Coleção pessoal de auzair
Sinto lápsos de memória revendo
a minha estória.
O pensamento gira e atinge vários
pontos de apagão.
Viro ao reverso do meu passado
universo.
Recolho pedaços, remendo retalhos
de minha emoção.
Não é só passado que esqueço...
Esqueço o presente, esqueço o
momento.
Uma palavra, uma frase, um nome.
Em cada um, há lamento.
No verso do poema que escrevo.
Mas não esqueço o futuro...
Num papel, gravo rabisco do
meu pensar.
Dobro as partes, formo envelopes
Fecho o lacre.
Pra neles me perpetuar.
As palavras boas precisam ser ditas.
encher o coração de folhas escritas,
lavando das veias o sangue venoso.
Exprimindo o mais belo sentimento e
formando um grande lago afetuoso.
Pra mim a vida só é vida, se vivida intensamente.
O tempo passa, e já sinto galgar os últimos degraus de descida.
Portanto deixem-me testá-los até onde resistem.
mmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmm
Não me importa se há destino
Se já está pronto, ou sou eu que
defino.
Não me importa se há caminho
em veredas, ou cheios de espinhos.
Não me fechem as portas, não
adianta, sempre encontro uma solução.
Nunca bati em uma porta que não
se abrisse.
Nunca desejei algo que não conseguisse.
Mapeio os meus desejos e sigo à risco
Acredito num feliz fim.
Desejos estranhos vagando no tempo.
Sigo ao vento, inconsciente, vivo aos
extremos
Hora é paz, noutra é guerra
No doce silêncio ou no barulho da terra,
há uma longa espera .
Em rebeldia ou intensa alegria,
repentinamente numa fuga, como um
passarinho sem ninho pousa na alma,
e inspira poesia.
Tudo acontece, mas nada surpreende...
Às vezes me encorajo, às vezes tenho
Medo.
Mas a mim não espanta, não há nenhum
Segredo.
Me engorda, ou definha, nessa vida louca
extremada... esta é a vida... minha.