Coleção pessoal de Alzira123
Eu te vi... mesmo que apenas em uma foto, eu te encontrei.
Ladeado por outra... Doeu em mim.
Estavas alquebrado, olhos sem brilho... um sorriso empalidecido... Querias demonstrar uma falsa alegria.
O tempo te venceu.
Findaste como um fantoche tolo que pretende dizer ao mundo que ainda dás as cartas.
Querido... insultaste a máxima maior de tudo querer... E assim me perdeste.
Muitos espinhos nos travesseiros e no colchão.
Quanta diferença!
A mesma cama já abrigou meu corpo com almofadas de plumas e colchão moldado.
Minha cabeça em um balançar constante ameaça explodir...
As lágrimas caem naturalmente e de maneira pedinte...
A espera é vã... Não mais virás... Nunca mais.
Meu grito ecoa não apenas no quarto, mas em todos os cômodos...
Ninguém os ouve.
Apenas meu coração os sente.
Neste instante em que os segundos urgem,
desavindos com o tempo,
eu, com o tempo que me é permitido,
olho na lonjura do meu tempo vivido,
e penso-me serenamente,
passageiro de uma viagem, iniciada há algum tempo,
onde tive a sorte de desfrutar
o que a vida, com o seu respeitoso tempo,
me tem oferecido...
até que um dia, esta minha feliz viagem
termine, quiçá, calmamente
(José Carlos Moutinho) Postado em meu Face por Vasco José da Silva.
Dialética
É claro que a vida é boa
E a alegria, a única indizível emoção
É claro que te acho linda
Em ti bendigo o amor das coisas simples
É claro que te amo
E tenho tudo para ser feliz
Mas acontece que eu sou triste...
Soneto do amigo
Enfim, depois de tanto erro passado
Tantas retaliações, tanto perigo
Eis que ressurge noutro o velho amigo
Nunca perdido, sempre reencontrado.
É bom sentá-lo novamente ao lado
Com olhos que contêm o olhar antigo
Sempre comigo um pouco atribulado
E como sempre singular comigo.
Um bicho igual a mim, simples e humano
Sabendo se mover e comover
E a disfarçar com o meu próprio engano.
O amigo: um ser que a vida não explica
Que só se vai ao ver outro nascer
E o espelho de minha alma multiplica...
O instinto maternal faz com que u'a mãe esqueça até que tem direito a existir. Isto é justo? Não sei... Fica a dúvida.