Coleção pessoal de arcaismos
As nossas memórias são como pérolas... Cada uma tem sua preciosidade, sua exclusividade e seu valor. E durante a vida vamos tendo a oportunidade de ir juntando várias pelo caminho e nisso vamos adquirindo um grande e valioso tesouro. Meu medo não é morrer, mas sim passar o resto da vida sem recolher pérolas por não aproveita-la da melhor forma possível e por me privar de viver momentos incríveis por medo do julgamento alheio. Riqueza vai muito além de dinheiro, ser rico de alma vai além do que bens materiais podem nos oferecer.
Superar alguém é muito doloroso, não só no quesito amoroso. Mas é triste se acostumar com a presença de alguém e do nada não ter mais ou ter que abrir mão disso.
Nunca é só a saudade, sabe? Sempre tem um acúmulo, seja de lembranças, de decepções, de traumas e até mesmo de dores... E esse acumulado de coisas pesa o peito.
O problema de ser verdadeiro com o que eu sinto pelas pessoas, é que eu me apego demais a elas... E quando elas me descartam como se não fosse nada, uma parte minha desmorona e se entristece. E o meu choro é silencioso, porque sei que não tenho consolo.
Sinto que não faço muita diferença na vida das pessoas, se eu estiver: ok, mas se eu não estiver: tanto faz. Talvez eu só devesse aceitar que vou morrer sozinho, sem amigos, sem um amor... Por que é cansativo esperar que alguém queira ficar. Eu realmente não tenho ninguém...
Talvez eu só devesse aceitar que vou morrer sozinho... É cansativo esperar que alguém queira ficar.
Eu queria expor minhas dores, esbravejar as minhas tristezas e deixar claro para todos o quanto estava doendo continuar existindo. Mas eu sabia que ninguém ligaria pra isso, então eu me calei e me isolei. Passei a fingir que minha existência é nula, até que não sobre mais nada por aqui que dê indícios de que um dia eu existi.
Eu tenho tristezas profundas que ninguém nunca soube, tenho algumas que alguns já souberam e algumas até que diminuíram, fizeram piadas e chacotas. E elas doem, demais até... Mas eu estou sempre tentando fazer as pessoas rirem e sorrirem, assim eu consigo ficar contente e essa foi a forma de conseguir esconder as minhas dores e os meus temores. É por isso que vivo contando piada, rindo e cantarolando por aí e quem sabe um dia, de tanto as esconder, elas acabem sumindo.
Eu queria ser o seu amor, queria ser o motivo das suas risadas, dos seus sentimentos mais bonitos e da sua respiração descompassada. Mas eu sei que eu não sou e nunca vou ser o motivo de alguém ser grato por ser a causa das minhas borboletas no estômago... E é por isso que eu me calo sobre o que sinto, me escondo e até fujo. E eu sei que a culpa é minha por sempre sentir errado e na hora errada, mas o coração é um bicho teimoso que só faz o que quer quando se trata de si mesmo, mas mesmo sendo arredio, correndo de tudo e de todos, no fundo ele só quer ser amado e cuidado... Embora saiba que querer não é poder quando se trata do outro.
Queria ter o dom de comandar as escolhas feitas pelo coração. Mas não tenho e por isso sofro em silêncio.
Sempre se lembre de quem você é, sua verdade sempre vai vencer, não importa o que digam ou o que inventam a seu respeito.
Seja sempre você mesmo.
Eu sumo e demoro a aparecer, porque sei que não tenho ninguém, muito menos alguém que sinta a minha falta. Então não faz diferença estar presente nos lugares.
A única coisa que eu queria, era ser o teu lar, a tua casa. Mas você me destruiu, tijolo por tijolo, até não sobrar nada além de escombros.
Engoli as minhas maiores dores e enquanto elas me cortavam por dentro, eu sorria, porque sabia que mesmo se eu gritasse e chorasse, ninguém nunca seria capaz de me ouvir e me ajudar.
Eu sempre me senti mal por ver as pessoas indo embora da minha vida ou me culpando por tudo. O tempo passou e eu parei de me diminuir e de me achar insuficiente, porque comecei a me enxergar de verdade e vi que eu sou uma boa pessoa. Então passei a me perguntar se as pessoas eram boas o suficiente para mim e para permanecerem na minha vida. As respostas sempre foram não, então eu passei a ser mais exigente, não é mais qualquer pessoa que eu deixo entrar na minha vida e nem dou poder a elas para machucarem o meu coração.
Eu não escrevo para soar bonito, não escrevo para agradar, não escrevo para ser o melhor escritor. Eu escrevo para preencher os espaços em branco da minha alma, para tentar aliviar o peso que carrego sobre os ombros, para deixar um pouco de mim por aí já que tenho transbordado por dentro. O que eu escrevo é um tiro certeiro para quem tem problemas com o coração. E para os que entendem que o amor pode não durar para sempre.
As vezes as pessoas esquecem que eu sou um ser humano assim como elas, esquecem que tenho problemas, defeitos, erros e que posso desabar e estourar quando fico mal e esgotado. Sei que posso acabar machucando alguém quando chego a explodir e quando acontece é totalmente sem querer, é por impulso e isso não me torna uma pessoa ruim, só mostra que não sou perfeito e que também não sou de ferro. Quem realmente me conhece sabe que eu sou muito paciente, calmo e que evito qualquer tipo de briga e estresse. E eu finalmente estou aprendendo a não me importar com o julgamento e com a opinião dos outros sobre mim, porque só eu sei intimamente quem eu sou de verdade, só eu sei da minha vida inteira, só eu sei das minhas lutas diárias, só eu sei do meu caráter e tenho minha consciência limpa de todos os meus atos. Sei reconhecer os meus erros e sei pedir desculpas, mas também sei que não devo implorar nada, porque ninguém deve se humilhar para outra pessoa de nenhuma forma. Hoje eu entendo que eu sou uma grande perda, que quem me perde está perdendo muito, porque eu sempre dou o meu melhor para quem eu gosto e amo, só se afasta e vai embora quem quer. E isso não é egocentrismo, é apenas reconhecer o valor que eu tenho e me orgulhar das lutas que passei para chegar até onde estou.
Você poderia ter sido o amor da minha vida, mas preferiu ser só mais uma ferida que se abriu em meu peito... E isso é lastimável.