Coleção pessoal de Aheitor
Observo o céu da minha cidade e começo a perceber todas as conexões que o universo faz, como se as galáxias de alguma forma estivessem conectadas. Sinto que minha consciência vai e volta, acho que estou fora de sincronia, como se estivesse em outro mundo, outra realidade. Estou sozinho, e me sinto bem, mas de repente, surge a minha volta uma sensação estranha, de decepção, de tristeza eu tento não sucumbir a ela, mas não consigo, é mais forte que eu, parece inevitável e dolorido, como apagar uma brasa com a mão. É o mesmo sentimento que tenho ao tentar não me apegar as pessoas, porque elas sempre vão embora e eu fico sozinho. Estou em um ônibus, com uma amiga ao meu lado, eu quase beijo ela, mas algo, alguma coisa, impede isso, não sei exatamente o que, eu saio de lá, entro em outro ônibus e vou embora, ao que parece dessa vez sou eu quem vai embora. Domingo nasce, e com ele vem a sensação de perda. Esse sonho foi um dos mais simples.
Fui eu que carreguei o fardo desse coração, sempre cortado, posto de lado e negado, principalmente por aqueles que mais amava. Eu sempre carreguei esse fardo sozinho, por isso eu te digo, é hora de sair daqui, pra sempre.
Espero vocês do outro lado.
Quando começamos a conversar, você mexeu comigo de uma maneira que até o céu parecia diferente. Como se depois de tanto caos na minha vida eu tivesse encontrado um pouco de harmonia.
Sentado a beira daquele lago, procurando algo importante para dizer, mas como, Leonardo da Vinci disse uma vez, "as mais lindas palavras de amor são ditas no silêncio de um olhar".
O amor escolhe lados, e quase sempre, tenho certeza que ele está contra mim. Eu já esqueci de como é bom ser abraçado, e ouvir coisas tão belas que faz meu coração arrepiar.