Coleção pessoal de Athosalves

1 - 20 do total de 32 pensamentos na coleção de Athosalves

É necessário amar… Quem não ama na vida?
Amar o sol e a lua errante! amar estrelas,
Ou amar alguém que possa em sua alma contê-las,
Cintilantes de luz, numa seara florida!

Amar os astros ou na terra as flores… Vê-las
Desabrochando numa ilusão renascida…
Como um branco jardim, dar-lhes na alma guarida,
E todo, todo o nosso amor para aquecê-las…

Ou amar os poentes de ouro, ou o luar que morre breve,
Ou tudo quanto é som, ou tudo quanto é aroma…
As mortalhas do céu, os sudários de neve!

Amar a aurora, amar os flóreos rosicleres,
E tudo quanto é belo e o sentido nos doma!
Mas, antes disso, amar as crianças e as mulheres…

Entre brumas, ao longe, surge a aurora.
O hialino orvalho aos poucos se evapora,
Agoniza o arrebol.
A catedral ebúrnea do meu sonho
Aparece, na paz do céu risonho,
Toda branca de sol.

E o sino canta em lúgubres responsos:
“Pobre Alphonsus! Pobre Alphonsus!”

O astro glorioso segue a eterna estrada.
Uma áurea seta lhe cintila em cada
Refulgente raio de luz.
A catedral ebúrnea do meu sonho,
Onde os meus olhos tão cansados ponho,
Recebe a bênção de Jesus.

E o sino clama em lúgubres responsos:
“Pobre Alphonsus! Pobre Alphonsus!”

Por entre lírios e lilases desce
A tarde esquiva: amargurada prece
Põe-se a lua a rezar.
A catedral ebúrnea do meu sonho
Aparece, na paz do céu tristonho,
Toda branca de luar.

E o sino chora em lúgubres responsos:
“Pobre Alphonsus! Pobre Alphonsus!”

O céu é todo trevas: o vento uiva.
Do relâmpago a cabeleira ruiva
Vem açoitar o rosto meu.
E a catedral ebúrnea do meu sonho
Afunda-se no caos do céu medonho
Como um astro que já morreu.

E o sino geme em lúgubres responsos:
“Pobre Alphonsus! Pobre Alphonsus!”

Canção do dia de sempre

Tão bom viver dia a dia...
A vida, assim, jamais cansa...

Viver tão só de momentos
Como essas nuvens no céu...

E só ganhar, toda a vida,
Inexperiência... esperança...

E a rosa louca dos ventos
Presa à copa do chapéu.

Nunca dês um nome a um rio:
Sempre é outro rio a passar.

Nada jamais continua,
Tudo vai recomeçar!

E sem nenhuma lembrança
Das outras vezes perdidas,
Atiro a rosa do sonho
Nas tuas mãos distraídas...

Ego
⁠Um álter ego se manifesta de um ser vil e intangível aos olhos de servos incrédulos em sua presença nada sutil que apresenta um selo inquebrantável sendo antagonista de ti.

Que só espero o fim não por capricho Devil só sendo enfim protagonista que diz não rogarei por ti mais lembraras que aqui jaz este inimigo que luta contra tu e nunca desistira nem mesmo no último momento de uma vida efêmera compara vos ser indigno.
Portanto não cairei no seu encanto e que de min só me oponho e nunca ganhara nada de mim como fé amor e sonho.

Onde se redenção existe não ore porque pôs nunca direi sim jamais me entregarei a ti diante eminente fim.

Quando Ismália enlouqueceu,
Pôs-se na torre a sonhar...
Viu uma lua no céu,
Viu outra lua no mar.

No sonho em que se perdeu,
Banhou-se toda em luar...
Queria subir ao céu,
Queria descer ao mar...

E, no desvario seu,
Na torre pôs-se a cantar...
Estava perto do céu,
Estava longe do mar...

E como um anjo pendeu
As asas para voar...
Queria a lua do céu,
Queria a lua do mar...

As asas que Deus lhe deu
Ruflaram de par em par...
Sua alma subiu ao céu,
Seu corpo desceu ao mar...

Mesmo
Mesmo que ocorra eventualidades da vida que segue em um fluxo único e ilógico.
Mesmo que não queira mais fazer parte deste coração cedido com a mais pura vontade.
No mesmo sentido que se partiu sem deixar vestígio.
Mesmo com tudo isto ainda assim existe algo inexplicável.
E mesmo que demore você sabe se quiser alguém para ser só seu e só não esquecer que estarei aqui.

⁠Três foi o número escolhido como da sorte.
Neste dia foram vistas três luas neste céu estrelado.
E ao longo deste azul brilhante foram vistas três estrelas-cadentes.
Olhando fixamente, fiz três pedidos, nenhum foi atendido.
Me questionei o porquê e, depois de tanto pensar, por três respostas esperei.
Respostas chegaram por três vezes, fui preterido sem motivo, foi aparente, não foi dito.
Saí e andei por três semanas na penumbra da minha alma
E, com isso, em três partes se dividiram este coração.
Na partilha foram separados três sentimentos que não existem mais.
E a única coisa que sobrou com um só sentido foi a saudade de ti.

SIMULTANEIDADE

- Eu amo o mundo! Eu detesto o mundo! Eu creio em Deus! Deus é um absurdo! Eu vou me matar! Eu quero viver!
- Você é louco?
- Não, sou poeta.

Singelo
⁠Eu tento escrever algo singelo mais não vem nada na minha mente.
Eu começo com respeitável mais hoje em dia quem e olho ao redor e não encontro ninguém deste jeito nem os famosos infames são.
Tento por algo rebuscado na busca não encontrado nem palavra e nem verbete em verbos arabesco vejo que e enfadonho.
Tento por palavras de Deus mais não conheço este Deus presente e onipotente mais não quero entrar neste pensamento.
Vejo palavras aleatórias olha
Ora por espiração sento e inspiro
Vem o apático ártico
Branco
Lanço e me espanto
Com está insuficiência
Regência
Da alma
Que vibra
Como víbora que espanta
Com o som do vazio que e também sombrio.
Isto está indo longe de mais eu volto e retorno para
Ideia inicia que sério como era mesmo a lembrei.
Do elo do meu singelo verso que falo com símbolo
Eterno formado do Martelo do eterno zelo que tenho por você que revelo meu gosto segredo que tenho por seu coração de certo guardado neste céu estrela que representa só você neste completo revelo este amor que não espero que seja correspondido por certo e fique só com migo eu espero.

⁠Não quero que seja preso a mim. Quero que seja livre, e sendo livre me escolha.

⁠Fácil é viver em um mundo artificial, em que alguns desejos momentâneos são realizados. Difícil é se conectar com a luz que faz acelerar as batidas do coração e energiza outra alma.

Vazio
⁠Como buscar superação em uma Vida sem objetivo que esforço será empregado sem nenhuma ideologia não sendo ateu nem hedonista.
O que tu busca espírito vazio só passando o tempo, só estar sem estar.
Não buscando paixão e nem ódio, será que estaria em algum inferno descrito pelo livro de Dante.
Mais como nem isso acredita não importa.

Declaração silenciosa
Obrigado você em uma situação incomum nos si conhecemos e você entrou na vida nos dois jogamos limpo um com outro eu já sabia que viemos de mundo diferente na situação normal nós não nos conheceríamos nunca fui enganado as coisas que foram feitas sempre de coração mais mesmo assim obrigado por preencher um pouco deste coração que não tinha sentimento e você foi umas das únicas que tirou algo a mais que uma lembrança uma vontade de te encontrar , mais como tudo na vida acaba com isso uma das únicas parte que sentia algo fora arranca e que sobrou não posso te disser que e sentimentos mais agradeço por está ilusão que pode se dizer que foi igual a um sonho de uma noite de verão. Tudo sempre e finito como as estrelas que um dia não brilha mais como sol que um dia não aquecerá mais ,acabou entre a gente pelo menos eu admito e agradeço por ser sincera com a minha pessoa e não me enganar com discursos vazios não te culparei pós nem eu e você prometemos nada e me dedicar por está causa foi porque eu quis. E você sempre estará nesta parte arrancada do meu coração que passaste aqui e não sobrou mais nada
Sempre continuarei agora mais vazio pós tem menos um pedaço que ficou para você.
Mesmo que não ligue ou se importe por ser só mais um obrigado por fazer parte deste curto período mais feliz de um devaneio de um louco que despreza agora ainda mais o amor.

Sinto saudades de tudo que marcou a minha vida. Quando vejo retratos, quando sinto cheiros, quando escuto uma voz, quando me lembro do passado, eu sinto saudades… Sinto saudades de amigos que nunca mais vi, de pessoas com quem não mais falei ou cruzei… Sinto saudades da minha infância, do meu primeiro amor, do meu segundo, do terceiro, do penúltimo e daqueles que ainda vou ter, se Deus quiser… Sinto saudades do presente, que não aproveitei de todo, lembrando do passado e apostando no futuro… Sinto saudades do futuro, que se idealizado, provavelmente não será do jeito que eu penso que vai ser… Sinto saudades de quem me deixou, e de quem eu deixei. Sinto saudades dos que se foram, e de quem não me despedi direito! Daqueles que não tiveram como me dizer adeus; de gente que passou na calçada contrária da minha vida e que só enxerguei de vislumbre! Sinto saudades de coisas que tive e de outras que não tive mas quis muito ter.

Memórias
Cada dia , cada hora, cada segundo
Minha mente louca vai se desvaindo e se perdendo no tempo.
E perco as memórias felizes que tivemos juntos.
Com isso me bate uma tristeza que vem porque
Vou perdendo seu rosto o seu cheiro
Só fica um sentimento quente por uma pessoa sem um rosto e nome, com está angústia eu praguejo
Porque tempo você e cruel de me tirar minha amada e estas memórias dela e alegria de viver ao lado dela.
E transformando a nesta pessoa estranha.

Ausência

Eu deixarei que morra em mim o desejo de amar os teus olhos que são doces
Porque nada te poderei dar senão a mágoa de me veres eternamente exausto.
No entanto a tua presença é qualquer coisa como a luz e a vida
E eu sinto que em meu gesto existe o teu gesto e em minha voz a tua voz.
Não te quero ter porque em meu ser tudo estaria terminado.
Quero só que surjas em mim como a fé nos desesperados
Para que eu possa levar uma gota de orvalho nesta terra amaldiçoada
Que ficou sobre a minha carne como uma nódoa do passado.
Eu deixarei... tu irás e encostarás a tua face em outra face.
Teus dedos enlaçarão outros dedos e tu desabrocharás para a madrugada.
Mas tu não saberás que quem te colheu fui eu, porque eu fui o grande íntimo da noite.
Porque eu encostei minha face na face da noite e ouvi a tua fala amorosa.
Porque meus dedos enlaçaram os dedos da névoa suspensos no espaço.
E eu trouxe até mim a misteriosa essência do teu abandono desordenado.
Eu ficarei só como os veleiros nos pontos silenciosos.
Mas eu te possuirei como ninguém porque poderei partir.
E todas as lamentações do mar, do vento, do céu, das aves, das estrelas.
Serão a tua voz presente, a tua voz ausente, a tua voz serenizada.

A vida é uma peça de teatro que não permite ensaios. Por isso, cante, chore, dance, ria e viva intensamente, antes que a cortina se feche e a peça termine sem aplausos.

PROFISSÃO DE FEBRE

quando chove,
eu chovo,
faz sol,
eu faço,
de noite,
anoiteço,
tem deus,
eu rezo,
não tem,
esqueço,
chove de novo,
de novo, chovo,
assobio no vento,
daqui me vejo,
lá vou eu,
gesto no movimento

Além Alma
(uma grama depois)


Meu coração lá longe
faz sinal que quer voltar
Já no peito trago em bronze
NÃO HÁ VAGA NEM LUGAR
Pra que me serve esse negócio
que não cessa de bater?
Mais parece um relógio
que acabar de enlouquecer
Pra que é que eu quero quem chora,
se estou tão bm assim,
e o vazio que vai lá lá fora
cai macio dentro de mim?

Parem
eu confesso
sou poeta
cada manhã que nasce
me nasce
uma rosa na face
parem
eu confesso
sou poeta
só meu amor é meu deus
eu sou o seu profeta.