Precisamos de um manifesto
de amor.
Sabe o que é perder o rumo, quem perde uma mãe.
Por muitos motivos,
você é
amor.
O futuro arranca meus pés do agora.
Criamos novas páginas quando não suportamos mais a realidade exposta.
Aquela casa, conta as nossas memórias.
Escrevo o que me chega, o que me atravessa e pulsa.
Eu não vou falar baixinho e sossegar meus ímpetos de transformação.
Sou rio de muitas águas.
Que seja reconhecido o mérito
de todas as mulheres.
Quem já desbravou caminhos,
arregaçou as mangas, colheu duras penas
do sol quente queimar, sabe de onde vem.
A minha escrita é pouso, calçada e talvez morada fluída.
A poesia dança nos mundos.
Veja!
Escrever me permite ser.
Escrevo para dialogar comigo
e os mundos.
Você é o meu maior agradecimento.
Mãe!
Você é a minha saudade, mãe!
O som da tua voz, minha mãe
acompanha meus passos.
O tom da sua voz,
minha mãe.
Minha canção de ninar
encontra tom nas curvas do teu olhar,
quando em direção a mim
fita meu descompasso por te ver.
Minha canção de ninar, amor.