Coleção pessoal de bernardo_loureiro

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"inferno"

essa é uma tentativa de mostrar o que sinto
com toda a tristeza entupida em meus olhos
as lagrimas simplesmente não caem

Quem dera Deus me entregar sem as vendas
o peso que carrego em meu ser

convencer a mim o que é a verdade
convencer a mim o que é certo

Mas é de seu feitio me dar o incerto
pra que eu fique o mais perto de ser quem eu almejar ser

“Estou aqui apenas para contribuir com meu grão de açucar”
Diz a formiga crente de si mesma. medrosa de viver

MORTA. DE NADA VALERAS

“Não posso me desperdiçar como os outros”

“Somos tantas! não preciso ser como as outras”
Saiu da linha a formiga

“Não é disso que a colonia precisa!”

de passagem na linhagem dessa existencia absurda
Que me enche de angustias e pesares de ambição

eu tenho de ser grande
eu tenho de mostrar ao mundo que estou aqui

mate minha verdade
mate o que é certo

e depois vejo bem, o que sou eu

uma vez desperto.

A consequencia do meu viver.

Mente translucida, permanente entre o vazio e o projetado. Experiencia o projetado
com a noção do vazio e não se fixa ao fenômeno nem o deleita como poderia. conhece o minimo necessário e duvida da ambição que o envolta.

A quem ela se espera

Caminha a lagrima gritante

em sua terra ora selva ora serva
Elegante

Espera-se quem a ela ofereça a flama
incessante de si mesma plaina
Infante
Sob mares de singela gana amante
de imersões e sensações.

Apareça-me bela
Leve-me até ela
E as torne parte de mim.