Coleção pessoal de angelica_ratti
Fico me perguntando onde perdemos o controle.
Onde a certeza acaba sendo dúvida;
As verdades se tornam mentiras;
O amigo vira inimigo;
O egoísmo se torna primordial;
O respeito já não existe;
A confiança se torna um abismo;
A parceria já não é tão importante;
Os segredos vem à tona;
E o reflexo do espelho já não é mais o mesmo.
Quem somos?
Em que nos tornamos?
Humanos com máscaras ou maquiagem?
AMOR ou PAIXÃO
Amor, decifrar este sentimento que é tão simples. Quando vem não tem barulho, pede licença, se apresenta, você deixa entrar pois ele é a calmaria de todos os turbilhões de sentimentos que existe dentro de nós.
Por ele abrimos mão do nosso egoísmo, de nossas razões, e de planos solitários.
Amor quando chega, não nos deixa insegura, pois aqui não existe mentiras, trapaças e teatros.
Pois com ele, a lealdade, a cumplicidade e o companheirismo andam de mãos dadas.
Amor quando chega, os planos já não são mais os mesmo, as promessas já são outras, e não existe palavras pois aqui o amor já diz tudo.
Amor quando chega, a vida tem outro sentido!
Já a paixão, este sentimento tão complexo. Que quando bate nos atormenta, não sabe pedir licença, não se apresenta entra invadindo nosso coração e nos deixando dentro de um furacão.
A paixão, nos tira o chão, a paz, as noites de sono.
Nos torna egoísta até mesmo de nossas razões.
Já não somos mais os mesmo, pois não pensamos, apenas queremos.
A paixão revela sentimentos mais confusos, sem dar pista para onde irmos, nos deixando sem rumo, sem plumo.
A paixão nos deixa dúvidas, incertezas, inseguranças e muitas vezes irracionais.
Sentimento dos oito ou oitenta, pois aqui sempre estamos em uma gangora do sobe e desce sem saber nossa posição ao certo.
A paixão ela é assim, queremos tudo mas as vezes não queremos nada.
As vezes gritamos, as vezes falamos, e muitas vezes choramos.
Sentimento confuso esse que chamamos de paixão, para uns é loucura, para outros é a razão.
Essa é a razão de toda a paixão!
É o amor existir.
INFÂNCIA PERDIDA
Ah! Saudade da infância perdida,
onde as lágrimas eram de birras e os castigos eram martírios.
Saudade da infância perdida, onde as cantigas de rua eram roda-roda e os gritos de alegrias.
Saudade da infância perdida, onde os tombos eram curados com um beijo e o medo acalentado por um abraço.
Saudade da infância perdida, onde tudo virava bagunça e o esconderijo era d'baixo da mesa.
Saudade da infância perdida, onde as perguntas tinham respostas e o olhar era tão sincero.
Saudade da infância perdida, onde a inocência era guardada e a mentira era coelhinho da Páscoa.
Saudade da infância perdida, onde as nuvens se desenhavam e o andar era adiante.
Saudade da infância perdida?
Apenas saudade!
Da infância perdida.
NUNCA!!!
Nunca diga "te amo", se for da boca para fora.
Nunca fale sobre sentimentos, se estes não existirem.
Nunca toque numa vida, se não pretende ficar nela.
Nunca olhe nos olhos de alguém, se não quiser vê-los se derramando em lágrimas por causa de ti.
Nunca prometa, o que não podes cumprir.
Nunca confirme falsas verdades.
Nunca, nunca, nunca.
A coisa mais cruel que alguém pode fazer é permitir que alguém se apaixone por você, quando você não pretende se apaixonar por ela.
AMOR DE PELE
Como explicar esse sentimento, quando não se tem nada em comum ou quase nada, há não ser esse, quando os dois corpos se encontram. Onde não tem palavras, apenas o toque, o olhar que diz tudo em momentos de prazer, fazendo-nos pensar por horas e dias e querendo cada vez mais, me viciando neste imenso prazer de amar.
"Ele não gosta das mesma músicas, das mesma poesias, ela não gosta de pescaria e nem das corridas de carro", mas quando nos encontramos não precisamos gostar de nada disso, porque as pernas tremulam, as mãos soam, a respiração já não fica no mesmo compasso e o desejo aumenta cada vez mais e a espera da oportunidade dos desejos entrelaçarem fica na contagem regressiva.
Não precisamos de uma hora, nem de dias, apenas aquele momento único para dizer tudo um ao outro. Esse amor de pele que tira o chão, perdendo a noção de tempo e raciocínio, neste momento não precisamos de palavras pois o corpo fala o que a boca não consegue dizer.
Quero mais, quero mais, quero mais!