Coleção pessoal de amandadrielly

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Essa noite me peguei foleando um caderno velho que vi jogado pelo meu quarto. Notei algumas folhas em branco despertaram em mim um desejo imenso de preenchê-las com palavras. Palavras vindas de dentro de mim. Na verdade, folhas em branco me enchem os olhos. Me fascinam. Já que há algum tempo não escrevia sobre nada, resolvi por em linhas paralelas alguns dos meus sentimentos. Percebi que nos momentos que estou triste e melancólica tenho mais facilidade em escrever. As palavras fluem mais naturalmente. Mas quando estou feliz quase não escrevo. Talvez por falta de palavras, ou por não saber explicar o tal sentimento chamado felicidade. Me fiz, então, uma pergunta: “ O que é realmente ser feliz ? ” Gradativamente surgiram palavras na minha mente que formaram a resposta para tal pergunta. Respondi, então, interiormente, transcrevendo na folha de papel : Bom, para mim, felicidade, primeiramente, é um estado de espírito. Ser feliz é encontrar graça em cada aroma, em cada pétala de rosa, em cada pelo sorriso, no brilho de um olhar, na intensidade de um abraço, na preciosidade da natureza, o barulho do vento, a cantoria dos pássaros, o balançar das árvores. (Suspirei). Ser feliz é valorizar cada segundo de vida como se fosse o último. Ser feliz é reconhecer que a vida não é um mar de rosas, mas ter certeza de que cada lágrima derramada representa um degrau dessa longa vida que você está subindo. Resumidamente, ser feliz não é nada mais nada menos do que, simplesmente, saber ser feliz.

❝ Sinto uma espécie de alegria inexplicável habitar dentro de mim. É como estar voando. Realmente me sinto como um pássaro. É como poder voar pra onde eu quero. Como me sentir livre. Um sentimento de liberdade. Mas, é claro, tudo no seu limite. Não se explica ao pé da letra esse tal sentimento. Mas se ele pode me ouvir, quero dizer-lhe que permaneça comigo sempre. Suplico que não vás em embora de dentro de mim.

"Gosto de pássaros. Gosto de borboletas. De alguma forma eles me encantam. Talvez por transmitirem um ar de ingenuidade incrível. Talvez por apresentarem tamanha beleza. Talvez por serem essencialmente lindas. Não sei. Mas o que me fascina nos pássaros mesmo é a liberdade que têm. Liberdade incomparável a qualquer outra. Apesar de que, vez em quando, aparece um otário e os prende em uma gaiola. (Que Deus entre em providência para com esses delinquentes). Mas a liberdade dos pássaros me faz sentir inveja deles. Poxa, eles podem voar pra bem longe quando as coisas ficam difíceis. Óh meu Deus, queria eu ter a liberdade dos pássaros."

“Idade não define maturidade.” Lembra? Então. Tem gente de 20 anos com cabeça de 10, e tem gente de 10 anos com cabeça de 20. Amadurecer, vai muito além de apenas completar mais um ano de vida. Amadurecer é passar a ver as coisas com a visão mais ampla. É passar a ver os problemas como degraus a serem subidos. É enfrentar a saudade com tranquilidade. É saber lidar com a ausência sem se desesperar. É saber dar valor ao que merece, e a quem merece. Saber reconhecer o erro. Saber parar quando preciso. Saber voltar atrás se perceber que fez errado. Amadurecer é ter coragem suficiente pra continuar caminhando, depois de tanto ter caído. Por quem é maduro entende que sempre há uma chance para começar de novo.

nossos desejos se tornem reais por intermédio do nosso esforço em buscá-los. Que entendamos o sentido da vida, que, com toda certeza é pra frente. Então que olhemos pra frente. Que entendamos também que o coração engana. E que as pessoas não nos amam simplesmente porque abrem a boca e dizem isso. Quem nos ama, age como quem realmente nos ama. Que vivamos aquilo que falamos. Que sejamos nós mesmos, não se importando com opiniões imbecis de alguns. Mas que também saibamos aceitar críticas que nos acrescenta. Olha meu bem, como diriam os Titãs: "é preciso saber viver". Então vive direitinho. Vive intensamente, mas sabendo dos limites. Sorria. Ame. Pule. Grite. Chore. Cante. Dance. Mas vive. Vive de verdade.

Nas tentativas de compreensão a cerca do amor, decidi não me esforçar pra entender essa coisa. Amor não se explica. Se bem que ainda se encaixa em algumas palavras. Mas nunca é suficiente. Amor, na verdade, não precisa, necessariamente, ser pronunciado aos quatro cantos do mundo. Amor, a gente sente. A gente sente o coração acelerar. A gente sente a necessidade, quase incontrolável de proteger a pessoa amada. Livrar dos males todos do mundo. Mas que bobagem. E daí? Amor é um sentimento quase que indescritível. E clichê. Mas a gente ainda escreve sobre ele. A gente escreve porque sente. E essa gente mal-amada. Deixa pra lá. Não tem essa. Todo mundo precisa de amor. Nem que seja um pitadinha só. Essa pitadinha pode mudar uma vida inteira. Amor muda, invade, preenche, alegra, entristece, mas acima de tudo, sobrevive.

Maravilhoso é ter esse amor todo dentro de mim. Sim, eu sou uma mulher virtuosa por tê-lo de forma tão grandiosa. O amor. A vontade de ajudar. E daí que eu me machuque? Como dizem as sagradas escrituras: Ainda que eu falasse a língua dos anjos, se não tivesse amor, de nada adiantaria. Uma virtude tão linda que não tem dinheiro que compre. Eu não venderia. Por nada. Amo amar. Quanta redundância dentro de duas palavras. Mas é isso. Amo amar. De uma forma linda e indescritível. Amo ter esse espírito solidário palpitando dentro de mim. Palpitando tão forte que me faz ficar ofegante. Sem ar. Amor demais. Isso que tenho dentro de mim. Será um problema? Será um defeito? Não sei. Mas prefiro me apegar ao lindo conceito que diz ser uma virtude. E sempre estarei apegada esse princípio. De que, sem amor, não sou nada. Nem ninguém.

“Quantas vezes eu quis que tudo fosse perfeito? Quantas vezes eu quis que todo mundo o tempo todo se importasse comigo e com minha personalidade melodramática que aparece de vez em quando? Quantas eu vezes eu desejei fechar os olhos e logo ao abrir ver que o mundo é um lugar perfeito, e as pessoas não erram? Quantas vezes eu quis acordar em um belo dia e ver que todos os meus sonhos se tornaram reais? Quantas vezes eu chorei porque fulaninho me ignorou? Quantas vezes eu chorei porque eu queria me sentir acolhida por gente que na verdade não merecia minha companhia? Quantas e quantas vezes eu chorei quando fui dormir? Quantas vezes eu chorei porque eu sou boba mesmo e choro por tudo? Quantas vezes eu só desejei que tudo e todos conspirassem ao meu favor? Quantas vezes eu quis dar um sorriso verdadeiro naquele dia péssimo? Quantas vezes eu quis ser notada? Quantas vezes eu me senti sozinha no meio de uma multidão? Quantas, quantas e quantas vezes? Foram muitas. Mas sabe o que eu aprendi no meio as tantas suposições banais que criei dentro da minha mente? As coisas não vão acontecer do meu jeito só porque é a minha vontade. Ela não vai prevalecer sempre, na verdade, quase nunca. Aprendi que no meio das dezenas de pessoas que me cercam, vai ser difícil encontrar alguma que atenda as minhas vontades melosas e dramáticas. Aprendi que não devo ficar me lamentando pelo que não aconteceu. Aprendi que não devo exigir amor, carinho e atenção de ninguém. Quem quer amar e dar atenção faz isso espontaneamente, sem imposições. Aprendi, enfim, que nunca vou me encontrar em um estado emocional perfeitamente equilibrado a ponto de não chorar e não sentir dor. Aprendi a aceitar esse meu jeito dramático demais. Carente demais. Chorão demais. Eu demais. Muito eu. Isso.”

“Poesia me transborda. Transborda amor em mim. Faz-se melodia espontânea dentro desse coraçãozinho. Que traz em cada palpitação um nome, um cheiro, um olhar, um sorriso. Ah poesia. Me encanta de manhã, de tarde, de noite, de madrugada. Poetiza-te dentro de mim. Poesia suave. Tranquila. Sonolenta. Dançante. Mas sê poesia dentro de mim. Peço-te. Vem poetizar-me.”

“Queria eu…
poder ser uma andorinha
pra voar em tua direção
pra seguir os teus perfumes por ai.
Queria eu…
poder voar e te ver de todos os ângulos
em todos os lugares
de todas as formas
lindo…
só pra mim..”

“O silêncio
as vezes assustador
as vezes acalentador.
Silêncios frios.
Silêncios quentes.
Possível ouvir o silêncio?
Possível o silêncio gritar?
Ah, vai saber.
Nos intervalos cálidos que se seguem
faz-se notar os seus gritos.
Gritos que só ele entende.
Só ele.
O silêncio.”

Naquela brisa, pude senti-lo, mesmo não estando ali por perto, fisicamente. Sim, ele estava comigo naquela noite, de céu estrelando, abrilhantado. Pude ver seus olhos castanhos olhando-me sutilmente de canto, desejando estar cada vez mais perto. Pude senti-lo sentado ao meu lado, com a cabeça no meu ombro. Pude sentir seus braços fortes envoltos nos meus. Abraçando-me. E fazendo de um simples momento, um infinito de sensações. Sensações essas, que trouxeram encanto aos nossos olhos, proporcionando-nos apaixonarmos outra vez.

“A calidez daquelas mãos, segurando as minhas com vigor, fez com que surgisse dentro de mim uma sensação de estar protegida. Protegida não só do frio lá fora. Vento e brisa gelada. Mas do frio de alguns sentimentos. Frio do coração. Frio das palavras. Fez-me sentir uma paz. Uma segurança. Imutável. Inabalável. Estava ao seu lado. Isso basta.”

“Como Capitu, escreveria nossos nomes no quintal. Seguraria suas mãos. E olharia nos seus olhos. Seria Capitu do século XXI. Sua Capitu. Mas tudo bem, Capitu é uma personagem de Machado de Assis. Lá de 1899. Ok. Existe algo mais belo do que personagens literários? Antiguidades? Sim, eu seria sua Capitu. Capitu moderna. Só tua.”

“Vou recitar trechos de Camões quando viajarmos pelo mundo. Vou subir no batente da calçada, lá na Inglaterra, na Stratford-upon-Avon, terra do nosso querido Shakespeare, e olhar pra você, falando dos romances teatrais de Shakespeare. E mesmo que você me ignore, vou dizer-te falas da obra “Romeu e Julieta”. Vamos à Portugal, terra de Fernando Pessoa, e lá em lisboa, terra onde nasceu, vou dizer-te palavras dele: ” Amo como ama o amor. Não conheço nenhuma outra razão para amar senão amar. Que queres que te diga, além de que te amo, se o que quero dizer-te é que te amo?”. Voltaremos a nossa terra, Brasil. Iremos ao Rio de Janeiro. Terra do nosso querido Vinícius de Morais. E recitarei pra você, em uma bela noite de luar, como o nosso amado diria: “Assim como o oceano só é belo com luar. Assim como a canção só tem razão se se cantar. Assim como uma nuvem só acontece se chover. Assim como o poeta só é grande se sofrer. Assim como viver. Sem ter amor não é viver. Não há você sem mim. Eu não existo sem você” Viveremos de poesia. Poetizando nossos minutos e milésimos de segundos, juntinhos, eu e você.”

Não pude ignorar aquela imagem que surgiu em minha mente quando fechei os olhos. Você. Lindo. Sorrindo pra mim. Perguntei a Deus como é possível um sorriso ser tão radiante assim. Como é possível um olhar ser tão cativante. Fechei os olhos. Tornei a abri-los. Você ainda estava ali, sorrindo pra mim. Vez em quando você olhada a lua, e o brilho dela, quando refletia no seu olhar, cintilava sua pele, fazendo-a parecer perolada. E eu ali te olhando. Tão lindo. Tão perto de mim. E cada vez mais perto. Me recostei em seu ombro, e voltando meu olhar para o seu, disfarçadamente, pude vê-lo brilhando. Você me abraçava como se me protegesse do vento gelado. E isso me causava uma sensação de estar protegida. Eu estava envolvida nos seus braços fortes. E continuei me perguntando como é possível uma criatura ser tão cativante. E buscando respostas, quis encontrar palavras que te definissem. Mas de tanto buscar e não encontrar, descobri que essas são, e sempre serão, buscas vãs. Por um único e grande motivo: Você não cabe em palavras.
— (sonhando com ele de olhos abertos às 23hs)

Sei que pode ser normal, ou não. Esse texto pode parecer confuso. Mas esses são os efeitos que a leitura causa. Essa complexidade de idéias. Mas então, sou um tanto obscecada por leitura. Isso talvez, ou com certeza, explique o porque desse meu jeito, romântico, sensível. Mergulho na leitura. Converso com as palavras. Fico radiante. Um livro acompanhado de fones de ouvido e brisa gelada. Sem explicações. Me fascina. Me questiono vez em quando: ” O que seria do mundo se todas as pessoas fossem tão apaixonadas por leitura quanto eu? Viveríamos em um lugar mais bonito? Romântico? Poético? Ou estaríamos todos loucos?” Me questiono, e me respondo: Romantismo, poesia, e loucura, entrelaçam-se, abraçam-se. Formam um elo. Todo romântico é louco. Todo poeta é louco. Mas o qual o mal em ser louco? Qual a graça em ser normal? Qual o mal em ser romântico? Nenhum. É ai que se acha a graça da vida. Romantizar os momentos, as pessoas, os olhares. Poetizar, os aromas, os rostos, toques, paisagens. Sem me prolongar. Ser poeta.

“Pra começar esse texto, quero dizer que não tenho a mínima intenção de fazer essas palavras parecerem ter, juntas, significados bonitos e lógicos. Na verdade eu não sei porque escrevo, nem pra que ou pra quem. Inclusive não me importo. E também não ligo se escrever errado. Nem você vai se importar, porque teoricamente esse texto é meu. Teoricamente não. Esse texto e meu, de fato. Quero ver se o Ministro da educação do Brasil, da lua ou de marte vai me impedir de escrever. E não, eu não sou revoltada, se é isso que está pensando. E se quer saber, eu gosto disso. Sei que desde a primeira linha não disse nada de importante. E não sei que rumo esse texto vai tomar. Talvez não tenha importância mesmo, pra você que lê. Porque pra mim é sim, importantíssimo. Escrever é importante. Seja pra treinar caligrafia ou seja pra se expressar. Mas, bom, onde eu quero chegar? Eu também não sei. Mas vou indo. São 23:00 e tem uma mosca me incomodando. Hoje não está frio. Meu quarto está arrumado –o que me faz ter vontade de ficar aqui dentro-. Algumas formulas de química coladas na parede. Comi pizza hoje –o que me deixa feliz-. Tenho prova amanhã, mas estou aqui. Escrevendo, o que nem eu entendo muito bem. Mas, ei, você que lê. Eu pareço ser louca? Tenho cara de ser louca? Se é que você já me viu algum dia por ai? Eu posso até ser louca pra você. Mas sabe o que eu queria te mostrar quanta liberdade você tem. Quero te mostrar que, você não precisa ser formado em Letras pra poder escrever o que pensa. Você tem liberdade pra se expressar. Em uma folha de caderno, por exemplo. Você não precisa, necessariamente, ser formado em Jornalismo pra editar as páginas da sua história. Não precisa ser formado em medicina pra ajudar alguém, você pode fazer isso em qualquer esquina. E não importa se você é entendido, ou é mal entendido, você precisa liberar essas palavras que ficam engasgadas aí. Escritores começam escrevendo, nem que sejam frases incompletas. Médicos começam ajudando, nem que seja uma criança com o dedo cortado. Você vai longe. Consegue ver? Meu texto tomou um rumo. Quem sabe você também toma um rumo? Quem sabe você levanta daí e vai fazer alguma coisa interessante? Sabe, o bom de tudo isso é que não importa o que as pessoas vão achar. Você tem poder de se expressar. E pra finalizar. Eu não sei finalizar. Eu só sei que, seilá. Essa mosca chata continua me incomodando. Vou dormir. Quem sabe ela vai embora.”

Aqueles olhos envergonhados me puxaram pra perto. Quis desvendar o porque daquela timidez que me transmitiu no olhar. Quis tocar sua pele pra sentir que tipo de energia você me transmitiria. Quis te abraçar pra ver se me sentia protegida. Quis ouvir tua voz pra sentir paz. Quis ter você. E foi ai que me apaixonei.

“Como tulipas desajeitadas
orquídeas perfumadas
roseiras encantadas…

Como livros empoeirados
papéis amarelados
cordéis musicalizados…

Como a vida bonita
a bela cantiga
a voz estremecida.

Assim vivo eu
obstante
como uma eterna poetiza.”