Coleção pessoal de Ashi
O eu torna-se consciente do EU, encontra o desprendimento necessário em si mesmo, fora de todo condicionamento, apenas é o que é. Porém se existe um ego falso, apenas resta a perdição total. Ambos são necessários. Até o momento que é percebido, ai a transformação.
Nascemos do nada, vivemos em nada e para o nada vamos voltar. Porque se apegar ao nada, se a todo momento somos ele? Esse nada que é tudo.
Não acredito que o ladrão é vitima da sociedade, apenas é um produto dela. Enquanto tivermos sociedades baseadas em competições de certo teremos pessoas agindo assim.
Minhas loucuras só fizeram-me encontrar a sanidade. Não a sanidade dos cultuadores do corpo, da imagem, de coisas passageiras, dos que querem viver eternamente na mesma forma. Aquilo que penso me faz livre, por ser livre me chamam de louco, não tem o porque eu gastar energia negando o nome louco, apenas o dou um outro significado. A sabedorias dos loucos que se ocultam da vã luxuosidade,
Não quero cair, telha do telhado –
Quero morrer pouco a pouco.
Quero morrer observando
Como o corpo, gota a gota,
Se destaca da vida já cumprida.
Deixar que ela de mim se esvaia,
Como de uma peneira muito fina,
E – não tão logo – suspirar de alívio,
Por nada ver no fundo.