Coleção pessoal de caio_dias_2
Apenas pedaços do que restou,
Olho em volta pra juntar o que me sobrou.
Em volta... Todos tão cheios de si,
Dualidade gerada ao fato de simplesmente existir.
Reflita, tente ser melhor. Falhe. Volte duas casas automaticamente
E perceba que não resta amor quando o medo se faz presente.
Na tentativa de desatar minhas cordas vocais, me enrosco num no.
Preso. Assim como um pássaro, aguardando o momento de voar,
Porém quando livre, sempre opto a me aprisionar.
Não importa de quantos angulos vejo,
Não encontro fuga desse enredo.
Aqui. Vi minhas fotos perderem a cor, minhas letras valerem de nada,
Percebi então que na derrota que se dá valor a caminhada.
Me conforta. Mesmo morto, não me sinto tão só.
Pedindo licença pra entrar em casa,
Trago comigo nada mais que minhas escrita,
Arranhões no chão de uma jaula.
Coisa que talvez já foram ditas.
Abro velhos cadernos.
Antigamente eu era externo,
Outrora expunha o que sentia,
Hoje o silêncio confirma a apatia. Meu confidente.
Sem diálogos, prosa, uma péssima ideia escrever um livro,
Quanto menos falo melhor eu me sinto.
Reticências sempre será o destaque dessa história,
Está é uma obra de ficção que no fim não vai ter dedicatória.
O sono me fadiga, ouço da esperança promessas.
Dizem que é a última que morre. Não posso provar.
Vou embora.
Só volto depois de me achar...