Coleção pessoal de berserkerheart
Seleção Natural
Seja lá o que você quiser ser, seja!
Qual é o sentido da vida pra ditar às tuas estradas?
De todos os ascendentes cadavéricos dessa alma
Hoje, eu sou o mais ímpio!
De tudo quanto é dor e sofrimento que alguém pode viver,
Eu já vivi.
Carrego nos olhos as hastes da humanidade:
A envergadura do tempo:
A reflexão da treva e o novo
Tudo mais que o velho mundo ei de saber;
Pelas eras que se soube a vida,
E se fez, hoje,
A desolação das minhas cores...
'Como eu tenho contido...'
Que os meus olhos sejam pontes
A quem precisa atravessar essas trevas ditas
E a quem chegar onde embeveça,
Que passe a luz adiante,
E as chaves dessa escuridão não dita.
Purgatório
Embaraçam-me os olhos
Teus sorrisos tênues dispersos ao vento...
No prelúdio cinza que a tarde canta
Me encontro fusco, embaraçado nas cores
Que o bosque tece: o meu purgatório
O crepúsculo desce e junto dele
A velha maresia sentimental
Penetra os meus sentidos, minha carne,
Me invade por inteiro
Tecendo em mim as cores do inferno:
A vida que tu puseste-me
E que agora arredio pra esquecer
Pra voltar a existir outra vez
Nas cores vazias que eu chamo o mundo...