Coleção pessoal de Brunnoleal
Quem namora tem paixão, mas tem que ter muito mais amor. Paixão você pode ter em cada esquina, em cada festa, em cada ida à academia, e sabe que se confunde com amor. Diz-se estar apaixonada, e não lhe tiro a razão. Quem se apaixona também desapaixona, e na mesma velocidade. Paixão pode até virar amor, mas amor jamais virará paixão. Amor é a paixão crescidinha, dona de si, irresponsável às vezes, é até bom, mas é conhecedor de sua essência. Paixão devora. Amor demora. Amor pega a paixão no colo e nina. Fica um conselho: Namorar, além de estar apaixonado, é estar amoronado.
Eu via toda a sua dúvida de mulher insegura, como se você fosse a única que não soubesse do amanhã, como se o medo não fizesse parte de nós.
Há um romântico em cada esquina, ao seu modo, independente de um estereótipo de profissão ou vocação. Romantismo não é aparência. Não tem definição. Quebre os protocolos e defina você mesma o seu romântico, incluindo o que é considerado defeito. Porque defeito pra uma é romantismo pra outra.
Não cultivo um amor amarrotado, descosturado, rasgado. Um desleixo despercebido e natural no amor pode significar que fora aproveitado até as últimas consequências. Todo daquele amor fora logrado, e por vezes se rompe, rasga, nos avisando que chegara ao fim. Não é motivo de lamento, e sim de entregar-se às oportunidades futuras.
Sem explicação, sem que percebamos, desatamos nossos laços afetivos, e o transformamos em nós. Nós cegos. Nós dois cegos, um do outro.
Dotados de coragem aqueles que se atiram como Rambo em suas guerras amorosas. Mas não menos felizes os expectadores do seu próprio amor. Sei que amam quando não dizem nada, ou quando se olham e conversam pela íris. Papo de horas travestido em piscar de olhos. Apenas aguardam o inevitável, e o que se considera desleixo e covardia, reflete em amor vivido em toda sua intensidade, e apenas aos olhos de quem realmente interessa.
Você surgiu sem que eu fizesse qualquer esforço, e tudo que vem fácil também vai embora fácil. Sei não...