Coleção pessoal de AntonioPrates

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É Natal nos nossos lares,
neste mundo de avareza,
onde uns comem manjares
e a outros falta pão na mesa.

Estamos numa época em que tudo parece evoluir a uma velocidade vertiginosa, menos os sentimentos humanos.

Não plantamos árvores porque gostamos de plantas, mas sim porque as árvores nos dão frutos e porque estamos preocupados com a nossa sobrevivência.

Ando no campo e procuro
um clima sem sujidade,
e o campo dá-me o ar puro
que não tenho na cidade.

Que eu nunca seja considerado um homem bom por ser submisso e flexível.

Quando não queremos educar as crianças para serem adultos educamos os adultos a serem crianças.

No meio de tanta crueldade, de tanta hipocrisia e de tanta injustiça, muitas celebrações de Natal são uma grande farsa.

A resposta deve estar sempre em harmonia com a intenção da pergunta.

O tribunal da Praça Pública é sempre o mais severo.

Quando estou bem sinto-me estupidamente feliz.

Multiplica-se a malícia à medida que aumentam os segredos.

Este povo é um sorriso,
simulado de antemão,
transmitido às descendências...
Até que ganhe o juízo
que perdeu na ilusão
de viver prás aparências.

A ressaca é o preço que pagamos por um divertimento que muitas vezes nos sai da memória.

Que estranhos me parecem essas seres humanos que são mais felizes com a infelicidade dos outros do que com a sua própria felicidade.

A minha liberdade de expressão é limitada desde que o meu pai dizia palavras que eu não podia dizer.

A censura moderna não nos prende nem nos manda calar. Atormenta-nos a vida e diz-nos que temos a boca bonita quando está fechada.

Por nada quererem fazer,
não mexem nem uma palha,
os que tudo querem saber
da vida de quem trabalha.

Esta minha liberdade
que se entretém a escrever,
não representa metade
do que não posso dizer.

É mais do mesmo... As vazas combinadas nos triunfos, num jogo de três cartas e dez trunfos, e o ás que se não mostra para todos... É mais do mesmo... Os reis, as grandes senas, os infantes, as damas mais ariscas do que antes, os duques que se baldam com bons modos... É mais do mesmo... São ternos, fartas quadras, nobres quinas, manilhas à mercê das suas sinas, sujeitas às andanças de quem parte... É mais do mesmo... Baralha, parte à frente, bate ao escuro, um gesto sem passado, nem futuro, e a manga faz justiça à sua arte... É mais do mesmo... A sorte a submissão, o deus-dinheiro, um vício adulterado por inteiro, as manhas que se vendem a retalho... É mais do mesmo... Um jogo, a ilusão, cartas marcadas, com almas quase sempre depenadas, sempre que são excluídas do baralho.

É triste passar a vida com as ideias postiças e a caveira maquilhada.