Coleção pessoal de anderson_menezes

Encontrados 7 pensamentos na coleção de anderson_menezes

"CURTA" A REFLEXÃO DE
UMA LONGA VIDA

Aproveitar da melhor forma o tempo;
é fazer valer o sentido da vida, fazendo seu tempo de vida valer a pena, antes que o tempo da vida acabe. A vida é curta, porém um longa metragem de várias possibilidades de felicidade, onde você é o Autor e protagonista. Seja fiel as suas convicções e a sua verdade. A vida é longa para aqueles que amam sua própria vida, e assim sendo, valorizam o longa da vida alheia valorizando a metragem da sua própria vida.

Me abrigo do infinito
Sem ele sou todo grito
Com ele sou todo grato.

O tempo não tem fim
Em mim só há espaço.

Risco é lâmina de ferro
que desafia
outra lâmina de aço.
Quem não desafia
jamais será desafiado
perderá o tempo
do infinito das coisas.

AMÉRICA SELVAGEM

Não ofereço aos cães flores.
Eu como na mesa com os professores
da dor, dos desbravadores do sol
desvendadores da noite,
dos sem coberturas e dos sem cobertores.

Não faço ofoferenda a Deuses fúteis,
são barcos perdidos em uma nau frágil.
Não creio no crivo dos criadores de ruídos, sem se quer ouvir os silêncios,
eu sei da lâmina afiada e cega que norteia
A minha América selvagem.

FLORES RARAS

Toda mulher é uma
Rosa disfarçada.

Uma Rosa em desafio
quando é desafiada,
desafia a qualquer bravio
pelo brio da navalha.
Seu navio se torna vil
em toda e qualquer batalha.

Toda Rosa é uma
Mulher disfarçada.

Uma Rosa é delicada,
mas quando maltratada,
sua alma é rebelada
em seu espinho que retalha

Quando arremessado se torna vital,
em torno de qualquer coração de metal
de todo e qualquer canalha.
E todo e qualquer mortal,
tem sua alma metralhada,
tem de espinho sua mortalha.

Um soco secular
sacode a tua.
Atua na minha cabeça.
Cabeça que não quer
outra cabeça pra pensar.

A fome é secular,
a sede aqui não cala,
não para de falar.
A sede seca aqui, mas
não seca lá.

A fome aqui não para,
não para de falar.
A fome é de secar,
cercada em ser cada,
Poço que nunca seca,
passo que quer chegar

sacode o corpo, temos
o ritmo, tons, tambores
o som do povo, soco popular.

Um soco secular
não cala na minha cabeça,
Circula nela feita pra pensar.
Um soco, um saque,
um cerco, um ciclo,
um circo de socorro cego
um soco secular.

Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades,
Muda-se o ser, muda-se a confiança;
Todo o mundo é composto de mudança,
Tomando sempre novas qualidades.

Continuamente vemos novidades,
Diferentes em tudo da esperança;
Do mal ficam as mágoas na lembrança,
E do bem, se algum houve, as saudades.

O tempo cobre o chão de verde manto,
Que já coberto foi de neve fria,
E em mim converte em choro o doce canto.

E, afora este mudar-se cada dia,
Outra mudança faz de mor espanto:
Que não se muda já como soía.

Lobos? São muitos.
Mas tu podes ainda
A palavra na língua
Aquietá-los.

Mortos? O mundo.
Mas podes acordá-lo
Sortilégio de vida
Na palavra escrita.

Lúcidos? São poucos.
Mas se farão milhares
Se à lucidez dos poucos
Te juntares.

Raros? Teus preclaros amigos.
E tu mesmo, raro.
Se nas coisas que digo
Acreditares.