Coleção pessoal de ArthurOliveira
Eis o décimo primeiro mandamento:
"Não criarás expectativas demasiadas sobre os outros e manterás seus planos mais ousados em segredo! Digo-vos isso, pois, o mundo tentará lhe dissuadir custe o que custar."
Saber de cor é sabe de coração!
Assim como o Girassol se ergue quando a luz se espraia no horizonte
Que apesar dos conflitos, o corpo traduz o que a alma deseja!
Que o livre arbítrio trás o temor da escolha.
Que recordar é trazer de volta ao coração
A lembrança mais sagaz que liberta da ilusão.
Na vida tem mulher que se porta como flor!
Há quem acompanhe a trajetória do sol
Tem as que desenham as estações que estão por vir.
Há quem lance seu pólen pelo ar, e as que dançam nos campos do devir
Hora mulher, tu és flor! Só por isso me dá motivos pra sorrir...
A TOLERÂNCIA NO CONTEMPORÂNEO
"Nos dias atuais, a tolerância é uma forma de hipocrisia social transformada em virtude com o intuito de repartir o pão, alcançar a utopia da igualdade em um mundo totalmente fragmentado, e promover a política de boa vizinhança em uma esfera de relações subjetificadas, cada vez mais voraz e antropofágicas. Ela incita a chamar nossos inimigos concretos, cultos e ocultos pra sentar a mesa, mesmo sabendo de seus desejos latentes de nos devorar como prato principal."
PONTO DE PARTIDA
Primeiro a gente casa com a alma!
Morada abstrata, onde nascem duas histórias.
Se tu queres começar, ora! Se tu queres morar, namora!
Edifica teu endereço, constrói tua memória.
Embasa na terra, alicerça o coração
Nada funcionará se não der asas à imaginação.
Percebes o que há na dança, na leveza, no falar...
Nas artimanhas do sorrir, nas entrelinhas do olhar.
Amor que ora, amor que mora, amor que aflora, namora.
Não te afliges pobre coração, logo serão dois em um. Às vezes demora!
Tu que vives na penúria, acalenta-te agora
Não chora!
Deves saber a cada dia o que há em comum
Que de longe são dois, e de perto são um
Que tu encontres na casa a alegria de viver
Se não casas com a alma, haverás de sofrer.
ABSTRAÇÃO
O que me resta é descrever o que acontece na criação
Na conexão tácita entre o mundo real e o segredo da abstração.
Da percepção das formas imaginárias que me caem, hora com desdém.
Que se consolidam através da técnica, num doce vaivém.
De onde vem essa beleza de jardim, firmeza de arquitetura?
De onde vem essa poesia de mulher, essa flor de formosura?
Como extrair essa melodia tão sublime, sem colcheia ou partitura?
Basta só te imaginar e me conectas com o que há de mais sagrado.
Ao despertar em mim a arte, te transcrevo num retrato.
E é assim que vou unindo a sua vida ao meu caminho
Acabando aos poucos com as reticencias que separam eu ... de você
Sigo a estrada que surge nas águas a luz do luar.
Acompanhando a correnteza, seguindo sempre a navegar.
Então, homem! Vê se aprende a pescar.
Encontra nela a poesia antes de se apaixonar.
Triste dos termos, dos ermos, dos que vivem em amargura!
Não é preciso ser um gênio, nem viver em clausura.
Percebe a música no jeito olhar, a arquitetura no teu corpo de mulher
A poesia de beijo singular, ao doce sabor do bem-me-quer.
MEMÓRIAS DE UMA NOITE.
Aqui estamos nós a nos olhar
E sobre nós a lua a iluminar.
Ela que clareia a areia e a esse imenso mar.
Aqui estou agraciado, pois teimei em te esperar!
E tu, porque tanto racionaliza o amor, morena ? Porque se preocupar ?
Procura vivê-lo romantizado, em um complexo de alma gêmea.
Porque te preocupas ?
Se quando olhas no espelho vês a mim
Se quando pensas, pensas em mim
Se quando sonha, me evoca em teu inconsciente.
Vivo cativo sem perceber, sendo assim, nenhum esperança há de morrer.
Eu que busquei em você a poesia verdadeira, de tão sublime tornou-se a primeira.
És tu quem me dissolve num beijo cálido.
De tanto querer eu vivo ávido.
Não sabes, mas tens o dom de dissipar qualquer anseio.
Permeia nos fins, e justificam os meios.
Em meio a tantos versos, serei seu cúmplice eterno.
Enquanto isso, permaneço firme, austero, fraterno.
Gastando o giz, desenhando estrelas no céu.
O amor é um sonho doce e todo bom poeta o eterniza no papel.