Coleção pessoal de Aramati
O verdadeiro amor não é aquele
que se alimenta de carinho e beijos
mas sim aquele que suporta a renúncia e
consegue viver na saudade.
Ó mar salgado, quanto do teu sal
São lágrimas de Portugal!
Por te cruzarmos, quantas mães choraram,
Quantos filhos em vão rezaram!
Quantas noivas ficaram por casar
Para que fosses nosso, ó mar!
Valeu a pena? Tudo vale a pena
Se a alma não é pequena.
Quem quer passar além do Bojador
Tem que passar além da dor.
Deus ao mar o perigo e o abismo deu,
Mas nele é que espelhou o céu.
Na tua pele toda a terra treme
alguém fala com Deus alguém flutua
há um corpo a navegar e um anjo ao leme.
Das tuas coxas pode ver-se a Lua
contigo o mar ondula e o vento geme
e há um espírito a nascer de seres tão nua...
Podem traçar meu corpo à chicotada.
Podem calar meu grito enrouquecido.
Para viver de alma ajoelhada.
Vale bem mais morrer de rosto erguido.
Seus olhos
Seus lindos olhos azuis
Me deixam sem palavras
Fazem-me perceber
Que o mundo é diferente
Eu nunca me canso
De olhar para seus olhos
Seus olhos levam-me a um lugar
Onde o real é imaginação e a imaginação, é real...
Seus olhos me fazem
Viajar num mar sem fim
Parece que eu entro neles
E depois naum tenho mais vontade de sai
Naum há outros olhos
No mundo todo igual aos seus
Eles me fazem sorrir,
Fazem-me chorar...
Me fazem imaginar
Como seria se eu os tivesse só pra mim
Esses olhos representam
Nada mais, nada menos.
A nossa amizade
E eles significam muito pra mim
Porque se eu naum os tivesse
Quem seria eu?
Dos meus antepassados gauleses tenho os olhos azuis pálidos, uma firmeza limitada e a falta de habilidade na luta.