Coleção pessoal de alicenetaraposo
O coração ... a pulsar
O brilho... de um olhar
O encontro... e o despertar
O beijo... e o calar
O destino ... e a direção
A vida... e uma paixão
Pequenos Versos de Alice Raposo
"O ser humano tem a mania de não saber aproveitar cada momento de felicidade que lhe é dado. E não é por mal. Às vezes, não nos damos conta, de tão especial que o momento é. Acontece de nós não sabermos que aquele momento, apesar de ser simples, pode fazer uma falta imensa num futuro próximo." Livro Sinto Muito, Meu Amor
"Às vezes, nós mesmos pensamos que, em determinadas situações, agiríamos de determinada maneira, e quando nos deparamos, agimos diferente do que havíamos imaginado." Livro Sinto Muito, Meu Amor
Entendam, meus netos, é sempre bom aprender com os erros dos outros, porque, quando a gente aprende com os nossos erros, somos nós que pagamos o preço”. Todos concordamos e ficamos bem atentos, com os olhos esbugalhados e brilhantes olhando para nosso avô.
“Seu Mariano tinha uma pequena venda. Era o único sustento da família. Ele já era idoso e tinha oito filhas. Não tinha nascido um homem na família, e naquele tempo, mulher só servia para casar. Mulher não estudava como hoje e nem se formava. Bem, um certo dia, ele percebeu um senhor que entrava com um saco vazio e saía com algumas coisas sem passar pelo caixa. E isto aconteceu por três dias seguidos naquela semana. No quarto dia, ele chamou o único policial da cidade e mostrou o homem. O policial ficou observando, viu o homem pegar alguns alimentos e sair sem pagar. Ele o seguiu, o homem saiu correndo sem olhar para os lados. Foi quando passou um carro que, naquela região, não era muito comum, e atropelou o homem que corria desembestado. A batida foi fatal. A história correu a pequena cidade até que a viúva apareceu, grávida, com uma menina no colo e outra segurando pela mão. Quando o dono do mercadinho viu, foi até ela e disse:
— Ele estava roubando, senhora.
— Ele estava roubando para alimentar a mim e às filhas. Estamos passando fome. E agora? O que vai acontecer conosco, meu Deus?
— Por que ele não trabalhava?
— Ele trabalhava, senhor, na lavoura, mas foi demitido com a crise, faz seis meses. Meu Deus, ele só queria matar a fome das filhas! Não temos o que comer...
A mulher se pôs a chorar, o choro veio mais forte quando a filha de três anos disse:
— Mãe, diz pro papai levantar que eu tô com fome!
Seu Mariano se colocou no lugar daquele homem. Olhou para as filhas dele, lembrou das suas e se pôs a perguntar se não era melhor ter chamado o homem para conversar; ter, de alguma forma, ajudado a arrumar um emprego em vez de chamar o policial. Ele até sabia de alguns amigos que estavam precisando de empregados. Até ele mesmo precisava de alguém de braços fortes, já que suas filhas não davam conta do trabalho pesado.
O policial, por sua vez, estava sentado debaixo de uma árvore, próximo do local, perguntando-se por que não havia abordado o homem dentro do mercadinho.
O homem foi enterrado no dia seguinte. Depois do enterro, todo sábado, Seu Mariano pedia para o policial levar uma cesta básica para a viúva, tentando, assim, diminuir um pouco a dor da família e seu remorso”.
— Não, vô, que história triste! — disse eu, já em lágrimas.
Carlinhos logo saltou e disse:
— Vô, mas ele não estava roubando? Morreu porque roubou.
— Que é isto, meu neto! Foi errado roubar, mas o preço pago por um pai de família que, no desespero, roubou um prato de comida, foi muito alto.
Livro Sinto Muito, Meu Amor
— Vô Joca, a menina viveu a vida toda no orfanato? — perguntei eu, sem entender o motivo por que a avó agia daquela maneira com a neta. Hoje, entendo que é difícil entender os motivos dos outros quando eles agem diferentemente do que estamos acostumados ou pensamos sobre determinado assunto. Cada ser humano é um universo paralelo, não temos como entender as atitudes dos outros, pois as experiências são individuais. Às vezes, nós mesmos pensamos que, em determinadas situações, agiríamos de determinada maneira, e quando nos deparamos, agimos diferente do que havíamos imaginado.
Livro Sinto Muito, Meu Amor
Entendam, meus netos, é sempre bom aprender com os erros dos outros, porque, quando a gente aprende com os nossos erros, somos nós que pagamos o preço.
Livro Sinto Muito, Meu Amor
Para um homem que erra, voltar a viver e ter uma chance é tudo. Sou um pássaro que, às vezes, canta, mas eu sou um homem muito feliz: ter a chance de recomeçar é tudo na vida de quem errou.
Livro Sinto Muito, Meu Amor
Não esqueça a coragem que há dentro de você. Entendo que, às vezes, acontece de sermos muito machucados pela vida, até mesmo pelas consequências dos nossos atos, e nos esquecemos da nossa essência.
Livro Sinto Muito, Meu Amor
Basta o mal de cada dia que tenho que enfrentar e que é o preço do meu pecado: a solidão. Não se engane, todos os nossos erros, um dia, voltam e nos cobram as suas consequências. Pago o meu dia após dia.
Livro Sinto Muito, Meu Amor
Meus erros não definem quem sou. Até as noites mais escuras escondem bons sonhos.
Livro Sinto Muito, Meu Amor.
O amor é o mais forte sentimento que possuímos.
Por ser eterno, não respeita o tempo e muito menos o espaço!
Pois nada separa quem se ama.
Nem mesmo o fim desta vida terrena.
A essência que há em nós e que nos uni permanece para sempre.
Perdoa a fraqueza dos meus olhos
Que teimam e transbordam de saudade de ti!
Perdoa o meu não querer tantas coisas, a falta de vontade
Por que tu não estás mais aqui!
E quando os meus olhos se fecharem distante e
Depois se abrirem perto de ti
Permita que em teu colo eu tenha um doce descanso!
"... na vida quando algo acaba, dá a oportunidade de algo melhor começar. Pense nisto sempre que você sentir que está perdendo algo. E nunca desista de algo que queira muito. O que mata a alma não é o que a vida possa nos dar e sim o nosso não tentar” Livro Maria do Sol