Coleção pessoal de cabecalivrecom
Deve o cidadão, sequer por um momento, ou minimamente, renunciar à sua consciência em favor do legislador? Então por que todo homem tem uma consciência? Penso que devemos ser homens, em primeiro lugar, e depois súditos.
Não é da benevolência do açougueiro, do cervejeiro ou do padeiro que esperamos nosso jantar, mas da consideração que eles tem pelos próprios interesses. Apelamos não à sua humanidade, mas ao seu amor-próprio, e nunca falamos a eles das nossas próprias necessidades, mas das vantagens que eles podem obter.
Sugiro partir da noção de que não há tais fontes de conhecimento ideais e infalíveis, assim como não há governantes ideais e infalíveis, e da ideia de que todas as "fontes" de nosso conhecimento algumas vezes nos conduzem ao erro.