Coleção pessoal de BrunoALPHA
Minha doença e minha cura, meu veneno e antídoto
Num só lugar tudo que não posso e preciso
Do mesmo, por favor, mais uma dose
Sem meio termo: Abstinência ou overdose
Me sinto forte, mas ao mesmo tempo me enfraquece
É que a falsa sensação de sanidade enlouquece
E o seu toque macio me acalma
Inofensivo pra quem vê, pra quem provou, sente na alma
De tal maneira que se perde o controle
Não to mais na liderança, você assumiu a pole
Nossa ligação é muito forte, mas tenho certeza que...
Talvez em próximas vidas, talvez. Mas nessa, a nossa historia acaba aqui.
Alguns meses que não escrevo, afinal, já algum tempo que nem eu mesmo me descrevo.
Corpo intacto, mente insana
com a alma submissa ao relento, subjugada perante a uma dose de uísque, aonde sobre o amor não se há mais relato.
Talvez eu te faça um rap, uma serenata. Te faço um começo sem data pro fim, te faço umas rima chapado com umas garrafas de litrão do nosso lado e com um maço de Marlboro sendo queimado.
Te faço sentir a brisa do mar sem sair do vosso lar, te faço uma composição no violão, te transformo em mil canções de apartamentos na calada da noite, te faço minha sina, minha mina... Mas, só talvez.
Seu corpo não tinha um gosto melhor do que meu uísque e nem a forte calmaria do meu cigarro. Por favor, não me procure, pois só consumo uma segunda dose ou mais de algo bom e forte.
Madrugada boa para fumar um cigarro imaginário, pra beber uma dose imaginária do melhor uísque, boa para escrever uma poesia verídica sobre amores imaginários... Chega a ser tudo completamente hilário.
A madrugada vem, e das lembranças me torno refém. Refém dessa escuridão então, que talvez seja da noite ou do meu próprio coração. Mas que coração irmão? Essa pedra de gelo? A quanto tempo não choraste, a quanto tempo esse coração estás sem pulsões?... Me digas que culpa tem o amor, se as pessoas não sabem amar, mas antes me diga que culpa eu tenho, se eu nem sei o que é o amor?
Humanos fazem promessas, Deuses as realizam. Basta você decidir ser um Deus ou apenas um humano insignificante.
Já faz um bom tempo que estou tentando dormir, mas a frieza me atormenta me chamando pra dançar, tendo como platéia a solidão.
Em um cemitério, vi almas sem corpos. Logo que sai de lá e caminhei para rua, vi inúmeros corpos sem almas.
Lembro que à um tempo atrás me questionaram: "No dia que você não tiver mais nenhuma ultilidade, quem irá te amar?". Eu, de um modo nenhum pouco sutíl, respondi: "Eu mesmo."
Madrugada atordoada, e você vêm até mim para descontar toda sua raiva... Raiva ou saudade? Talvez apenas mais um ato de maldade, porém contigo não quero nem papo de oralidade.
Me disse palavras repletas de clichês, que havia cometido um erro ao ter feita sofrer, mas se esquece que seu ego fez promessas que nem mesmo seu corpo foi capz de cumpri-las. O verdadeiro erro sou eu, por ter te proporcionado alguns momentos bons, prazeres e lazeres.
Na luz da lua, tiro a conclusão, que tudo que fiz foi sozinho, os planos, os danos, e até nos "eu te amo" fui eu que amei sozinho. Ja está tarde, copo está cheio, eu vazio, momento um pouco turvo para me procurar por impulso, arranje outro passa tempo além do de me pertubar de madrugada, não pertube-me, pois já sou pertubado de mais.
A vida continuou, e nos meus planos não existe mais a ideia de te ter
uni duni tê, salame minguê, a verdade não é colorida, e eu to mais frio do que você vê
a primeira vez senti o estrago, na segunda vez sem você nem senti o impacto
ta tudo frio, estranho, porém tudo melhor do que antes, esse é o fato.
Pra aquecer, as vezes busco outras bocas, outras camas
também opto pelo Uísque e por alguns tragos, ajuda a suportar o karma
coração no gelo, mas o corpo sempre em chamas e a mente distante
distante de você, do seu mundo, do seu ego, de tudo que deixou de ser interessante.
Outro dia, outra noite e um corpo ao meu lado
belas curvas, porém turvas de todos angulos
mero engano, mas me concentro no momento
o que ela não tem de brilho, compensa nos desejos fazendo me esquecer dos tormentos.
Foi igual a você, me falou umas merdas e disse que me amava
porém foi de um jeito sutil, a parte insana é que dessa vez eu não acreditava
a raiva dessa vez me moldou de modo correto, soldou o que restou de tal ato
graças a esse colapso, me tornei imune á danos, e com a frieza assinei um contrato, envolvendo minha alma no pacto.
Vejo por ai, pessoas reclamando sobre a solidão, dizendo que estão depressiva por estarem sozinhas. Pessoas merdas, que não são capazes de ter seu próprio ego pra si e sua alta estima que pensam e falam isso. Meu sr(a), a solidão não mata, se não eu não estaria vivo.
Faça da solidão a tua moradia, ao invés de viver na companhia de falsos e de vadias. Com a solidão como amiga, ninguém te fará mal ou bem alem de você mesmo. Se você errar ou acertar, o mérito será seu, e a solidão nunca te julgará. Você será capaz de sorrir sozinho, ser feliz sozinho, e além de tudo, morrer com a mais verdadeira amiga, cujo o nome és Solidão.