Coleção pessoal de andre_filipe_2
"Oh rio, oh ventos de Abril,
onde os teus cravos brotam pela cidade,
sois a voz de gente mil,
que gritam e declamam pela liberdade.
Mar de gente que festeja de bela flor ao peito,
são as vozes vivas da Revolução,
que celebram de vivo afeito,
a história do dia da libertação.
Oh militares de Abril de cravo armado,
a vos dedico esta declamação,
foram a voz de um povo amordaçado,
foram a voz da razão.
Oh tu Lisboa, foste o palco desta história bem amada,
pois nas ruas da bela Ulisseia cidade,
enfim se passeia a paz iluminada,
pois na tua mais bela avenida por fim inspira-se a Liberdade."
26/IV/2015
“Veras Prima”
Calenda ancestral,
De dia igual nos aparece,
Dia de antigo ritual,
E, no entanto, para nós sem igual!
De nova tormenta esta data se passa,
De um dia em casa sem te poder abraçar,
Olho para ti na bela Praça,
Aquela que em minha janela te consigo alcançar!
Década nova e novo ano tu já o sentes,
Desta nova humanidade,
Do ímpeto confinado de boas gentes,
Num abraço coletivo das idades!
E tu, oh Primavera, tu que és a mais velha de teus irmãos,
Do teu ancestral reino nos trazes sempre a alegria,
Na conquista do Titã Cronos,
Peço-te assim um belo novo Dia!
Neste diário de infame cativo,
Espero que a minha voz te consiga alcançar!
Voz essa de velho amigo,
E que pede, por fim, um despertar!
Na esperança das velhas conquistas Lusas,
Das Tormentas à Boa Esperança!
Somos a voz das gentes tuas,
Que apela à tua Confiança!
Barreiro, 20 de março de 2020