Coleção pessoal de amandalemos
Do que ficou...
Abandonei um pouco minhas palavras dissertativas para aventurar-me novamente em meus devaneios.
Sabe, ando perdendo a prática de transpor no papel meus pensamentos, medos e loucuras de uma mente barulhenta, cheia de vaga-lumes.
Ando colecionando decepções e aposentando palavras, quem diria...
E agora, José ?
A festa acabou.
A luz apagou.
A pobre menina que lhes escreve neste mesmo momento que é lida, vulgo Lispector, estranhamente, não sabendo por que razão decidiu-se se aventurar novamente no sentimento mais perigoso de todos... O amor.
Esse mesmo.
O incerto.
O dolorido.
Ah, mas amor que é amor não dói.
Uma ligação não atendida, um beijo sem vontade e o medo de nunca mais ser feliz em uma vida inteirinha... Isso sim é que dói. E como.
Ah, mas quem não se sente envergonhado em ter amado o outro e quando esse já está com outro alguém?
Quem não se sente envergonhado de ter ficado sozinho na festa em que a música parou e os convidados se foram?
Eu me envergonho se querem saber.
Ora, mas me corrijam. Digam que feliz é quem ama e infeliz é quem não sabe reconhecer devido amor.
Mas não era amor.
Ou será...
Amor fica.
E caleja.
Certos acontecimentos em nossas vidas duram exatamente o quanto devem durar. E partem.
Perdem-se e eternizam-se.
É perder-se e se reencontrar, e perder-se novamente... Até que por descuido, inocência ou omissão, esbarra-se em algo que, vejam só, fica. Permanece.
Não sei afinal o que ficou nessa vida de idas e vindas.
Sei que fico por aqui nessas palavras inacabadas... Ou melhor, dizendo...
Não sei dizer.
Uma realidade: Desigualdade Social
Visto sob uma perspectiva mais ampla, sem desconsiderar a dimensão continental do país, a desigualdade social no Brasil apresenta raízes históricas.
Pode-se começar a explicar essa realidade pelo fator mais evidente:
a escravidão, que é o paroxismo da exclusão.
O Brasil importou o maior número de escravos da África, dentre todas as colônias do Novo Mundo e, como Cuba, foi um dos últimos países a libertá-los (1888) não lhes garantindo qualidade de vida posterior à abolição, deixando-lhes à margem da pobreza e exclusão social.
Outro exemplo foram os imigrantes, a grande massa de italianos e alemães não teve condições de impor às elites oligárquicas uma distribuição menos desigual dos ganhos do trabalho.
As sequelas desse contexto refletem até hoje nas disparidades socioeconômicas do país, o que faz inclusive, embora esteja entre os 10 maiores PIBs do mundo, estar também entre as 10 nações mais desiguais do planeta.
A desigualdade social no Brasil tem sido cartão de visita para o mundo.
Em decorrência do efetivo processo de modernização que o país perpassa desde o século XX, cada vez mais muitos têm pouco e poucos têm muito. O famoso clichê social de países em processo de desenvolvimento.
Em 2001, enquanto 9% da população vivia com menos de 1 R$ por dia, 46,7% da renda estava concentrada nas mãos de apenas 10% da população. Atualmente, esse fato acentua-se devido a problemática questão tributária brasileira. A estrutura fiscal do Brasil gera desigualdade ao cobrar mais impostos dos pobres do que dos ricos, apontam especialistas.
"Cobrança de Primeiro Mundo com um sistema de Terceiro".
Entre as conseqüências advindas das disparidades sociais e econômicas, pode-se citar: previdência enfraquecida que não consegue sustentar os aposentados dignamente, subempregos, massa de profissionais sem qualificação adequada que insufla o mercado de trabalho ocupando postos de trabalho informais,"hipertrofia do setor terciário", uma educação elitizada, onde poucos jovens de menor renda conseguem adquirir uma melhor formação escolar e profissional; e dentre as piores conseqüências, propicia a ocorrência da violência urbana.
Segundo Rousseau, a desigualdade tende a se acumular, portanto, persistindo em ausência de políticas públicas efetivas que atendam significativamente toda a população, ricos ficarão mais ricos e pobres cada vez mais pobres e entregues a indigência. Sem um efetivo Estado Democrático de Direito não há como discutir desigualdade social, tampouco amenizá-la.
Agora é que são ELAS !
Elas se dedicam aos filhos, ao trabalho, aos estudos, às suas casas, e ainda conseguem arranjar tempo para o salão de beleza e a saúde. O vulgo “sexo frágil” está se tornando cada vez mais resistente e imperecível. Em menos de cem anos, as mulheres passaram de simples donas de casa que obedeciam aos seus pais e maridos, a formadoras de opinião e trabalhadoras.
Com o passar dos anos e resultado de um extensivo avanço industrial, o papel da mulher na sociedade alterou-se profundamente.
Antigamente, vistas como o pecado e à corrupção do homem, a figura feminina foi associada à ideia de uma fragilidade maior que a colocasse em uma situação de total dependência da figura masculina, o que configurava uma sociedade patriarcalista e machista.
Hoje, no mínimo, essa situação é muito diferente.
No Brasil, 36% dos cargos de liderança existentes nas 100 melhores empresas para trabalhar são ocupados por mulheres.
Elas estão cada vez mais inseridas em universidades, veículos de informação, estão optando por ascensão profissional antes de terem filhos e moldando as relações interpessoais de todo o mundo.
Hoje, as mulheres são agentes de mudança e possuem opinião própria, desde 1932 quando puderam votar efetivamente até as poltronas de um escritório executivo de liderança.
Não se deve negar, no entanto, que vergonhosamente, a discriminação de gênero ainda existe e é evidente.
Em levantamento realizado pela Mercer e divulgado no final de 2012, enquanto um homem no cargo de CEO ganha um salário de R$ 64.000,00, uma mulher, exercendo a mesma função, recebe R$ 45.653,00, uma diferença de 42%. Sem mencionar no fato de persistir-se a mentalidade estereotipada da figura feminina associada à afazeres domésticos e cuidado dos filhos e do marido.
Empresas inteligentes não mais possuem distinção entre sexos e apoiam a evolução profissional da mulher.
Sabe-se hoje que mulheres com maior grau de escolaridade diminuem as taxas de natalidade (têm menos filhos), casam-se com idades mais avançadas, possuem maior expectativa de vida e podem assumir o comando da família.
Uma mulher inteligente e ativa provoca mudanças e faz muita gente rever seus conceitos.
Há motivos para comemorar ?
Na semana passada comemorou-se a data histórica da Independência do Brasil, um dos feriados nacionais mais importantes.
7 de setembro de 1822, proclamado aos gritos "Independência ou morte" as margens do riacho Ipiranga, entoado por D. Pedro I, ato simbólico que refletiu na emancipação política do Brasil.
Hoje em dia, as comemorações do Dia da Independência ocorrem em todo o território nacional, com a realização de desfiles, solenidades públicas, espetáculos musicais e diversos tipos de manifestações patrióticas.
Tendo em vista a situação atual que o país se encontra, um grande dilema emerge: há motivos para comemorar ?
Se essa questão fosse respondida em curtas palavras, e de forma consciente, a resposta seria sim.
Sim, há motivos para se comemorar.
Pessimistas e muitos de classe média que vão as ruas protestar irão dizer que não, afinal de contas a mídia, por vezes, manipuladora, insufla com casos de corrupção, desemprego, estatísticas eleitorais da presidenta caindo em média de pontos entre outros inúmeros aspectos negativos que camuflam toda carga positiva brasileira.
Não se deve negar, é claro,que muito ainda há a ser feito.
Infelizmente os casos de violência no país são assustadores, mais de 70 milhões de pessoas vivem na margem da exclusão e pobreza,e a corrupção brasileira tornou-se cartão de visita para o mundo. Todavia, não se deve esquecer também que todo país é feito de pontos positivos e negativos e que não se muda um país maximizando apenas pontos desfavoráveis e não agindo efetivamente.
O que se comemora, afinal? Comemora-se o fato de o Brasil ser exemplo mundial no combate à AIDS e outras doenças sexualmente transmissíveis, comemora-se o país ser a 8ª maior economia do mundo, comemora-se também o fato de o Brasil possuir o mais moderno sistema bancário do planeta, comemora-se ser a nação mais poderosa da América do Sul e possuir o segundo maior parque industrial nas Américas, e não apenas isso, comemora-se ser o Brasil o 13º maior produtor de conhecimento e a terceira maior democracia do mundo...
Ou seja, há o que se comemorar.
Ser patriota e um cidadão que não foge a luta não se trata de ser um brasileiro que só vai as ruas protestar, mas sim que protesta e age significativamente para a melhoria da nação.
Um país não se constrói apenas com palavras e gritos, mas também e, sobretudo, com boas ações.
Você acha que nunca vai esquecer um amor e esquece, ai aparece outro que vira sua cabeça, faz você fazer algo que nunca pensou em fazer. E te abandona , afinal. Estou cansada de grandes amores. Quero um amor recíproco, calmo. Você entende isso ? Quero um amor que fique.
" Discípulos da beleza "
A origem do culto ao corpo remonta à Antiguidade. Os gregos acreditavam, há cerca de 2.500 anos a.C., que a estética e o físico eram tão importantes quanto o intelecto na busca pela perfeição, “mens sana in corpore sano” (mente saudável em corpo são).
Atualmente, esse quadro só aumentou de proporção. A vaidade excessiva empurra milhões de pessoas para um caminho que ao invés da perfeição, só se alcança a própria insatisfação pessoal.
Milhões de "discípulos da beleza", pessoas frustradas com o próprio corpo, infelizes em relacionamentos pessoais, reféns de padrões estéticos.
Essas pessoas irão se encaixar na chamada "síndrome dismórfica corporal", ou mais comumente conhecida como síndrome do PIB (Padrão Inatingível de Beleza).
A síndrome dismórfica corporal pode desencadear a temida anorexia nervosa, bulimia e até vigorexia [transtorno caracterizado pela prática de exercícios físicos em excesso]. Esse cenário assustador que atinge cada vez mais um contingente maior de pessoas, na opinião dos especialistas, é resultado da mudança de pensamento a respeito da vaidade pessoal e culto ao corpo. Se há vinte anos atrás as pessoas preocupavam-se em chegar as 70 anos com saúde deixando mais de lado aspectos estéticos, hoje, em muitos casos, há o inverso, muitas pessoas cultuam o "corpo perfeito" e colocam em segundo plano a saúde física e emocional.
A sociedade está o tempo todo exigindo. Exigindo medidas corporais perfeitas, pele lisa e bem cuidada, e penteado atual. Nunca se exigiu tanto do homem uma beleza padrão como hoje.
A fissura pela busca do corpo perfeito e da eterna juventude move outro mercado além da cirurgia estética, o da indústria da beleza. De acordo com a Agência Brasileira da Indústria de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos (Abihpec), vendeu-se no ano passado, um milhão e trezentas mil toneladas de cosméticos, perfumaria e produtos de higiene pessoal.Ou seja, pode-se concluir que a questão da perfeição do corpo vai além da busca para se sentir bem, chega a ser mais um produto do sistema capitalista.
Não existe a beleza padrão.
O que existe são conceitos de beleza. Por exemplo, a beleza da mulher brasileira é diferente da européia. Padrões de beleza são apenas estereótipos criados por uma sociedade sistemática e que insufla uma camada da população que acredita que ter um corpo perfeito é sinônimo de felicidade. Prova-se hoje o contrário, uma leva assustadora de pessoas que cultuam demasiadamente o físico são infelizes, frustradas e apresentam fracassos na vida profissional e pessoal .
Exagero é antítese de uma boa saúde e nesse ponto os fins não justificam os meios.
Cuidar da mente é tão importante quanto o cuidado com o corpo e cuidar de ambos exige cuidado dobrado da saúde.
Já é comprovado que pessoas saudáveis são mais felizes.
Você já parou para pensar nisto ?
O Brasil possui uma imensa diversidade étnica e linguística que está entre as maiores do mundo e é a maior da América do Sul.
Tal diversidade é resultante do intenso processo de miscigenação que foi submetido o território brasileiro, uma mistura de raças e cores, uma mescla do português, do negro e do indígena.
De acordo com a Fundação Nacional do Índio (FUNAI), a atual população indígena do Brasil é de aproximadamente 345.000 indivíduos, representando 0,2% da população brasileira, desconsiderando, é claro, aqueles que vivem fora das áreas indígenas que somam cerca de 190 mil.
Esse número só tende a crescer devido à continuidade dos esforços de proteção ao índio brasileiro, queda dos índices de mortalidade, melhoria na prestação de serviços de saúde, e de taxas de natalidade superiores à média nacional.
Atualmente, um dos grandes focos em pauta para o Governo Federal trata-se da questão do índio no Brasil e sua inserção no meio social e cultural em que vive.
Segundo a legislação brasileira, o nativo adquire a plena capacidade civil quando estiver razoavelmente integrado à sociedade. Para que tal aconteça, é necessário que tenha boa compreensão dos usos e costumes da comunhão nacional, conheça a língua portuguesa e tenha a idade mínima de vinte e um anos.
Uma das propostas que tramitam no Congresso objetivando melhor qualidade de vida ao índio trata-se do Projeto de Estatuto das Sociedades Indígenas. O objetivo da proposta é assegurar que a proteção aos índios brasileiros se dê com base no reconhecimento do seu diferencial cultural e não mais na falsa premissa da sua inferioridade. Com isso, além da efetiva garantia dos seus direitos, procura-se permitir que os povos indígenas tenham espaço necessário ao desenvolvimento de seus projetos de futuro.
No entanto, o indígena ainda representa um grupo marginalizado vítima de violências morais e físicas desde a época colonial.
Segundo Guiucci, historiador, a conquista da América se deu em um "espaço geográfico privilegiado da destruição das culturas autóctones e da escravidão dos indígenas, bem como do lucrativo tráfico de negros africanos para as plantações e minas do Novo Mundo". Tendo em vista esse fator histórico, já se encontra enraizado o processo de marginalização, preconceito e subordinação do índio que padece nas mazelas da sociedade.
Um caso de completo descaso encontra-se na região do Mato Grosso do Sul que virou refúgio da bandidagem, terras férteis ao tráfico de drogas e armas. Muitas terras indígenas dessa região estão sendo local de acomodação de fugitivos paraguaios por se tratarem de áreas federais, ou seja, em que só se pode adentrar com autorização da FUNAI e, portanto dificultam averiguação da polícia.
O índio brasileiro é um cidadão que tem anseios, carências e necessidades específicas, que precisam ser atendidas pelo Estado.
Embora concentrada em grande parte na Amazônia, a população indígena brasileira está dispersa em quase todo o território nacional.
Há de se trabalhar em políticas publicas eficientes que atendam essa população que é eminentemente brasileira e encontra-se nessa terra chamada Brasil há muito mais tempo que se imagina.
Você, na melhor das hipóteses, também chegará lá...
"... Ser jovem é saber envelhecer."
Juca Chaves
A expectativa de vida do brasileiro está em crescimento e o envelhecimento da população é um reflexo desse aumento.
Ou seja, as pessoas estão vivendo mais do que viviam antes.
Prova disso é a participação dos idosos com 75 anos ou mais no total da população – em 1991, eles eram 2,4 milhões (1,6%), hoje, representam uma parcela de cerca de 10,5 % da população total do país, segundo o IBGE.
Envelhecer é um processo natural que caracteriza uma etapa da vida do homem e dá-se por mudanças físicas, psicológicas e sociais que acometem de forma particular cada indivíduo com sobrevida prolongada.
Tendo em vista esses fatores, é de extrema importância a manutenção da boa qualidade de vida a pessoa idosa, sobretudo, o idoso dependente e o idoso fragilizado, camada da população que constitui no Brasil o grupo mais marginalizado e excluído dentro do universo das pessoas da terceira idade.
O idoso possui direito à liberdade, à dignidade, à integridade, à educação, à saúde, a um meio ambiente de qualidade, entre outros direitos fundamentais (individuais, sociais, difusos e coletivos), cabendo ao Estado, à Sociedade e à família a responsabilidade pela proteção e garantia desses direitos.
Até a atual Constituição não existia nenhum dispositivo tratando dos direitos dos idosos, no entanto, a Constituição de 1988 já se refere ao idoso, garantindo o seu amparo.
Um exemplo disso é a Política Nacional do Idoso (PNI) que estabelece direitos sociais, garantia da autonomia, integração e participação dos idosos na sociedade, como instrumento de direito próprio de cidadania.
Outro exemplo trata-se do Estatuto do Idoso, regido por lei e sancionado em 1 de outubro de 2003. O estatuto define medidas de proteção às pessoas com idade igual ou superior aos 60 anos e ampara a pessoa idosa na medida em que zela pelo cumprimento dos seus direitos.
As políticas públicas governamentais têm procurado implementar modalidades de atendimento aos idosos tais como os Centros de Convivência – espaço destinado à prática de atividade física, cultural, educativa, social e de lazer, como forma de estimular sua participação no contexto social que se está inserido.
Todavia, há ainda muito que se fazer, sobretudo, no que tange a previdência social brasileira que, ainda é falha e por vezes dificulta o processo de aposentadoria da pessoa idosa.
A vida é um ciclo natural, portanto o envelhecimento faz parte do grandioso processo que é a existência humana.
Envelhecer com saúde, qualidade de vida, tranqüilidade e felicidade é meta de qualquer indivíduo e para que isso se concretize fazem-se necessárias ações coletivas dos cidadãos juntamente com eficazes políticas de governo que ampare e proteja quem um dia já esteve na “flor da idade”.
Dedicatória...
Ele tem hora que fuma, diz até que poucos prazeres no mundo chegam ao de acender um cigarro.
Para disfarçar o gosto na boca, masca chiclete de menta ou jujuba de limão.
Ás vezes.
Vai saber.
Quem vê nem imagina que é míope, também pudera, reconhece as mais belas "catitas" da rua sem precisar de palpite alheio.
Ninguém me diz também com exatidão o motivo do “cambaleio” pendendo para a perna direita.
Diz ele que é marca de guerra.
Não sei.
Tem quem diz que se tratou de uma facada em uma briga no baile de formatura do colegial.
Ninguém sabe ao certo.
Ah, que saudade do Dr. Marcos dos jogos de gamão na Turquia ao berimbau na Bahia.
É tão bom encontrar alguém tão simples quanto eu e com um coração tão mole quanto o sabiá lá de casa.
Dizia para mim que fim de tarde pedia rede e um bom livro.
Existe coisa melhor, afinal?
Quem o vê assim não dá nada.
Nem um fiapo.
Quem senta para uma boa conversa, um mundo inteiro é pouco.
Diziam que não tinha problemas.
Vivia sorrindo.
Ele sempre me dizia que “tudo bem, uma hora a dor passa. Despercebida.”
E vindo de quem já viveu tanto, tem hora que eu até acredito...
* Texto escrito em plena madrugada, dedicado a um grande amigo, já muito distante.
Sem punição não há justiça .
A corrupção é um fato e negá-la seria blasfêmia ou ignorância.
Está enraizado na peculiaridade humana aproveitar, por vezes, das situações para levar alguma vantagem sobre tal.
O típico “jeitinho brasileiro” ou a malandragem tão conhecida.
A corrupção não se restringe aos congressos, palanques ou eleições, mas também se encontra na vivência do dia a dia.
Pessoas que cortam filas, emitem cheques sem fundos, não declaram o imposto de renda, adulteram os produtos no supermercado e outros mais diversos exemplos que comprovariam a inerente característica humana de corromper-se.
Como então julgar “caixa dois”, “mensalões”, desvio do erário público e compras ilícitas, em meio a tanta hipocrisia?
Um povo corrompido elege um governante corrupto, não há dúvidas.
O ponto culminante, no entanto, quando se fala em corrupção é a ineficiência brasileira em julgar ilegalidades e penalizá-las da devida forma.
Corrupção e impunidade, uma alimenta a outra e vice-versa.
As pessoas acreditam que ficarão impunes e optam pela corrupção, e ao mesmo tempo, o ato de corrupção em si fortalece a impunidade.
No caso do Brasil, em específico, que ocupa a 75ª posição no ranking das nações mais corruptas do planeta, há diversos projetos de lei que ainda tramitam no legislativo, como o projeto que torna crime o enriquecimento ilícito que, está para ser aprovado há mais de oito anos, sem contar na demanda burocrática que o julgamento de desvio de verbas acarretaria.
Ou seja, embora se queira, acredito que demandará um bom tempo ainda para que corrupção de fato torne-se um crime hediondo aos "pés" da lei.
Como diria o apresentador e escritor Jô Soares, "A corrupção não é uma invenção brasileira, mas a impunidade é uma coisa muito nossa.”
Pesquisas feitas apontam que a corrupção leva ao desperdício de capital, cerca de 5% do PIB nacional é dissipado, ou melhor, desviado para os “bolsos” ou “cuecas” políticas.
A corrupção tem se revelado uma calamidade que consome o resultado do trabalho de milhões de brasileiros, envergonha o país e mancha a imagem do Brasil no exterior.
Com a ditadura militar, a corrupção foi escondida e os corruptos ligados ao regime agiam impunemente. Com a redemocratização, houve um alento com a cassação de um presidente por corrupção. Mas a punição foi um ponto fora da curva. A regra nos governos seguintes continuou sendo a impunidade, que nesse sentido, só veio reforçar o grau de ineficiência dos três poderes.
Como lembra o ditado latim, “Impunitas peccandi illecebra” (a impunidade estimula a delinqüência) e como diria Denis Lerrer, filósofo da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, “enquanto não se colocarem os corruptos graúdos na cadeia nada vai mudar”.
Ainda soma-se ao fato uma população conivente que só veio “dar a cara a tapa” agora, exigindo o fim de PEC 37 e demonstrando realmente que o povo não foge a luta e o quão essas diversas manifestações populares podem emitir uma repercussão internacional grandiosa.
Soma-se ao fato também a “morosidade” da justiça.
A punição existe para impor limites, refrear instintos naturais e permitir que os indivíduos possam se proteger uns dos outros.
Sem punição não há justiça.
Deixando meu recado...
Discorrer a respeito da água, como fonte de vida, dentro do viés de sustentabilidade pode ser, por vezes, piegas demais, tendo em vista a indiscutível relevância dela para a vida na Terra. Entre todos os recursos naturais, a água é de absoluta importância para a sobrevivência. Sem ela, a raça humana desapareceria, os animais irracionais e toda a natureza se transformariam em chão seco e empoeirado e o mundo não seria mais um lugar para se viver. Nesse sentido, portanto, faz-se necessário a água afim nutrir e suprir as necessidades diárias dos seres vivos.
No entanto, embora se tenha conhecimento da considerável importância deste recurso natural para a sociedade, seu uso ainda é indiscriminado e irresponsável.
No Brasil, por exemplo, as estatísticas comprovam.
Cerca de 70% da água utilizada em território brasileiro é desperdiçada. O país detém 13% das reservas de água doce do Planeta, que são de apenas 3%. Esta visão de abundância, aliada à grande dimensão continental do território tropical, favoreceu o desenvolvimento de uma consciência de “inesgotabilidade”, isto é, um consumo distante dos princípios de sustentabilidade e sem preocupação com a escassez.
“Consumo Sustentável quer dizer saber usar os recursos naturais para satisfazer as nossas necessidades, sem comprometer as necessidades e aspirações das gerações futuras.”
Reutilizar, na medida do possível é, portanto, um termo que está perfeitamente adequado ao conceito de consumo sustentável. Reutilizar a água, inclusive, não é um hábito novo, existem relatos de sua prática na Grécia Antiga, com a disposição de esgotos e sua utilização na irrigação.
Reutilizar para não carecer, não carecer para não prejudicar futuramente. Essa é a meta.
Consciência ambiental não se trata de um ponto individual apenas, e sim, sobretudo, de algo coletivo.
As ações de cada indivíduo somadas a dos demais refletirão no mundo de amanhã. Ter noção de que o meio ambiente é formado, dentro de uma visão simplificada, pelo solo, água e ar e que esses meios interagem sinergicamente entre si, é um pontapé para uma discussão mais séria e comprometedora com a realidade ambiental.
Atentar-se para o tripé “reduzir, reciclar e reutilizar” não é falácia ou demagogia, pelo contrário, é característica de um cidadão consciente que se preocupa com o meio em que vive e com o futuro que o aguarda.
Todos os dias procuro ser melhor do que fui ontem, melhor do que fui hoje nesse dia que acabou de acabar. Procuro, pois é o que me resta e é o que me mantém viva.
Um remédio pode proporcionar a cura, mas paradoxalmente a isso, quando em exagero, poderá findar uma vida.
Ambição: até que ponto ?
Já teorizada Darwin, pelo estudo da seleção natural, que os seres mais fortes serão aqueles que melhor se adaptarão ao meio e suas necessidades e por esse motivo serão os que sobreviverão. Nesse sentido, a ambição encaixa-se perfeitamente.
Foi por desejar uma vida melhor, mais segura, que o homem pré histórico fazendo uso de seu " recém-surgido córtex pré-frontal " passou a imaginar novas possibilidades e utilizou seu polegar opositor para fazer as coisas funcionarem como ele desejava.
A criatividade e o trabalho, vistos dessa forma, são instrumentos a serviço da ambição humana e, como tal, podem ser bem ou mal usados.
Reforçando essa ideia, já defendia Carlos Drummond de Andrade : “ Necessitamos sempre de ambicionar alguma coisa que, alcançada, não nos torna sem ambição. ”
Destreza é uma característica que requer treino, mas iniciativa depende exclusivamente da vontade de cada indivíduo. Ambicionar melhores condições de vida, associar ambição bem dosada ao trabalho, vida escolar e até mesmo nos relacionamentos pessoais, trata-se de um dos melhores conselhos para o sucesso.
Na obra A Ética Protestante e o Espírito do Capitalismo de Max Weber, o autor identificou, entre outras, a maneira como a religião reinante interpreta o enriquecimento pessoal, associando esse fato ao enriquecimento de algumas nações como Inglaterra e Alemanha e a estagnação econômica e social de outras. Weber observou que em países com influência católica o significado de austeridade e humildade era por vezes sinônimo de pobreza. Em um campo arcaico, para esses países eminentemente católicos, o “ganhar dinheiro” era algo pecaminoso. Já em países protestantes, especialmente os calvinistas, aceitaram que ganhar dinheiro com o trabalho duro era uma forma de seguir os ensinamentos divinos. Para eles, as habilidades humanas, como a arte e o comércio, são dádivas divinas que devem ser estimuladas e valorizadas. E bem pagas, claro. Olhando-se mais de perto, a não “pecaminização” do dinheiro não foi a única causa para o enriquecimento de países protestantes durante o século XIX e XX, há de se observar também que a ambição produz riqueza e, quando bem conduzida, produz desenvolvimento.
É evidente a importância da ambição em um mundo que cada vez mais exige aptidão e perfeccionismo. No entanto, quando não dosada , a ambição pode ser desastrosa. Resulta em um pedantismo desvairado, ganância e sobreposição do “ter” sob o “ser”. Gera indivíduos mecanizados e sedentos por poder e reconhecimento, seres humanos que não se importam com as conseqüências advindas dos meios utilizados para atingir dado objetivo. E muitas vezes, essas conseqüências podem ser drásticas como o não respeito ao próximo e a tangência ao egocentrismo.
Toda a vida humana deve ser pautada no equilíbrio.
Um remédio pode proporcionar a cura, mas paradoxalmente a isso, quando em exagero, poderá findar uma vida.
A ambição parte desse mesmo pressuposto, tê-la em quantidade normal e que só proporcione e almeje positivamente é a chave para todo e qualquer sucesso.
Ser ambicioso não se trata necessariamente de um defeito ou qualidade, trata-se de saber bem usar essa característica tanto em sua dose quanto em sua prática.