Coleção pessoal de amandacaline

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Eu sempre me fascinei com o matemático indiano Srinivasa Ramanujan. Ele dizia que para resolver seus intricados teoremas era movido apenas pela beleza das equações.
Na poesia também é assim. É uma espécie de exercício do não dizer, mas que nos dilata de beleza quando acabamos de ler um poema.

Se te pareço noturna
e imperfeita
Olha-me de novo.
Porque esta noite
Olhei-me a mim,
como se tu me olhasses
E era como se a água
Desejasse...

As coisas mudam no devagar depressa dos tempos.

Inútil fugir, inútil resistir, inútil tudo.

Quem me assassinou para que eu seja tão doce??

No que vagueia os olhos, contudo, surpreende-se-lhe o imanecer da bem-aventura, transordinária benignidade, o bom fantástico.

A gente cresce sempre, sem saber para onde.

(Nenhum, nenhuma)

O passado é que veio até mim, como uma nuvem, vem para ser reconhecido; apenas não estou sabendo decifrá-lo.

Na própria precisão com que outras passagens lembradas se oferecem, de entre impressões confusas, talvez se agite a maligna astúcia da porção escura de nós mesmos, que tenta incompreensivelmente enganar-nos, ou, pelo menos, retardar que prescrutemos qualquer verdade.

(Nenhum, nenhuma)

Representar é aprender a viver além dos levianos sentimentos, na verdadeira dignidade.

Talvez não devesse, não fosse direito ter por causa dele aquele doer, que põe e punge, de dó, desgosto e desengano.

Todas as coisas surgidas do opaco.

Nada mais cretino e mais cretinizante do que a paixão política. É a única paixão sem grandeza, a única que é capaz de imbecilizar o homem.

Toda a unanimidade é burra.

As feministas querem reduzir a mulher a um macho mal-acabado.

Perfeição é coisa de menininha tocadora de piano.

Românticos são poucos,
Românticos são loucos, desvairados
Que querem ser o outro,
Que pensam que o outro,
É o paraíso.

Românticos são lindos,
Românticos são limpos e pirados
Que choram com baladas,
Que amam sem vergonha e sem juízo
São tipos populares, que vivem pelos bares
E mesmo certos vão pedir perdão
E passam a noite em claro
conhecem o gosto raro
De amar sem medo de outra desilusão
Romântico é uma espécie em extinção.

Saudade (...) é um dos sentimentos mais urgentes que existem.

Nunca sei se quero descansar porque estou realmente cansada, ou se quero descansar para desistir.

Vivo no quase, no nunca e no sempre. Quase, quase – e por um triz escapo.