Coleção pessoal de BetoDalsochio
Começar algo me parece difícil
Só quando eu não acredito
Não paro
Não me aquieto
Sei que ainda vão continuar
Julgando sem pensar, sem excitar
Só vão parar quando eu jogar meu coração aberto sob a mesa
E perceberem que não como
E sim, o que eu falei era sincero
Sob esses mesmos olhos
Só alegrarão quando o pulsar do sangue parar
Não há mais nada o que fazer
Conflitos, guerras, tragédias
A gente vê por aqui
Revolução, alquimia, anarquia
Não passa na tv
Imploro e aproveito o momento e suplico
Se tem amor… Parem de pressupor!
Sem sentidos nem sentimentos
Ele sai por aí vagando,
Horas com pressa e sem motivo
Por vezes devagar e sem destino.
Ele é de profundo olhar e de raso compreendimento
Coração alagado e mente pura e suja no mesmo tempo
E desperta desejo e curiosidade
Já causou angústia e dor
Pelos seus passos firmes, teimosos e sonhadores
Já causou amores
Hoje ele vive na ilusão
Vive de compaixão.
#decomposição
Entre fatos e frases de efeito, sou de sarcasmos e boa índole no mesmo tempo.
Sociopata talvez, mas sem rumo e objetivo, psicopata já me vi... Logo eu, sem estômago para ver sangue por aí. Me pergunto só mais uma vez onde é que tudo vai dar, pois entre um jantar e outro falando meras frases feitas de filósofos renomados, andei também nas ruas descalço ouvindo as vozes dos blasfemados.
Hoje só em meu quarto ou em um parque qualquer, sinto o silêncio dos mortos, os que já se foram, ou desencarnados como preferir. O silêncio gritante dos desesperados, ou somente eu no meio desse tumulto todo tentando me encontrar... Mas peço a vocês no geral... Já estou cansado de ver, ouvir, falar... Os que ousam ainda julgar
E então eu resolvi pra não ficar parado
Juntei todas as tintas e montei um belo quadro
A tela estava em Branco claro
Mas aí joguei a primeira cor,
Essa então foi o amarelo
Como em um nascer de sol...
E pela imensidão que vi já coloquei o azul do mar
Então surgiu os roxos...
Não muito longe percebi o cor de rosa e senti uma das coisas mais leves que possamos sentir
E então na rebeldia que logo veio o pintei com o mais quente vermelho,
E foi onde me surgiram as batalhas mais sangrentas...
Mas tudo passou quando peguei a cor do verde
Ah o que dizer o que falar... Opa
Esqueci o que eu ia pintar.
Lembrei com maturidade do bege e me consegui me recompôr.
Foi breve e com muita sabedoria...
O tempo lá fora virou então me vi com o cinza a pintar,
E cabisbaixo o desenho logo veio todo a borrar...
Mas não tem nenhum problema não...
Volto a pegar o Branco e pintar tudo a mão!
Mas quem vai ouvir
quando seu coração for sincero e falar aos berros,
Ao que ouvir o ouça com calma
Não o leve a mal, afinal,
Será a alma em sintonia com o coração.
Alguns nem o tem ou o trata com frieza,
Com esse julgamento, meu lamento
A mim mesmo.
Onipotência, mar
Falar, ouvir.
Interação não se faz necessário,
Ainda estou no berçário.
Quando me desconectar total dessa hipnose,
Sentir o vazio absoluto
Só então começarei a caminhar dentro do meu ser.
Caminharei a passos leves
Navegarei a remos fortes
Não ligarei a forma de ir
Estarei
E daqui
Voltarei
Minhas portas estarão abertas
Pois meu caminho é o meu nada infinito
Vou partir e claro deixar tudo pra trás
Tudo que ouvi, tudo que falei
Tudo que vejo e tudo que sinto.
Nada muda, nada mudará
Claro que vários pra julgar
Mas e daí?
Se o que realmente sinto é vejo ninguém acredita?
Convicções? Pode até ser...
Mas é isso que estou fazendo...Ser!
Ser alguém bom sem se corromper
Ser o impacto em sua vida,
Se você permitir
Eu me permito entrar em qualquer lugar...
Um quarto escuro?
Sim, pois sei que posso clarear
Uma vasta imensidão de uma montanha?
Sim, pois sei que posso voar
Ou a calmaria de um belo lago quem sabe,
Certeza que com os pés eu provocarei uma grande onda...
Me sinto sombra
Não a conclusão
Não sou o ouro
Sou a prata e esta de segunda mão
Em terra de reis me sinto o camponês
Não me culpe mais além se ainda houver escassez
Sou o peão do xadrez
Nunca o cavalo galopante
Nem tampouco a torre exuberante
Entre o bispo e o próprio tabuleiro
Fui aquele que previu o jogo inteiro
Por isso não e repito o tanto quanto necessário
Seria esse um presságio
Uma adoleta
Algo mais inocente
Não pense que sou eloquente
Só quero do mundo
Como um todo
Que sigamos juntos
Unidos
Não como tolos
Ai então no meu acalanto
Já não vivo mais aos prantos.
Como que pode, veja, estou vivendo como em um filme da época 70.
Já fui muito mais veloz tipo James Dean, percebi o meu final e premeditei o dele, o avisei, mas preferiu correr.
Hoje com a televisão mais colorida tudo é tão mais belo porém fino, não de uma forma bela. Falta-se vinhos, ternos, chapéus e vestidos.
Me lembro algo do tipo mesa de bar, um bilhar e seus beijos, afagados, ofegantes, um leve empurrão ao carro estacionado e um convite ao pecado, ao romance, ao perdido romance.
O romance que se perde ao simples vibrar de um aparelho, as trocas de olhares hoje se vêem voltados à uma única tela e no piscar de olhos já não nos encontramos nos 70, perdemos os 80 dos hippies e reciclamos os punks dos 90.
Só me vejo fora de moda e penso em me apoiar em cada gole de vodka, pois sei e já não faço questão de discernir tal realidade. Vivo intenso, vivo calmo. E meu filme favorito ainda será nas ruas opacas mas cheias de brilho de uma Abbey e a leve trilha de The dark side of The moon
Você faz ideia do porque poesias são penduradas em varais?
Talvez para escorrer lágrimas de tintas e dos que escrevem.
Usando poesia de forma errada
Com pessoas não amadas
Me desprezam ou me usam
De uma forma valentia
Me usando me acalentando
Sou de conversa boa, fácil
Porém não me satisfaço
Tenho, ou melhor
Não sou obrigado a ter
Apenas bagunçar ainda mais meu ser
O seu já me basta.
Não fico orgulhoso,
Aliás,
A tempos não o sinto.
Um café e um livro barato
A ordem exata não nos importa
Não sou o dedo na sua cara
Lhe dizendo o que deva fazer
Sou o rosto e as vozes
Que te dão todo o prazer.
Prazer é o seu
O meu é dever.
Vou fugir só mais uma vez pra onde vou não sei, vou me reerguer e de lá vou gritar meu nome. Pra que alguém possa entender que fui um irresponsável, inegável, tropeçando, caindo, levantando... Seguindo andando.
E o doce do leite e o azedo da cana e por aí o seu sorriso já não me engana, até sou forte mas não me bata, talvez u goste talvez gostava. O mel vem na lata como tido vem fácil, palavra fácil.
Estou tremendo meus lábios adiando o inevitável, procurando o atrasado que talvez esteja no passado.
Hoje tenho pena do meu corpo
Aqui embaixo estou desprotegido
Tenho que cuidar desse plano
Tudo se refletirá sem desengano
Pessoas caminhando no deserto dia e noite sem dormir
Sem deixar pegadas buscam refletir
Todos a busca do ser maior
Mas já tentei desistir
O remédio que tomei a pouco me fez vomitar, os braços querendo segurar a mesa
Me vi gritando como em uma tela de cinema
Meu espírito agora está livre
Os seus estão presos
Não vou mais regredir
Não vou mais me esconder
Vou caminhar nesse plano
Com pena do meu corpo
Já me passaram tantos anos
Eu sofri e quero surpreender
As curvas do destino
As vozes da minha mente , eu vou calar
Mas como surpreender no mundo de surpresas
Quem é que ataca e quem é o perdoado
Lágrimas não correm mais
Lamentos nunca vi
Agora o que eu quero é me subestimar
Saber onde vou e onde posso chegar
Ter motivos pra viver e uns goles pra me esquecer
O tempo a saudade já não me impressionam mais, a mente incerta não importa pois eu sei que pode não ter nada atrás daquela porta