Coleção pessoal de camila_ragazzi

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⁠Quando estamos profundamente identificados com aquele que se foi, na angústia que sentimos pela perda do objeto amado reside a sensação da perda de parte de si mesmo.
Não há angústia maior que a ausência de si mesmo.

Todos os esforços na direção da fuga do eu são fracassados. Tudo o que conseguimos fazer é reprimir uma parte de nós, o que resulta na completa cisão entre o eu e a sua própria essência. Busca-se então fora aquilo que escondemos em nós. Nos tornamos pedintes, sentados em cima de um baú de ouro, com a chave na mão, clamando por esmolas.

⁠A realidade psíquica nos afeta mais que a realidade externa: a intenção e o desejo causam culpa mesmo quando não cedemos à eles. Oferecemos aos nossos pensamentos a qualidade da onipotência. Nossos sofrimentos, portanto, se sustentam na fantasia.
Quantas das nossas culpas e esforços são, em última análise, sacrifícios ao nada?
Deixemos a onipotência e onibenevolencia a Deus, não aos nossos pensamentos.
A nós, cabe apenas sermos humanos.

⁠Quando abrirmos mão do amor que idealizamos, conseguiremos nos abrir para sentir e receber o amor real, sobretudo dos nossos pais. Enquanto desejarmos a partir da fantasia da criança, viveremos frustrados e desejosos, não aceitaremos o amor real, e o amor recebido será sempre insatisfatório.

⁠O sujeito narciso ama tanto a própria imagem que o seu eu se torna objeto do próprio desejo.

A única certeza que temos na vida é a da mudança. E lutar contra isso é nadar no limbo da própria involução.

⁠Somente na exposição da sua vulnerabilidade é que uma relação se aprofunda. Não há verdadeiro aprofundamento nos relacionamentos sem que haja antes um real aprofundamento em si mesmo.

Por que é tão difícil para o ser humano se aceitar humano?

⁠O puro conhecimento intelectual nunca trará plena liberdade. Não basta conhecer todas as defesas, as dores e os desejos humanos, se esse conhecimento não fluir para o coração. É preciso sentir e vivenciar cada novo conhecimento a esse respeito. Somente quando o mental se colocar a serviço do emocional é que nos sentiremos verdadeiramente livres e satisfeitos com nós mesmos e com a vida.

⁠A verdadeira liberdade vem de dentro para fora, e não o contrário.
Somos livres à medida que nos permitimos ser quem realmente somos. Enquanto tentarmos ser perfeitos, viveremos em servidão.

⁠O princípio feminino é a força vital que nos impulsiona a sentir, intuir, criar, observar e perceber. Toda atividade interna, voltada ao nosso íntimo, aos nossos sentimentos e emoções vêm desse princípio feminino. Jung chamou essa força de Anima: o princípio feminino que existe em todos nós.