Coleção pessoal de AndreiaEspindola
Se Schopenhauer pudesse falar
Sobre poesia, ritmo e rima
Não haveria grandeza escalar
Que definisse a poesia mínima
Os mais altos graus de vontade
Pela poesia são alcançados
E não a simplicidade
Onde muitos são controlados
Pela rima, pelo ritmo
A história e a experiência
Estão para a poesia
Tal que nos dão consciência
Da essência do dia-a-dia
Não há natureza humana
Que pela história seja representada
Onde a essência emana
Como na biografia tão bem explicada
Se houvesse a ideia e dela a poesia
Eu, até a esmo
Nada mais mostraria
Que a essência do si-mesmo.
Estou sentada à mesa cercada de todos os meu amigos.
- Me passe o sal (eu digo)
Não há movimentação alguma na sala.
Por fim me levanto e o busco.
Fadigada, com a boca seca, salgada.
Morri de sede.
Eu desisti
Desisti de te amar e de te fazer me querer
Desisti de tudo e até de casar com você
Desisti da esperança viva no meu coração
Desisti de tudo que eu tinha na mão
Mas desistir de te amar não quer dizer que não te amo
Desistir de você não quer dizer que não te quero
Desistir não é apagar nem esquecer
Desistir é cansar de lutar por não aguentar mais sofrer.
A Verdade do Coração
Se a verdade tu procuras
Felicidade não acharás
A felicidade se esconde
Onde a verdade não pode entrar
Nos sorriso que te dou
Com mentiras e esperanças
Seu coração se afogou
E chora como uma criança
Já tão cheia de ansiedade
Caí em contradição
Verdade ou felicidade
O que escolhe o seu coração?
O Tempo
Era do tempo
Que na paixão o fogo ardia
Queimava incendiando
O coração por quem batia
No tempo me perdi
A busca de prazer
Mas aquilo que senti
Só tu podes trazer
Na terra tão distante
Onde tu fostes morar
Uma dor angustiante
Onde pus-me a vagar
Naquela rua vazia
Escuridão ali tão densa
Onde tu'alma jazia
Lá morreu a minha crença.
Eu vivo nas nuvens, mas sempre a um passo do chão, não sou atingida pela realidade e quem dirá a insanidade.