Coleção pessoal de BaptistIRenan
Algo
Eu não sei p que dizer
Pois o que eu quero dizer
Eu não vou dizer
Dizer o que pra que
Que pra o que dizer
Onde eu vou dizer
Diga o que eu não digo
Diga não eu que o digo
Não diga isso comigo
Comigo isso diga não
Dizer isso machuca meu coração
Coração meu machuca isso dizer
Pois agora acabei de dizer
Dizer acabei agora pois
Não sei o que dizer
Decepção da Terra
A vida é desilusão
O pensar é uma canção
Caminhamos sempre em vão
Desperdiçamos o precioso Tempo
Deixamos os espinhos de lado
Deixamos o livro calado
Deixamos o conhecimento sarado
Transformarmos a Vida num Lamento
A solidez das palavras se distribui
Em armas onde você contribui
Ensinando a jovens como fui
A viver apenas um Momento
Decepção a Terra tem de nós
Pena é o que ela sente por vós
Traições a ela cometeram com a voz
Morremos e ela ficará a sós.
A palavra transforma
Em um belo dia em uma tarde de domingo
Vi-me sentado numa pedra em uma estrada vazia
Observando as versas de um velho bilhete de bingo
Que em meio a folhas secas em baixo de uma velha arvore jazia
Tentei entender o que nele estava escrito
Mas eram cálculos estranhos, não notáveis ao meu entendimento
Percebi então que abaixo dos cálculos tinha um pequeno manuscrito
Alguma coisa com “KALVAKIAS”, mas não entendi o complemento
Li reli e li de novo, e entendi que estava escrito em uma língua antiga
Língua perdida em meio ao passar do espaço tempo
Que como uma margarida cortada por uma formiga foi varrida
Esquecida, apagada e levada por um suave vento
“Latim” e logo deduzi que era um suposto encantamento
Só entendi a palavra que dizia “alleluia”
Logo imaginei que fosse um lamento
Dizia:
“Benedictiones Domini super te et augeat te et filios tuos quam. Alleluia”
Pesquisei, traduzi e então ficou:
“O Senhor vos aumente bênçãos mais e mais, sobre vós e sobre vossos filhos, Aleluia’’
Tão logo traduzi lembrei que KALVAKIAS é meu anjo protetor
Então percebi no mesmo instante que tal acontecido não era algo vão
Foi nesse momento de minha percepção que no meu ouvido ele cantou
Justamente aquelas palavras que deixaram meus pensamentos sãos:
“Veritatem cognoscere veritatem, quasi per errorem habita quod non accepit, sentire omnia in omnibus, et tantum non in omnibus intellectum”
Assustei-me no primeiro instante
Logo depois comecei a me tremer
No meu ouvido a melosa voz me dizia cante
Acalmei-me e fiz o que tinha de fazer
Cantei o que ele mandava-me
Maravilhado fiquei, mas não sabia o que dizia
Era algo que tocava-me
Eu sabia que o certo fazia:
“Veritatem cognoscere veritatem, quasi per errorem habita quod non accepit, sentire omnia in omnibus, et tantum non in omnibus intellectum”
O tempo passou e com ele entendi
O que anjo falou no dia em que o conheci
Segui os caminhos que ele me aconselhara
Pois nele já estava, mas o anjo me acrescentara
“Disse-me ele que o sábio aprende com o silencio
Tudo que creres mesmo que não exista passarás a existir
A alma não tem segredo que o comportamento não revele
O sábio não se exibe e vejam como é notado
Renuncia a si mesmo e jamais será apagado”
Não sou o que você é, porque sou eu
Sou o que sou por não ser o que você é
Mas na verdade tenho partes de você em mim
Afinal todos são resultado de um mesmo inicio
Vindos de um mesmo começo e destinados ao mesmo fim
Sou diferente assim como também o é
Todavia sou um pouco mais diferente do que de costume
A verdade é que misturo a loucura com minha fé
Por isso do mundo fico imune
Imunidade pela qual me protege
Protege de que eu me torne normal
Pois a normalidade para mim é bege
Sem cor, sem vida, sem sal
De normais o mundo está cheio
Apenas vivem e não procuram evolução
Começam algo e param no meio
Não procuram a verdade vivem em vão
Prefiro a loucura e a evolução
Do que a normalidade e a mentira
Pois só os loucos sabem a verdade nesse mundo vão
Porque se um normal souber ele pira
Viver e morrer na sabedoria
Sei que és um sabiá sabido a assobiar
Sabendo disso sou sabedor da sabedoria
A sabedoria soube e soprou minha saliência
Assoviou no sino alto vindo a mim então em decadência
Rato roeu a sabedoria do conhecimento
Do sabiá sabido que assoviou em delinquência
Escandeceu salientou o aborrecimento
Fazendo isso disseminou toda essência
Essência ágil que age com sabedoria
Que vem de dentro existente em cada ser
Trazendo sempre uma forte energia
Implantando em todos a emanação do renascer
Renascimento necessário para sobrevivência
Do sonhador que vive do amanhecer
Livrando-se assim de toda a impotência
Também do erro que vives a cometer
Erro absoluto que o atrapalharás no futuro
O impactando então a não mais querer crescer
Fazendo-o sempre procurar o caminho menos duro
Que na verdade é mais difícil do que se pode saber
Caminho árduo difícil de conhecer
Absolutamente oculto inanimado ao imaginar
Só se conhece seguindo em frente de cabeça erguida
De mente aberta pronto para tudo que irá enfrentar
Enfrentando tudo que venha de acontecimentos
Acontecerá o que estas então prever
Prevenirá de alguns dos teus sofrimentos
Sofrendo menos vindo assim a aprender
Aprendendo ao sofrimento superar
Superará a árdua dor do sangue a correr
Que corre a destra como frio suó descendo
Regendo a cor da escuridão a estremecer
Estremece ó escuridão do fim oculto
Pois não se sabe ao certo aonde se vai depois do fim
Muitos dizem que se volta ao começo intenso
Já outros mestres não acreditam no renascer
Sigamos em frente vendo caminho a procura
Crescendo juntos enfrentando o sofrimento
Seremos sábios, pois o sábio tudo atura
Amando a todos sem lembrar o aborrecimento.
Vento Viajante
O vento sopra do nada
Bate frio vindo em minha direção em velocidade almejante
Com ele, vem um arrepio que deixa a espinha marcada
Energia estranha que vem mudando a cada instante
Vento gélido pelo qual não se sabe sua direção
Vindo de algum lugar onde traz sua energia
Vem vibrante, tão rápido quanto uma canção
Tamanha leveza que chega a tornasse em euforia
Traz um recado, uma historia para ser contada
Contos, mitos, crônicas e também algo de verídico
Rumores históricos, uma vida a ser lembrada
Tais coisas exatas que tornariam o mundo pacifico
Energias de lugares pelos quais nunca foram vistos
Animais incríveis que apenas por ele foi identificado
Criaturas estranhas, consideradas malditas
Coisas que só ele sabe em virtude de ser tão usado
Sabedoria viajante
Conhecimento ambulante
Vida compartilhada
Vento sopra, historia contada.
Contento da Angustia
A cada passo meu coração bate mais forte
A cada vez que respiro suspiro e penso em te encontrar
A cada instante lembro o quanto tenho sorte
De ter você guardada em meu coração e poder te amar
Chego ao ponto, te encontro e fico nervoso
Pois o amor confundi e são muitas coisas a falar
Apenas fico quieto e observo com um olhar teimoso
Pois as mais belas palavras são ditas no silencio de um olhar
Abraço-te, beijo, sinto teu cheiro ao abraçar
O gravo em minha mente, meu coração sente e venho a lembrar
Nas horas de angustia que bate a saudade e me lamento
Lembro teu cheiro, minha mão ao teu cabelo e me contento
Nada é verdadeiro, o sofrimento é apenas um fato…
Nada é verdadeiro tudo é permitido
Faz o que tu queres, há de ser tudo da lei
Não mantenhas escondido o teu labor
Será que a tua mente o mundo escravizou?
Influencias vindas de todos os lados
Modificadoras, capazes de fazê-lo desistir
Pela vontade do externo somos moldados
Impedem a nossas energias de fluir
Sofra o que tiver que sofrer
Desfrute o que existe para ser desfrutado
Seja, o que nasceu para ser
Considere tanto o sofrimento quanto a alegria como sendo fatos
A sabedoria já existe em estado latente dentro de nossa consciência
Para que tentar colocar novos conhecimentos em nossa memória?
A verdade não é essa que eles dizem, ela já estar dentro de nós
Só há um tempo em que é fundamental despertar e esse tempo é agora.
Certamente sabemos que o amor não é um sentimento definível, no entanto no ato de sentirmos ele, podemos defini-lo dentro de nos mesmos...
Verme tu és
Sou eu
És tu
São eles
Somos nós
Sois vós
São TODOS
Todos idiotas ignorantes sem conhecimento
Deverias tu arrepender-te desde o teu nascimento
Tua morte no universo apenas reciclaria
Nada mais que bactérias o consumiria
Idiotas todos são
Errantes sem direção
Perdidos nesse mundo vão
Não valem mais que um cão
A si mesmo destroem
Pelo sistema que sua mente coroe
No inferno agora já estão
O fogo queima sem piedade o seu tostão
Estúpido a ponto
De não entender o que está lendo
Empírico, Sátiro, Tonto
A própria destruição está tecendo
Amor te amo....
Apenas te amo....
Te amo como amar ao amor...
Te amo pois só você me dar amor...
Te amo porque te amo...
Te amo porque te chamo...
Te amo porque te chamo de amor...
Amo você, seu olhar, teu sorriso, teu jeito e teu calor...
Simplesmente te amo...
A pacata tristeza que agora visita as cercanias de meu pensamento gélido, é apenas o resultado de meus atos sejas eles no passado ou presente, tal argumento ferino que me alivia na dor evacuante me traz raiva astronômica de meu físico, pois o mesmo não vem a seguir suas próprias leis espirituais, sendo assim tornando-se um hipócrita e fazendo a si mesmo triste e ignorante.
A vida é como uma rosa, as mais belas e mais cheirosas para que você possas segura-las terás de fura os dedos pois ela é repleta de espinhos, quanto mais bela mais espinhos, caso não queira se machucar terá de segurar uma rosa feia e sem bom cheiro. Na sua vida se queres que ela seja bela, boa, vai ter que se machucar, ao mesmo tempo que sente o bom cheiro e ver a beleza se sacrifica.
A vida terrena é apenas um caminho a prosseguir, pisando em espinhos devemos seguir, a evolução é uma escada perigosa, se rápido resvala, se devagar gloriosa.
Imagine uma rosa, cheirosa, linda, vermelha. No entanto cheia de espinhos, se quer segura-la tem de se furar. Agora imagine uma rosa feia, sem cheiro e sem espinhos, pode segura-la sem se furar no entanto não pode desfrutar de beleza e bom odor. Assim é tudo na vida, se queres algo formoso e de bom grado terá de furar as mãos para isso, caso contrario queira algo simples e sem prazer poderá conseguir facilmente, mas não terá o bom odor e beleza.