Coleção pessoal de BernardoNielsen
A distância
A distância inóspita do cotidiano, é bela,
Traz consigo mil exemplos, da mente pra fala.
É uma estrada, cheia de lições do agora,
Faz a alma, por vezes, sair mundo a fora.
Muda elementos da sua ótica, talvez uma incógnita,
Se torna um labirinto, que mesmo reto, se transforma.
A banalidade muda os meios, afeta teus anseios,
Diferenças vívidas, compreensão do desigual,
Aceitei o que por lógica, não podia ser real.
A memória se preenche dessas idas e vindas,
É um conto vazio, com a película ilusória.
Se por vezes questionamos o tempo, que a pressa suma,
Se crescemos questionando as causas, que não nos consumam.
Penso em ti
Na manhã, ao acordar, antes mesmo do café, penso em ti.
No caminho pro trabalho, com o canto dos pássaros, com o barulho da rádio e o frio da manhã, penso em ti.
Nas passageiras falas que ouço, nas cobranças, elogios ou conversas, penso em ti.
De formas variadas, em dias que não mudam, em devaneios que não param, penso em ti.
Nas madrugadas frias, relembro do que éramos, e mesmo que não queira, penso em ti.
No ciclo que não para, não sei quantas vezes te amarei, mas se possível, amanhã
Pensarei em ti.