Coleção pessoal de alefjames
O que a natureza mostra, a arte reproduz, a filosofia questiona e a ciência explica... Mas ninguém, realmente, entende.
Quando quem me era estranho tornou-se diário e, então, poesia...
Estava eu alegre, cantante, em harmonia,
Como as cores e os perfumes,
Feito passarinho em banho de pia.
Quando quem me era diário tornou-se estranho e, então, saudade,
Estava eu sem banho, sem pia,
Continuei passarinho e, sinceridade...
Até cantava, mas sem harmonia.
Quando quem me era saudade tornou-se lembrança,
Depois memória e então nada, eu nem sonhava.
Estavam lá a pia, as cores, os perfumes...
Mas eu não cantava.
Quando quem me era nada, nada mudou, eu não sabia...
Mas me vi livre, tornei-me banho, tornei-me pia,
Tornei-me cores, perfumes, canto, poesia...
Hoje sou, em mim, a própria harmonia.
Sua imagem pode ser pintada de formas diferentes em muitos quadros. Mas são inspiradas no que você mostra.
Na distância, os interessantes vão para a lembrança e os significantes ascendem à saudade, mas os medíocres permanecem apenas nas fotos.
A vida é como um relógio: Cada novo dia é uma promissa de uma tarde a mais, mas cada novo "tac" é um "tic" a menos.
No relógio da vida, alguns preferem ir mais rápido, como o maior dos ponteiros, outros, escolhem ir mais devagar, como o menor. Mas ao final do 59º minuto, ambos fazem o mesmo movimento, no mesmo lugar.
Somos estreitamente ligados ao mundo em que vivemos. Mas profundamente atraídos por aquilo que não conhecemos.