Coleção pessoal de backup

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Eu calorosamente bato na porta
Me deixem entrar suplico.
Enquanto espero, o tempo passa
A primavera se vai,
As folhas caem
A chuva me molha
O céu escurece.
Bato outra vez
Por favor alguém,
Me deixem entrar
A minha voz ecoa sob o patio ao meu redor,
Fora, do lado,
Dentro de mim.
Eu lhe peço pela ultima vez.
Está escurecendo,
Os dias se passam
O sol quebra sua promessa e não vem.
Uma brisa violenta passeia pela casa
E vai reto em direção a colina
Meus pelos se arrepiam
Meu pulmão falha
Meus braços tremem
Eu caio
Frio que vem
Frio que vem de fora
Ao redor
Ao redor de mim
Frio que me leva
Frio que me devolve
Frio que vem de dentro
E finalmente
Me deixa ir.

Algumas vezes eu fiz muito mal para pessoas que me amaram. Não é paranóia não. É verdade. Sou tão talvez neuroticamente individualista que, quando acontece de alguém parecer aos meus olhos uma ameaça a essa individualidade, fico imediatamente cheio de espinhos - e corto relacionamentos com a maior frieza, às vezes firo, sou agressivo e tal. É preciso acabar com esse medo de ser tocado lá no fundo. Ou é preciso que alguém me toque profundamente para acabar com isso.

...você cresceu em mim de um jeito completamente insuspeito, assim como se você fosse apenas uma semente e eu plantasse você esperando ver uma plantinha qualquer, pequena, rala, uma avenca, talvez samambaia, no máximo uma roseira, é, não estou sendo agressivo não, esperava de você apenas coisas assim, avenca, samambaia, roseira, mas nunca, em nenhum momento essa coisa enorme que me obrigou a abrir todas as janelas, e depois as portas, e pouco a pouco derrubar todas as paredes e arrancar o telhado para que você crescesse livremente.

Na minha memória - tão congestionada - e no meu coração - tão cheio de marcas e poços - você ocupa um dos lugares mais bonitos.

Não, meu bem, não adianta bancar o distante: lá vem o amor nos dilacerar de novo...

[...] sabe que o meu gostar por você chegou a ser amor, pois se eu me comovia vendo você, pois se eu acordava no meio da noite só pra ver você dormindo, meu Deus... como você me doía! De vez em quando eu vou ficar esperando você numa tarde cinzenta de inverno, bem no meio duma praça, então os meus braços não vão ser suficientes para abraçar você e a minha voz vai querer dizer tanta, mas tanta coisa que eu vou ficar calada um tempo enorme... só olhando você, sem dizer nada só olhando e pensando: Meu Deus, mas como você me dói de vez em quando!

Nada em mim foi covarde, nem mesmo as desistências: desistir, ainda que não pareça, foi meu grande gesto de coragem.

Poderíamos casar, teríamos um apartamento, tomaríamos café as cinco da tarde, discordaríamos quanto a cor das cortinas, não arrumaríamos a cama diariamente, a geladeira seria repleta de congelados e coca-cola, o armário, de porcarias, adiaríamos o despertador umas trinta vezes, sentaríamos na sala de pijama e pantufas, sairíamos pra jantar em dia de chuva e chegaríamos encharcados, nos beijaríamos no meio de alguma frase, você pegaria no sono com a mão no meu cabelo e eu, escutando sua respiração. Eu riria sem motivo e você perguntaria porque, eu não responderia, saberíamos.

Uma pessoa imatura pensa que todas as suas escolhas geram ganhos. Uma pessoa madura sabe que todas as escolhas têm perdas.

Quando somos abandonados pelo mundo, a solidão é superável; quando somos abandonados por nós mesmos, a solidão é quase incurável.

Todos querem o perfume das flores, mas poucos sujam as suas mãos para cultivá-las.

Uma pessoa inteligente aprende com os seus erros, uma pessoa sábia aprende com os erros dos outros.

É muito difícil ir embora – até você ir embora de fato. E então ir embora se torna simplesmente a coisa mais fácil do mundo.

(Quentin Jacobsen - Cidades de Papel)

Batalhas foram ganhas em guerras que com certeza seriam perdidas.

Meu amor, você não imagina o tamanho da minha gratidão pelo nosso pequeno infinito. Eu não o trocaria por nada nesse mundo. Você me deu uma eternidade dentro dos nossos dias numerados, e sou muito grata por isso.

(A Culpa é das Estrelas)

As coisas que você mais quer são aquelas que te destroem no fim.

(Will e Will - Um Nome, Um Destino)

Ele registra a morte com fidelidade. Você morre no meio da vida, no meio de uma frase.

As marcas que os seres humanos deixam são, com frequência, cicatrizes.

É na liberdade que a maioria das pessoas encontra o pecado.

Então, nós todos somos importantes – talvez menos do que muito, mas sempre mais do que nada.