Coleção pessoal de bruno_simas_soares
**"Sou um paradoxo vivo.
Gosto de ser feliz, mas vivo invadido por pensamentos tristes.
Queria ser leve, mas me tornei denso — resultado de tudo que me quebrou ao longo do caminho.
Às vezes me faço de frio, de durão, de quem não liga.
Mas a verdade? Eu ligo. E ligo demais.
Me importo com coisas que ninguém vê. Sofro calado. Amo em silêncio.
Mesmo despedaçado, eu ajudo.
Mesmo sem respostas pra mim, tento dar força pros outros.
Mesmo sendo caos por dentro, ofereço abrigo por fora.
Sou feito de extremos:
Sol e tempestade.
Razão e emoção.
Silêncio e grito.
Sou um quebra-cabeça incompleto tentando se montar com peças que a vida levou.
Mas sigo aqui… buscando me entender, me aceitar, me reconstruir.
Não sei por onde começar, mas sei que ainda tô tentando.
E só isso… já diz muito sobre mim."**
"Tem dias que é mais fácil lidar com animais…
Eles não mentem, não manipulam, não somem.
Eles sentem de verdade, demonstram lealdade.
Gente que não sabe amar com essa pureza…
cansa, fere e esgota."
Chega uma hora em que a dor não grita mais — ela silencia.
Porque o coração cansou de correr atrás de quem não olha pra trás.
Eu lutei por algo verdadeiro.
Esperei. Aguentei calado. Fiz tudo o que podia.
E talvez até o que não devia.
Fui homem o bastante pra assumir minhas falhas…
mas nunca fui suficiente pra que ela quisesse ficar.
E tá tudo bem.
O que eu não aceito mais é me anular tentando reconquistar
alguém que não moveu um dedo pra me reencontrar.
Ela terminou.
Ela se afastou.
Ela escolheu seguir sem mim.
E eu?
Escolho agora me respeitar.
Escolho minha paz.
Escolho sair desse ciclo de espera que só desgasta e não leva a nada.
Não é orgulho.
É dignidade.
Se um dia ela quiser voltar…
vai ter que conhecer um novo eu —
alguém que não aceita mais migalhas,
que não se arrasta por presença,
e que sabe exatamente o valor que tem.
Fim de capítulo.
Não porque eu deixei de sentir…
Mas porque eu aprendi a me priorizar.
Carta interna – escrita em silêncio
Eu não sei te explicar.
Eu não sei dizer exatamente por que ainda penso em você, por que ainda sinto, mesmo depois de tudo.
Depois do silêncio, da frieza, da forma como você terminou — como se eu fosse um nada.
Você sabe que me magoou. Sabe que me tratou de um jeito que ninguém merece ser tratado.
E mesmo assim… aqui estou eu.
Não porque sou fraco.
Mas porque o que eu senti foi verdadeiro.
Porque eu me entreguei de corpo e alma achando que do outro lado tinha algo tão intenso quanto.
Só que agora… eu fico tentando entender como você dorme tranquila sabendo que deixou um buraco em mim.
Como você consegue viver como se tudo fosse normal.
Eu não consigo.
E aí, no meio desse vazio, bate aquela vontade de te fazer sentir.
Sentir o que eu senti.
Voltar… conquistar de novo… te fazer se entregar… e então dizer:
“Agora sou eu que não posso mais.”
Mas sabe o que mais me dói?
É que isso nem me traria paz.
Porque eu não sou como você.
Eu nunca conseguiria machucar alguém que eu amei só pra equilibrar a balança.
A verdade é que eu só queria que tivesse sido diferente.
Que você tivesse tido coragem de olhar pra mim e dizer a verdade com o coração aberto.
Eu merecia, no mínimo, isso.
Talvez um dia você entenda o que perdeu.
Talvez não.
Mas eu sigo aqui, tentando reconstruir o que você quebrou.
Em silêncio.
Com dignidade.
E com um amor que, mesmo ferido, ainda sabe o que é respeito.