Coleção pessoal de Beninibenvenuti

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Senhor Deus, tu és o amor

e me criaste para amar.

Procuro a pessoa que pensaste

para mim de maneira especial.

Faze-me paciente na espera.

Sei que fizeste seu coração para mim

e o meu coração para ela.

Ensina-me a guardar-me para esta pessoa,

como ela se guardará para mim.

Que minha impaciência não me desvie do caminho

nem me leve a buscar atalhos fáceis.

Treina-me no amor generoso aos outros,

para que, quando a pessoa chegar,

eu possa amá-la profundamente.

Ensina-me a orar por ela,

pelos nossos processos pessoais,

que vão amadurecendo nosso ser.

Cuida-a de todo mal,

guarda-a em seu corpo, alma e espírito.

Ainda que não nos conheçamos,

ajuda-nos a ser melhores a cada dia,

mais solidários, mais generosos,

mais puros de coração.

Bendito sejas, Senhor,

nesta pessoa que pensaste para mim.

Bendito sejas, Senhor,

que nos fizeste para amar e ser amados.

Bendito sejas, Senhor,

no dia em que nos conhecermos,

e que possamos empreender

o caminho de “ser um” no amor.

Amém.

A brisa dissera adeus
mas o tempo reiterava em regressar
memorando os lábios teus
tentando não lacrimejar

A tua toalha branca
já faz falta em meu varal
ontem,hoje e toda semana
dolorosa nostalgia infernal

Me encantava as flores
os pássaros e jardins
agora só sinto o agridoce
de ver a vida tendo um fim

Quero o que um dia foi meu
para sempre e novamente
eu lembro, você me prometeu
que me amaria tão brandamente

Tua voz ainda ecoa
no corredor e no quarto abrasado
tua palavra ainda soa
como um suicida obstinado

Terminou como um covarde
não permitiu que eu te salvasse
estou vazia, sem tua parte
que remate, que tudo passe

Preparando
cortando
me enforcando
...
...
...

Estarei em teus braços novamente, meu suicida amor

Eu sigo calçando
com os meus passos inquietos
alegrias se apressando
e passados secretos
contorno
retorno
revivo

A ânsia que me consome
já fragmenta meus resquícios sanos
minh'alma anorexica, com fome
causa em mim severos danos
enlouquecendo
tremendo
temendo

As mãos que acariciavam
agora estão cansadas
das noites que mutilavam
do depois tão machucadas
naufragando
alucinando
lutando

Há dias de glória em meu olhar
e tormentas na tardia neste sorriso
me equilibro para me livrar
do pavor que tanto esquivo
sentindo
exaurindo
afligindo

Então a culpa se alastra
como um vírus imortal
parecem animais com mordaça
pedante e demasiado bestial
julgada
ignorada
...
...
...
lágrimas de uma invisível.