleno século XXI, saber filtrar as informações é questão de vida ou de morte.

Nem todo clássico é bom, assim como nem todo o contemporâneo é de todo ruim.

⁠Não dêem ouvidos aos moralistas, eles apenas escondem seus demônios mais íntimos.

⁠Você só se livra da ignorância depois que entender que é um perfeito ignorante.

⁠A frase marqueteira que diz que "se você não paga pelo produto, logo você é o produto", vai na contramão da frase do filósofo Zigmund Bauman, que diz "Tornei me objeto ao consumir" - pois a marketeira tenta passar a falsa sensação de que se você comprar um produto, voce se tornará alguém mais feliz como senhor do produto, já Bauman está nos mostrando que o simples fato de consumir, nos funde ao produto de modo que passamos a ser produtos sob a ótica das empresas.

⁠Da morte a natureza produz a vida e da vida a natureza produz morte. A natureza não limita se a vida terrestre nem a não vida do espaço. A natureza pode ser entendida como a matemática por detrás disso tudo, da qual o homem sequer jamais conhecerá um décimo, mesmo que os homens registrem os feitos e descobertas, jamais haverá tempo suficiente para conclusões.

Ela tenta a todo momento nos matar, de modo que a partir do nosso cadáver(energia em potencial), produza mais vida, não sendo necessariamente a vida humana, daí o caos natural se manifesta - essa transformação de uma vida em outra vida é instável, caótica - daqui alguns séculos, fragmentos da nossa energia em potencial,podem estar de volta em uma cenoura, que será devorada por um burro. - Se faço exercícios matinais em um dia seco, ao parar, sou incomodado por moscas que querem se aproveitar do meu suor para botar ovos e me transformar em um hospedeiro. - e tudo isso porquê ao me exercitar, eu desprendo energia e essa mesma energia desprendida se atrai com a energia de outros seres vivos, que tentarão de alguma forma, beneficiar-se e gerar energias em potêncial do seu próprio tipo.

O objetivo mor do homem contemporâneo, é escapar desse círculo, atingindo a imortalidade, não de uma forma metafísica, mas aqui mesmo na terra. E como escapar do destino que a biológia nos reserva sem deixarmos de ser seres biológicos? Impossível? Talvez seja enquanto eacrevo essa reflexão.

⁠Numa tarde, pensativo, precisando de um amigo - maduro como sou ! - para falar sobre o destino, olhei de um lado para o outro e não achei ninguém! - Enfurecido, fui reclamar com o espelho! - De cara fechada e sem piscar, num ato de espanto pulei para trás, quando a resposta, do outro lado me foi dada em lágrimas ,ao ser encarado, no fundo dos olhos, por outro menino.

Poema Meninice -
Autor: Paulo Camuri.
Agosto/ 2021

⁠A sociedade não precisa de você; a sociedade precisa dos seus personagens!

Meu tempo esgotou-se, minha missão foi cumprida. Algo me prendeu, me aprisionou a alma.

Aqueles que deveriam ser comigo, só compreenderam as próprias dores! Isso não me importa mais!

Tanto faz morar na rua, estar empregado, vestido ou nú. Agora entendo o que fez do homem um andarilho.

Não creio no verbo crer! Quisera a ingenuidade, sonhadora e fútil dos meus semelhantes, mas tudo que contemplei foram cérebros rumos ao pó.

Oh! humanidade movida por interesses pessoais o que será de ti?

Alegram-se e preocupam-se, não com a coletividade, mas com a dor daqueles que discordam dos seus prazeres mais íntimos.

Vocês são apenas bajuladores de si próprio!

Será amor e felicidade? ou será apenas comodidade e momentos de concordância entre egos?

Devo Eu fingir demencia a tudo isso, para fazer parte desse clube?

Dar um fim a própria vida num ato covarde, ou ver os meus dias se passarem, a envelhecer sem contestar?

A verdade que liberta nunca foi doce.

Ah vida! jas o tempo do sorriso sem preço e tudo que me alimenta agora, é a solidão da alma.

Poema em versos pessimistas.
(Autor: Paulo César Camuri - 2017).