Coleção pessoal de BreendaSantoos
Talvez você não perceba, mas está escrito bem ali nas entrelinhas, entre um verso e outro que sim, eu ainda gosto de você.
Tem alguns dias que me sinto morta por dentro, mas do que qualquer outra pessoa em estágio terminal.
Meus movimentos são contados ao bater do relógio na sala. Meu coração é impulsionado levemente a bater.
São esses dias que me mostram o quanto a vida é bela. Porque mesmo morta por dentro ainda consigo viver.
Mas todas as vezes que eu ameacei cair ela me segurou. Ela me segurou porque ela estava ali o tempo todo comigo.
Ela me entendia e sabia dos meus defeitos, mas ela preferia exaltar minhas qualidades sempre que falava de mim para os outros.
Não precisávamos de muito para nos entender. Riamos de qualquer coisa, de qualquer momento. Era algo espontâneo, tão natural quanto as palavras que saiam da nossa boca enquanto conversávamos.
Ela não parecia ser minha irmã. De maneira alguma. Eu era morena e ela loira, eu tinha uma personalidade e ela outra completamente diferente. Eu era café e ela leite. Mas a gente se misturava, e essa mistura dava tão certo.
Criamos laços que talvez irmãos não consigam construir. Não era amizade. Era companheirismo, parceria. Eram todos os adjetivos possíveis que se pode dar a um afeto.
Mas um dia ela ameaçou cair, e pela primeira vez eu percebi o quão importante eu também era para ela.
Eu poderia salva-la do abismo, mas eu preferi preveni-la dele.
Porque talvez amizade seja isso. Prevenção.
Prevenir que o caia, que o outro sofra, que o outro desmorone, que o outro se abata.
E se mesmo prevenindo não conseguir, é estar lá para aparar os danos. Os danos que a vida causa. Ser o curativo das feridas da vida, mesmo que ainda assim elas deixem marcas.
Uma amizade é em tese um dom nato do ser humano. O dom de conquistar, de se doar, de se permitir.
Um segredo guardado a sete chaves, uma sintonia sem igual. Amigos muitos tem, muitos encontram. Mas amigo não é derivado de amizade. De certa forma a melhor derivação para essa palavra se da pela forma mais bela chamada irmão.
Irmão de alegria, de tristeza, de raiva, de compaixão.
Ser amigo é de todas as maneiras, uma das mais verdadeiras de se demonstrar amor.
É dar a mão e apoiar mesmo você está caindo aos pedaços. É reerguer o outro mesmo quando você precisa ser reerguido.
É se importar, mesmo que isso não importe. É de fato ser.
O amor é como uma gaiola. Você pode até prender um passarinho, mas saiba que quando ele conseguir sua liberdade não voltará. Você pode cativar o amor do passarinho sem prende-lo, então porque o aprisiona-lo a você?
Não desistir dos seus sonhos significa não desistir de si mesmo. Os sonhos são o combustível da vida, são eles que alimentam a alma.
Em alguns momentos da sua vida você entenderá o porque de tantos erros, de tantas derrotas. É no momento da vitória que você percebe que todos os caminhos tortos foram atalhos usados para se conseguir chegar ao destino final.
Existe um longo caminho entre querer e conseguir. Cabe a você decidir se irá seguir em frente ou não.
Cada louco com a sua loucura... Porque se cada um for importar com a loucura alheia, não há hospício que dê conta.
Amor pra mim só existe o amor próprio. O resto são sentimentos que a gente tenta dar nome, e na falta deles, acaba chamando de amor mesmo.
Inteligente não é aquele que sabe tudo, mas sim aquele que consegue transmitir o pouco que sabe com a sabedoria de um aprendiz.
É tão irônico o fato de eu viver escrevendo sobre relacionamentos acabados, quando na verdade, nunca tive um pra saber como é.
Mas eu invento, porque sei que é melhor escrever do que viver.
Estou abrindo a janela da minha mente e deixando tudo que seja bom entrar. Estou livre para opiniões, expectativas e esperanças. Estou pronta para um começo mesmo que seja preciso dar um fim.
Estou pronta, definitivamente pronta. Arrumei as malas da vontade e estou indo em direção ao futuro.
Agarrei com todas as forças os meus sonhos, e os guardei em um lugar só meu.
Espero viver o suficiente para conquistá-los. Espero viver o suficiente para que saibam quem realmente eu sou.
Para que não me confundam com nenhum indigente literário, e nem tampouco me matem na ortografia do dia-a-dia.
Espero e espero, até que um dia canse de esperar e morra sufocada pela angústia da vida.