Coleção pessoal de AnahVizoto
Era tudo tão perfeito
um tanto quanto surreal
bruxas e belas princesas
unicórnios no quintal
onde andavam de mão dadas
chapeuzinho e lobo mau
e então a gente acorda
tudo volta ao seu normal
bruxas queimam na fogueira
princesas só no carnaval.
Vida De Princesa!
A
vida me
negou uma
coroa de princesa...
Para tanto!
Também,
não preciso
beijar sapos.
Nem me fazer
de boazinha.
Muito menos,
comer maçã
envenenada.
Nem jogar
tranças da janela.
Não vou nunca
ser Cinderela,
Vestir roupas longas
com espartilhos..
Que alívio,
que suspiro!
Se não pertenço
a realeza...
Posso afirmar
com certeza:
_As uvas estão verdes.
Sem a inveja da raposinha!
Risos!
Lá vem os desavisados dizendo que vai me conquistar. Fico rindo com os que não leem aquela placa estirada na minha testa: aqui não tem amor pra dar, afaste. Mas não, o moço cismou que sou fácil e que no primeiro sorriso eu caio. Olha só moço chegou tarde demais, nem choro, nem riso me conquista mais. Até prefiro assim, ninguém entra na minha mais alta torre. E não me interesso por quem escala, já vi a cena antes, príncipe vá atrás da princesa e desiste depois. Tô te poupando moço de sua partida futura. Que legal, bom pra nós dois, abro teus olhos e vê se poupa de me encher de esperança, aliás já sou preenchida até a boca de esperança e vomito esperança, agora tô precisando de realidade moço. Olha que hilário. O moço quer me fazer feliz. E acabar com a maravilhosa sensação de ser miserável. E tirar de mim a única coisa que sei fazer direito nessa vida que é sofrer. Anos de aprimoramento e ele quer mudar todo o esquema. O moço quer me fazer feliz. Veja se pode. Pô moço, estraga não, são tempos de aprimoramento, estraga não. Tá tão bom assim, todos os dias me olhos no espelho me acho tão linda, dou bom dia até pro padeiro, meus olhos brilham e sabe porque? a sensação de não ter ninguém que vai partir depois te deixa livre. Então me deixa, me deixa com meus traumas, medos e sozinha. Não faz tudo certo, que todo certo é meu errado. Toda linha torta é minha, não tente ser minha linha certa. Essa história certa já vi e revivi finais, me deixa quieta pra histórias erradas, que assim dá certo
O sapo encantado
Era uma vez um príncipe, que vivia num reino onde tudo era belo. Lá havia as mais belas flores, as mais belas árvores e os mais saborosos frutos. Havia também belíssimos cavalos com suas carruagens banhadas de ouro e prata. Seu castelo era o maior de todos do planeta Terra, circundado de água com vários tipos de pedras e algas coloridas.
O príncipe vivia cercado dos mais ilustres senhores da corte, outros viam de longe para saudar o digníssimo jovem herdeiro de todo o reino milenar. E que por isso, todas as noites eram noites de festas com as mais maviosas orquestras de toda a redondeza.
Outras tantas ávidas moças as cortejavam e de relance sorriam entre elas. Todas desejavam domar o coração do majestoso moço dono de tantas riquezas.
Mas algo havia de errado no olhar daquele príncipe. Quase não sorria, e por mais que o bobo da corte pulasse, gritasse, caísse, tropeçasse e fizesse folia... o príncipe não sorria.
Certa tarde, cansado de tudo, foi passear a sós na floresta e se atirou à sombra de uma árvore à beira do rio e se pôs a chorar. Ele não entedia porque não sentia tanta satisfação em ter tudo o que tinha e porque o valor de um homem consistia exclusivamente na quantidade de bens que possuía.
Ninguém nunca procurou saber se o coração dele tinha tantas riquezas quanto o que tinha envolta daquele rapaz tão belo e poderoso.
E de tanto chorar ouviu uma voz levemente feminina:
- Porque choras pequeno jovem?
Sem entender o príncipe tratou de enxugar suas lágrimas e refazer sua postura digna de um imperador e disse procurando:
- Quem me dirige tais palavras?
- Sou eu – disse uma sapa na beira do rio.
Impressionado, o rapaz tratou de responder:
- Não choro, pois sou príncipe respeitado por todos e poderoso... apenas havia caído um pequeno cisco em meu olho.
E a sapa sorrindo retrucou:
- Ah! Quer dizer que você é um príncipe respeitado, poderoso e MENTIROSO? Há, há, há...
O príncipe então ficou alarmado com a situação, pois nunca, nunca mesmo ninguém havia debochado dele. Mas, no entanto, pela primeira vez na vida tinha achado graça de alguma coisa e pôs-se a sorrir incontrolavelmente junto com aquela anfíbia ...
Sua gargalhada chamou a atenção de vários outros bichos que passavam por ali, pássaros, macacos, tamanduás, raposas, onças, peixes.... Todos ficaram admirados com tanta alegria.
E assim, o príncipe passou o resto daquela tarde com a bicharada. O macaco fazia graça e de novo o príncipe sorria. E os pássaros voavam ao redor do jovem fazendo mais cócegas ainda... A onça então, o empurrou no rio e o peixe lhe mostrou a beleza das águas.
Satisfeito por aquele momento, olhou para sapa e disse:
- Muito obrigado, se não a tivesse encontrado talvez estaria chorando até agora e não haveria de ter o dia mais especial da minha vida. Como posso agradecê-la?
A sapa logo respondeu:
- Não precisa agradecer meu bom moço. Só gostaria de lhe dar um beijo.
Atendendo prontamente ao pedido, o príncipe apanhou a sapa com as mãos oferecendo-lhe a face para o beijo e zap!!! O príncipe acabara de virar um sapo encantado.
Daí então o príncipe, ou melhor, o sapo passou a viver ali na floresta com toda a sua turma de bichos e apaixonou-se com a sapa com a qual viveu feliz para sempre.
FIM
Literatura da Vida Real
Então a mocinha inocente conheceu seu príncipe encantado, que cheio de palavras bonitas, a seduziu. O tempo foi passando e a mocinha se apaixonando cada vez mais. O príncipe começa pisar na bola, e sem saída a mocinha não vê outro caminho a não ser terminar o que está terminando com ela.
Eles terminam, e dias depois o príncipe encantado aparece com outra princesa. A mocinha se despedaça, sente-se traída, uma completa tolinha. Esquece-se que existe algo chamado felicidade. O tempo passa, ela levanta-se, e enxerga um novo horizonte, então o mesmo príncipe encantado, (já não mais tão encantado) ressurgi e com as mesmas belas palavras seduz novamente a menina, e a história se repete.
E assim, essa boba, e esse sapo vão vivendo!
Não se engane, nenhuma história de amor tem final feliz. Ninguém vive para sempre. Aproveite intensamente o intervalo entre "era uma vez" e "fim".
Sempre fui o tipo de menina sonhadora. Aquela que assistia mil vezes cada um dos contos de fadas, usava os velhos vestidos da mãe para se vestir de princesa e criava um mundo de "faz de conta" na cabeça. Uma criança que vivia no mundo da lua, no mundo dos sonhos, da imaginação... Cresci, e continuei igual. Eu queria tanto, mais tanto, um casamento lindo e perfeito com tudo que tinha direito, inclusive, é claro, um príncipe para chamar de meu. Eu idealizei esse dia. Idealizei o casamento, a vida toda. E idealizava o príncipe também, perfeito, como nos contos de fadas. Pois nos contos o príncipe só vem para trazer a felicidade eterna. Hoje, faz UM ANO que estou casada. Bodas de papel. O dia oito de Junho foi inesquecível, um momento mágico para sempre. A realização de um sonho, a concretização de um momento ansiosamente esperado por quase todos os dias da minha vida. Lembro desse dia com emoção e com gratidão, por Deus ter me permitido vivê-lo. Pois bem, mais disso tudo, acho que todos já sabem. A pergunta que escuto quase todos os dias desde que casei é: "E ai? Como está a vida de casada?" É claro que nessas horas, eu resumo com um simples "vai bem". Mais a verdade é que em um ano, já tenho muito a dizer. A primeira é: Não, não é um conto de fadas. E também não, meu marido não é nenhum príncipe e nem consegui o meu "Felizes para sempre". Muitos dizem que o primeiro ano de casamento é uma constante lua de mel. Mais na realidade eu acredito que seja um dos mais difíceis. É difícil aprender a conviver com os defeitos e diferenças a cada dia, é difícil entrar em acordo com tudo que o outro decide, fala, pensa... E é difícil se acostumar com os problemas, responsabilidades e dificuldades que essa nova realidade traz. Mais é exatamente por não ser fácil, que é tão importante. Foi neste primeiro ano que vimos que precisamos um do outro para caminhar e para sermos felizes, que precisamos saber ouvir, nos calar muitas vezes, baixar a guarda, entender e aceitar as diferenças, respeitar as fraquezas, abrir mão de algumas coisas, aprender a gostar de outras... É como um barco, os dois tem que remar, sempre. Só assim o barco vai em frente. Em um ano, aprendemos o verdadeiro significado de amor. Amor não é gostar de alguém perfeito para nós. Não é ter alguém que te agrade sempre. Amar é quando conhecemos os piores defeitos de alguém, e mesmo assim queremos estar juntos. Amor é cuidado, é respeito, é construção. Uma construção que precisa de uma base forte e bem feita, bem trabalhada. Relaciono essa base a esse primeiro ano. Eu poderia escrever aqui um texto perfeito relatando só coisas boas e maravilhosas. Mais preferi descrever a verdade. A verdade é que tivemos momentos lindos e felizes, de alegrias, sorrisos e diversão. Passeamos, viajamos, fomos ao cinema, dormimos agarradinhos, comemos muito brigadeiro e pipoca na cama assistindo tv, brincamos, conversamos, desabafamos... Mas também choramos, discutimos, gritamos, discordamos.... Enfim, uma vida real, de um casal real, com protagonistas reais.
Não se iludam, modelos!
Concursos, desfiles... são as pobres desculpas dos homens, para explorarem e denegrirem a mulher!
Os sonhos são uma tênue linha entre o mundo real e o submundo. A morte é o desaparecimento dessa linha!
Está vendo aquele lago? Suas águas estão calmas e serenas. Eu era assim!
Mas se atirarmos uma pedra, ficará agitado. Como eu fiquei!
Com o tempo, se acalmará novamente, mas a pedra continuará lá. Fará parte dele e o modificará para sempre!
Nunca dê tempo demais ao amor que está diatante, pois com o tempo e a distância ele envelhece mais rápido e pode morrer.
— Não achei que fosse ficar brava — disparou Jem, e foi como gelo de uma cachoeira congelada quebrando, liberando uma torrente. — Estávamos noivos, Tessa. Um pedido, uma oferta de casamento, é uma promessa. Uma promessa de amor e cuidado, para sempre. Não pretendia quebrar a minha. Mas era isso ou morrer. Quis esperar, casar com você, viver com você durante anos, mas não foi possível. Eu estava morrendo depressa demais. Teria desistido de tudo para ser casado com você por um único dia. Um dia que jamais viria. Você é um lembrete... um lembrete de tudo que estou perdendo. Da vida que não terei.
— Cecy — disse ele, diminuindo a distância entre os dois, apesar de não ser muita, e, em seguida, beijando-a: as mãos desajeitadas sobre seus ombros inicialmente, deslizava pelo tafetá engomado do vestido antes de os dedos irem para trás de sua cabeça, acariciando seus cabelos suaves e quentes. Ela se retesou com a surpresa antes de amolecer contra ele, os lábios se abrindo enquanto ele sentia o gosto doce da boca de Cecily. — Cecy? — repetiu ele, com voz rouca.
— Cinco — disse ela.
Seus lábios e bochechas estavam ruborizados, mas o olhar muito firme.
— Cinco? — repetiu ele, confuso.
— Minha avaliação — ela explicou, e sorriu para ele — Sua técnica e habilidade talvez precisem de trabalho, mas o talento nato certamente existe. O que você precisa é de prática.
— Está disposta a ser minha tutora?
— Eu ficaria muito ofendida se você escolhesse outra — respondeu, e se inclinou para beijá-lo novamente.
Will soltou uma risada curta e incrédula.
— É verdade — concordou. — Não sou nenhum herói.
— Não — disse Tessa. — É uma pessoa, assim como eu.
Os olhos de Will examinaram o rosto da menina, mistificados; ela apertou um pouco mais a mão dele, entrelaçando os dedos nos dele.
— Não vê, Will? Você é uma pessoa como eu. Você é como eu. Fala as coisas que eu penso, mas que nunca digo em voz alta. Lê os livros que leio. Gosta das poesias que gosto. Me faz rir com suas músicas ridículas e com a maneira como enxerga a verdade de tudo. Tenho a sensação de que pode olhar dentro de mim e ver todos os lugares onde sou estranha ou diferente e adaptar seu coração, pois você é estranho e diferente da mesma forma — com a mão que não segurava a dele, ela o tocou na bochecha, levemente — somos iguais.
Os olhos de Will tremeram e fecharam; ela sentiu os cílios nas pontas dos dedos. Quando ele falou novamente, a voz estava áspera, porém controlada.
— Não diga essas coisas, Tessa. Não diga.
— Por que não?
— Diz que sou um bom homem — falou ele. — Mas não sou um homem tão bom. E estou... estou catastroficamente apaixonado por você.
— Will...
— Eu a amo tanto, tanto, tanto — continuou — e quando fica perto assim de mim, esqueço quem você é. Esqueço que pertence a Jem. Eu teria de ser a pior pessoa do mundo para pensar o que estou pensando agora. Mas estou.
— Eu amava Jem — declarou Tessa. — Ainda amo, e ele me amava, mas não sou de ninguém, Will. Meu coração é meu. Está além do seu controle. Está além do meu controle.
Oh, o que brilha mais que a luz?
O que é mais escuro que a noite?
O que é mais afiado que um machado?
O que é mais suave que cera derretida?
A verdade brilha mais que a luz,
A falsidade é mais escura que a noite.
A vingança é mais afiada que um machado,
E o amor, mais suave que a cera derretida.
— Quero beijá-lo mais uma vez antes de morrer.
Os olhos dele se arregalaram. Azuis como o mar e o céu no sonho de Tessa, quando ele caiu longe dela, azuis como as flores que Sophie colocou em seu cabelo.
— Não...
— Diga nada que não seja sincero — concluiu para ele. — Eu sei. Não estou dizendo. É verdade, Will. E sei que pedir isso ultrapassa todos os limites plausíveis. Sei que devo parecer um pouco louca. — Tessa olhou para baixo, depois para cima outra vez, reunindo coragem. — E se você puder me dizer que pode morrer amanhã sem que nossos lábios voltem a se tocar, e que não lamentará nada, então me diga, e desisto, pois não tenho direito...
As palavras de Tessa foram cortadas, pois ele a pegou e a puxou contra si, tocando a boca na dela. Por uma fração de segundo, foi quase doloroso, afiado de desespero e uma fome quase descontrolada, e ela sentiu gosto de sal e calor na boca, e o engasgo da respiração de Will. E então suavizou, com um controle forçado que ela pôde sentir por todo o próprio corpo, e o roçar de lábios contra lábios, a ação recíproca de línguas e dentes, intercalando dor e prazer em um espaço de instantes.
Na varanda dos Lightwood, ele foi tão cuidadoso, mas agora não estava sendo. Deslizou as mãos pelas costas de Tessa, passando os dedos por seus cabelos, agarrando o tecido solto nas costas do vestido. Ele quase a levantou, de modo que os corpos se tocassem; ele estava contra ela, o comprimento longo do corpo de Will ao mesmo tempo rígido e frágil.(...) Ela segurou firme nas costas e nos ombros de Will enquanto ele a carregava para a cama e a colocava ali. Tessa já estava descalça; ele tirou as botas e deitou ao lado dela. Parte do treinamento de Tessa foi sobre a remoção do uniforme, e as mãos dela foram leves e velozes sobre a roupa dele, soltando os fechos e a puxando de lado, como uma concha. Ele a descartou impacientemente e se ajoelhou para soltar o cinto de armas.
Tessa o observou, engolindo em seco. Se fosse mandá-lo parar, a hora era agora. As mãos cicatrizadas de Will eram ágeis, abrindo as presilhas, e quando ele virou para deixar o cinto cair ao lado da cama, a camisa – molhada de suor e grudando nele – deslizou para cima, exibindo a curva oca da barriga, o osso arqueado do quadril. Ela sempre achou Will lindo, os olhos, lábios e rosto, mas nunca tinha pensado em seu corpo assim. Mas a forma dele era bela, como os planos e ângulos de David, de Michelangelo. Tessa se esticou para tocá-lo, passar a mão, suave como seda, na pele dura e lisa da barriga de Will.
A resposta dele foi imediata e surpreendente. Will respirou fundo e fechou os olhos, e o corpo ficou totalmente imóvel. Ela passou os dedos pelo cós da calça, com o coração acelerado, sem saber o que estava fazendo – havia instinto ali, guiando, algo que não conseguia identificar nem explicar. A mão de Tessa se curvou na cintura de Will, o polegar tocou o osso do quadril e puxou-o para baixo.
Ele deslizou para cima dela lentamente, apoiando os cotovelos em ambos os lados de seus ombros. Seus olhos se encontraram, se sustentaram; tocavam-se por toda a extensão dos corpos, mas nenhum dos dois falou. A garganta de Tessa doía: adoração, melancolia, na mesma intensidade.
— Beije-me — falou.
Ele se abaixou lentamente até os lábios apenas se tocarem. Ela se curvou para cima, querendo encontrar a boca dele com a sua, mas ele recuou, acariciando sua bochecha com o nariz e passando os lábios no canto da boca de Tessa – em seguida, pela mandíbula até a garganta, provocando pequenos choques de prazer pelo corpo da jovem.
Ela sempre pensou nos próprios braços, mãos, pescoço, rosto como coisas separadas – que a pele não fosse a mesma que encobria tudo, nem que um beijo na garganta pudesse produzir efeitos até as solas dos pés.
— Will.
As mãos dela puxaram a camisa dele, que cedeu, com os botões arrancados, e a cabeça dele balançou para se livrar do tecido, todo cabelos selvagens, todo Heathcliff nos pântanos. As mãos dele foram menos certas no vestido dela, mas ele também o retirou, por cima da cabeça, e o descartou, deixando Tessa de camisa e espartilho. Ela ficou imóvel, chocada por estar tão despida na frente de alguém além de Sophie, e Will lançou um olhar selvagem para o espartilho que foi apenas em parte por desejo.
— Como... — perguntou ele. — Isso sai?
Tessa não conseguiu se conter; apesar de tudo, riu.
— Ele é amarrado — sussurrou ela. — Nas costas.
E conduziu as mãos dele até que os dedos encontrassem as fitas. Então ela tremeu, não de frio, mas pela intimidade do gesto. Will puxou-a contra si, agora com suavidade, e a beijou mais uma vez na linha da garganta, e em seu ombro, onde a camisa o deixava exposto, com o hálito suave e quente contra a pele dela, até que ela estivesse respirando com a mesma intensidade enquanto as mãos o acariciavam nos ombros, nos braços, nas laterais. Ela beijou as cicatrizes brancas das Marcas na pele de Will, envolvendo-o até se tornarem um emaranhado quente de membros e ela engolir as arfadas de Will.
— Tess — sussurrou ele. — Tess... se quiser parar...
Ela balançou a cabeça em silêncio. O fogo na lareira já estava quase extinto outra vez; Will era todo ângulos, sombras e pele dura contra ela. Não.
— Você quer isso? — A voz dele soou rouca.
— Quero — respondeu. — E você?
O dedo dele traçou o contorno de sua boca.
— Por isso, eu seria eternamente condenado. Por isso, eu abriria mão de tudo.
Ela sentiu o ardor por trás dos próprios olhos, a pressão das lágrimas, e piscou cílios molhados.
— Will...
— Dw i’n dy garu di am byth — disse ele. — Eu te amo. Sempre.
E se moveu para cobrir o corpo de Tessa com o seu.
Olhar para o céu e ver as estrelas, e pensar
que alguém tão especial para você está lá em cima entre elas.