Coleção pessoal de andressamoreira18
Ainda perguntam-me porque amo dormir. Dizem que tenho muita preguiça e pouco me socializo. Mais sabe, tudo isso diminui qualquer outra dor ou qualquer outro nó na garganta impedindo de você ser mais um louco feliz. O mundo é cruel, a vida te dá muitos tapas na cara. O mundo parece ruim, mas acredite, não é. O mundo parece o inferno, mas inferno mesmo são as pessoas e essas... essas machucam.
Eu mudo com a velocidade do vento. Tenho dentro de mim, um pouco de verão, um pouco de outono e primavera e muito de inverno.
Olha que engraçado, estou tocando meu violão pra você. E teus olhos bobos admira aquele breve momento, aquela velha casa. Eu estava voando para longe, tentando alcançar seu coração fingindo uma voz doce naquela canção a meia noite, diante da lua cheia, aquela lua que você me ensinou como fazer para que ela parecesse ser menor que todas as coisa do mundo quando quis indagar as minhas dúvidas do porque a lua, nascia tão grande e quando estava no céu era tão pequena. Todas as cartas que escrevi para você, esperando um retorno de alguma palavra relacionada à duas semanas em que passamos juntos, retornaram no vazio da madrugada silenciosa trazendo o medo de nunca mais poder está tão perto de você. Me perdoe pela última vez em que escrevi me despedindo de vez, jurando nunca mais voltar, porque essa foi a minha decisão, o meu jeito de te esquecer e acabar com as esperanças que me restava para que suas cartas pudessem chegar até mim. O que não escrevi foi que em algum momento eu estarei só novamente, talvez um dia você entenda, quem sabe até retorne. Vou ficar por aqui tentando esconder a lua, como você me ensinou. Histórias, nossas histórias... Aquela carta que eu esperei chegar durante meses e meses, passando verões, tardes frias e folhas secas, aquela carta não vinha e não era dificil dizer em palavras que esse amor era raro e que o vento não poderia levar. Eu esperava um "me espera, eu já estou indo, ficará tudo bem, vai dar tudo certo". Já você, pode ficar tranquilo, porque não tem espera, mas mesmo assim eu digo: não vá embora, porque se for, levará uma parte de mim, que é você. E eu quero que ela fique.
De que te admiras tanto olhando para o céu?
O calor bancando o teimoso insistente, quer ficar por mais um mês passageiro, por mais um que me cansa e me tira do sério, com esse tempo tudo em mim ferve. Adeus tranqüilidade! Ah, e a pergunta? Que se dane.. e que se dane se falo numa linguagem incapaz de compreender, isso me causa tédio. Eu nem preciso negar, porque aquela pergunta era repetida várias vezes durante o dia, mas no fundo, era uma busca por respostas para todas as minhas dúvidas. Todas que me perturbam até hoje. E Provavelmente, eu as encontre, provavelmente sim. E se constantemente isso se repete é porque de alguma maneira entre aquelas nuvens embaçadas, que se confundem por entre cores brilhantes e ao mesmo tempo ofuscada, posso de uma forma ou outra, encontrar o que estava perdido em mim: o amor!
Ah, o amor. Então, me deixe ir...
O mundo entrava em explosão, o coração ia junto.
por favor, ela pedia, não me mande ir embora agora, não consigo, não consigo. E mesmo sabendo que aquele cara era uma droga, porque de fato ela se sentia dependente daquilo! A garotinha não era capaz de amar-lo da mesma forma que era amada, porém, naquela reciprocidade havia uma força que a prendia, que não a deixava partir, e mesmo quando conseguia levava na alma a dor da despedida, um pouco de saudade, um tanto de lágrimas e nenhuma decisão a ser tomada, nada programado e nenhuma idéia do que se poderia fazer.
A menina mimada cheia de atitudes delicadas e ações quase sempre inexplicáveis, de sorrisos recatados, às vezes tímidos, às vezes divertidos e com olhares misteriosos que carregava sempre um segredo que nem mesmo ela sabia. De fato, ela não queria se preocupar e nem devia e nem iria. Terminantemente, as suas preocupações eram sempre à toas e quase sempre acompanhados de aborrecimentos. E saber que as suas mãos não se confundiam com as dele a deixava chateada, sem palavras para o mundo porque olhar aquilo era o mesmo que saber que o sol nasce e morre todos os dias no mesmo lugar, com algumas diferenças, é claro. Não se pode sentir o cheiro, nem lábios e as nem mãos frias com um "Quê" de nervosismo. Mais eles sabem que se amam, eles sabem... apesar de que ela tenta esconder! Então, rapidamente, como um verso improvisado, sem pretender ou sem nenhuma intenção, ela respirou fundo e pensou como é bom amar, como é bom.. Eu senti um alivio, obviamente, ela também! E Mesmo que as partidas doessem, e que todos os dias ela tivesse que imaginar alguma coisa que pudesse ser real, algo novo para agradar ou para disfarçar a rotina daquelas 24 horas tão cansativas, a moça sabia como era bom amar.
Antes nem chegava a ser amor, era medo, lado a lado, companheiros. Antes poderia ser uma pouco de curiosidade, talvez um certo carinho. Um coração ansioso espera qualquer palavra: é amor! Ela pedia: não me mande embora agora amor, agora que descobrir...
Tudo tomava outro rumo, porém existia uma despedida, uma saudade, existia também uma enorme vontade de que tudo fosse como pó e passasse junto ao vento, junto ao despertar, ao por do sol e ao nascer da lua.
Existiu nós dois, existiu. Era amor!
Prefiro ver a tarde se despedir na beira de um rio onde a água é tão calma e os passaros tão soltos, tão livres, onde eu vejo o sol se deitar e começo a imaginar como deve ser lindo ver ele beijar o mar.
Já não havia mais palavras, nenhum momento, nem tempo. Havia nós dois, somente nós dois no calor do instante que acabara logo. Tenho medo de ter perdido tempo, de ter parado no intervalo, tenho medo de que meus humildes braços sejam pequenos demais a ponto de não poder te entreter, te acorrentar em meu corpo frágil, pouco estável. Ora, terríveis instantes aqueles... Terríveis instantes, sim, extraordinário, fora do comum.