Coleção pessoal de andrezavenus

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⁠Ainda lembro de você
Às vezes com querer,
Às vezes sem conceber
Por que findamos no espaço-tempo.

Será que expiramos pela
fatalidade do acaso
Ou estamos vivas numa outra realidade?

Da tua boca saem mistérios
Do outro lado suspiro
Enquanto te almejo.

Em câmera lenta recordo do nosso beijo
e percebo que aviou.
Pois, me sobejaram apenas memórias.
A verdade é crua, baby!
— O amor às vezes,
tanto bate até que fura
E acaba.

⁠É impreterível experimentar para entender, compreender com o corpo, vivenciar para dizer qualquer coisa, antes de mais nada. Tornar-se quem se é, implica coligir traquejos, jazer numa verdadeira tarimba — É constituir-se de um exército de soldados, narrativas afundas, no intento de transgredir. Travar guerra contra si, dentre os anseios e devaneios, tal e qual, deixar de ser e passar a ser outra coisa ao mesmo tempo, é terrivelmente prazeroso. Mas também é uma tragédia. Um processo que ordena atenção, prudência e esquecimento. Dado que, logo após hastear castelos, conventos e catedrais, nos sobram tão somente ruínas, despojos de vitrais, um vazio existencial, vácuo puro. Por que não inventar um novo jeito de empreender a vida? Que seja então infinitamente mais bonita, desprendida de matéria, outrossim, repleta de éter.

⁠⁠Teimo intentar
Temo não lograr
Tento deslembrar
Tantos desejos quiméricos
Teclo o fascínio
Telefonei e você atendeu
Telúrico querer
Ter ou não ter?

Trafeguei em alto mar
Toquei seu corpo
Tatuei vosmecê
Tardei em dizer
— Tabuleiro do amor
Todo o teu gosto
Tende a ser
Tempestivamente meu .

Tenciono sobre os lábios
Turvos motivos
Tensões apaixonadas
Tentando convencer
— Telemetria à flor da pele
Ter ou não ter?
Tua boca na minha
Telenovela das seis .

Teatro feito de iguarias
Taças de feitiços
Travadas em você
Taquicardia jovem
Tendência a fazer
Templos de segredos
Tempos de mistérios
Ter ou ter você?

⁠Dos gostos da vida
os mais repentinos
são os que suscitam
a predisposição a amar.

Apreciar a brevidade,
sem deixar de fitar o evo
é inferir que o ego cego
nada pode contra a physis.

E quando o medo circunda,
atravancando a vastidão
(e o apelo é para o não)
transpasso meu coração
ao desejo mais límpido,
que deveras traduz
a arte do meu íntimo.

Pressupondo que é vário
enxergo sem embargos
que a vida é imprevisível.

É preciso sofrer depois de ter sofrido, e amar, e mais amar, depois de ter amado.