Coleção pessoal de BrunaSabino

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Eu não sou tão triste assim, é que hoje eu estou cansada.

Às vezes, recosto a cabeça no travesseiro e me lembro de quantos amigos eu já tive, quantos colegas eu já aturei, em quantas brigas já me meti.
Lembro de gente que eu jurava amor eterno. Lembro de amigos que eram meu chão, e eu, o teto deles. Hoje são só lembranças. Sempre tive dessas. Dessas de abrir mãos das pessoas, pra deixa-las serem felizes sem mim. Como se por algum motivo, eu as prendesse, ou já tivesse cumprido meu papel em suas vidas.
Às vezes eu vou embora sem dizer tchau que é para a saída não ser notada. Vou me afastando, saindo aos poucos das histórias, deixando com quem vivam sem mim. Não vou dizer que seja fácil ou que eu não sinta saudade. Sim, é difícil, dói e às vezes dá uma vontade louca de voltar atrás. Mas eu vejo como vivem melhor.
Pode parecer que isso seja um egoísmo às avessas. Pode ser que eu tenha me enganado, que tenha pecado feio em sair da vida das pessoas. Pode até ser que eu tenha realmente feito falta. Mas quem vai me garantir que isso não tenha sido o melhor para todos nós? Quem poderá dizer que eu teria feito grandes mudanças nas vidas que abandonei?
Me doei, sempre, e muito. Já coloquei meus problemas no bolso e o sorriso no rosto centenas de milhares de vezes para curar as ressacas, dores de cotovelo, de cabeça e principalmente dos corações que me cercavam. Nunca fui de falar muito de mim. Omito, não nego. Queria ter um buraco negro pra jogar tudo lá, fazer virar poeira estelar. Esquecer, apagar. Não dá. Mas também não consigo desabafar.
Sei que deixei muita gente pra trás, com essa minha loucura insana de desistir das pessoas, mas, acho, aqui com meus botões, que se alguém realmente sentisse falta, procurava. Quando, meu amigo, meu coração aperta, eu vou lá e digo pelo menos “oi”. Sem revirar muito os estômagos. Recebo meu afago, coloco o orgulho de lado, e sigo.
A gente sempre fica esperando o outro vir, o outro tomar as iniciativas, o outro. Sempre o outro. Vai ver ele também fica esperando a minha tomada de iniciativa, e assim, nós sigamos singular quando deveríamos ser plural. Mas, cá comigo, ainda acho que algumas vezes, fiz muito bem indo embora sem dar tchau. Acho mesmo que deixei espaço para algumas pessoas serem felizes, com algumas outras pessoas.
Vai ver, guardam rancor por eu ter ido embora sem avisar. Sei que muita gente não se deu conta, ou ainda não entendeu que eu estava pensando só na sua felicidade. Melhor assim. A gente não precisa anunciar aos quatro ventos que está tentando praticar uma boa ação. Se aquela pessoa conseguir ser feliz sem mim, minha missão realmente terá sido cumprida. Se não, se ela não conseguir, errei, pequei feio em deixá-la. Mas essas coisas a gente nunca sabe. Essas coisas são o cotidiano. Coisas que acontecem todos os dias.

Culpamos as pessoas das quais não gostamos pelas gentilezas que nos demonstram.

Não há solidão mais triste do que a do homem sem amizades. A falta de amigos faz com que o mundo pareça um deserto.

Devemos nos comportar com os nossos amigos do mesmo modo que gostaríamos que eles se comportassem conosco.

Não ser amado é falta de sorte, mas não amar é a própria infelicidade.

Saber o que é correto e não o fazer é falta de coragem.

Não fales bem de ti aos outros, pois não os convencerás. Não fales mal, pois te julgarão muito pior do que és.

De nada vale tentar ajudar aqueles que não se ajudam a si mesmos.

Não se odeia quando pouco se preza, odeia-se só o que está à nossa altura ou é superior a nós.

Coloque a lealdade e a confiança acima de qualquer coisa; não te alies aos moralmente inferiores; não receies corrigir teus erros.

A vida vai ficando cada vez mais dura perto do topo.

O silêncio é um amigo que nunca trai.

Podemos facilmente perdoar uma criança que tem medo do escuro; a real tragédia da vida é quando os homens têm medo da luz.

Não há ninguém, mesmo sem cultura, que não se torne poeta quando o amor toma conta dele.

Para conhecermos os amigos é necessário passar pelo sucesso e pela desgraça. No sucesso, verificamos a quantidade e, na desgraça, a qualidade.

A vantagem de ter péssima memória é divertir-se muitas vezes com as mesmas coisas boas como se fosse a primeira vez.

Se um grande homem cair, mesmo depois da queda, ele continua grande.

Podes conhecer o espírito de qualquer pessoa, se observares como ela se comporta ao elogiar e receber elogios.

Aquilo que foi doloroso suportar torna-se agradável depois de suportado; é natural sentir prazer no final do próprio sofrimento.