Coleção pessoal de aleborges

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Se alguém dizer eu te amo. Vingue-se dela. Ame-a também.

Se o inverno chegou, a primavera não estará distante.

Nega-me o pão, o ar,
a luz, a primavera,
mas nunca o teu riso,
porque então morreria.

(...) Todo sentimento precisa de um passado para existir
O amor não, ele cria como por encanto um passado que nos cerca
Ele nos dá a consciência de havermos vivido anos a fio
Com alguém que há pouco era quase um estranho
Ele supre a falta de lembranças por uma espécie de mágica...

O que não provoca minha morte faz com que eu fique mais forte.

Não há fatos eternos, como não há verdades absolutas.

A vantagem de ter péssima memória é divertir-se muitas vezes com as mesmas coisas boas como se fosse a primeira vez.

Uma alegria para sempre

As coisas que não conseguem ser
olvidadas continuam acontecendo.
Sentimo-las como da primeira vez,
sentimo-las fora do tempo,
nesse mundo do sempre onde as
datas não datam. Só no mundo do nunca
existem lápides... Que importa se –
depois de tudo – tenha "ela" partido,
casado, mudado, sumido, esquecido,
enganado, ou que quer que te haja
feito, em suma? Tiveste uma parte da
sua vida que foi só tua e, esta, ela
jamais a poderá passar de ti para ninguém.
Há bens inalienáveis, há certos momentos que,
ao contrário do que pensas,
fazem parte da tua vida presente
e não do teu passado. E abrem-se no teu
sorriso mesmo quando, deslembrado deles,
estiveres sorrindo a outras coisas.
Ah, nem queiras saber o quanto
deves à ingrata criatura...
A thing of beauty is a joy for ever
disse, há cento e muitos anos, um poeta
inglês que não conseguiu morrer.

A solidão é atemporal. Um momento de solidão ou de medo pode encharcar a vida toda. Por isso é preciso, pela infância, pelos amigos, pelo encontro e pela vida, oferecer uma fogueira na noite

Só o fato de tentar mudar, já muda tudo. Nem que seja algo dentro da gente, nem que seja fictício.

Assim são os relacionamentos, dois estranhos que dão liberdade um ao outro e devem aprender a conviver entre beijos, abraços, ciúmes e todo o resto do mundo conspirando, às vezes para o bem e às vezes para o mal, mesmo assim esses estranhos quando juntos, evidenciam que claramente são os melhores amantes.

Pensando em você

Hoje eu acordei Pensando em você, amor! Ao me despertar,
você estás tão longe, sem poder te trocar
Os nossos prazeres, nosso amor febril...
Fico na saudade, preso de amor,
Ansioso, coloco meus pensamento a encontrar contigo
acaricia teu corpo, esta maravilhosa mulher,

Tens cada minuto do meu pensamento,
Dedicado apenas a este sentimento
De desejo puro, de saudade louca...
Vem matar-me o desejo, saciar o anseio,
Abraçar-me forte, vem beijar- me e ser muito beijada,
Vem tocar-me todo com a tua boca...

Meu tudo és tu, minha doce amada,
Amante amor da minha vida, mulher amada e toda idolatrada,
É em teu louvor que eu canto aqui...
Este meu desejo, face à distância,
Acelera o sangue e aumenta a saudade
Que me excita mais, por pensar em você...
Minha eterna paixão.

HPB

Nos momentos de dor, surgem as possibilidade de mudança,ganhamos sabedoria e experiência para caminharmos pelos caminhos certos.

Almas perfumadas

Tem gente que tem cheiro de passarinho quando canta. De sol quando acorda. De flor quando ri. Ao lado delas, a gente se sente no balanço de uma rede que dança gostoso numa tarde grande, sem relógio e sem agenda. Ao lado delas, a gente se sente comendo pipoca na praça. Lambuzando o queixo de sorvete. Melando os dedos com algodão doce da cor mais doce que tem pra escolher. O tempo é outro. E a vida fica com a cara que ela tem de verdade, mas que a gente desaprende de ver.

Tem gente que tem cheiro de colo de Deus. De banho de mar quando a água é quente e o céu é azul. Ao lado delas, a gente sabe que os anjos existem e que alguns são invisíveis. Ao lado delas, a gente se sente chegando em casa e trocando o salto pelo chinelo. Sonhando a maior tolice do mundo com o gozo de quem não liga pra isso. Ao lado delas, pode ser abril, mas parece manhã de Natal do tempo em que a gente acordava e encontrava o presente do Papai Noel.

Tem gente que tem cheiro das estrelas que Deus acendeu no céu e daquelas que conseguimos acender na Terra. Ao lado delas, a gente não acha que o amor é possível, a gente tem certeza. Ao lado delas, a gente se sente visitando um lugar feito de alegria. Recebendo um buquê de carinhos. Abraçando um filhote de urso panda. Tocando com os olhos os olhos da paz. Ao lado delas, saboreamos a delícia do toque suave que sua presença sopra no nosso coração.

Tem gente que tem cheiro de cafuné sem pressa. Do brinquedo que a gente não largava. Do acalanto que o silêncio canta. De passeio no jardim. Ao lado delas, a gente percebe que a sensualidade é um perfume que vem de dentro e que a atração que realmente nos move não passa só pelo corpo. Corre em outras veias. Pulsa em outro lugar. Ao lado delas, a gente lembra que no instante em que rimos Deus está dançando conosco de rostinho colado. E a gente ri grande que nem menino arteiro.

Costumo dizer que algumas almas são perfumadas, porque acredito que os sentimentos também têm cheiro e tocam todas as coisas com os seus dedos de energia. Minha avó era alguém assim. Ela perfumou muitas vidas com sua luz e suas cores. A minha, foi uma delas. E o perfume era tão gostoso, tão branco, tão delicado, que ela mudou de frasco, mas ele continua vivo no coração de tudo o que ela amou. E tudo o que eu amar vai encontrar, de alguma forma, os vestígios desse perfume de Deus, que, numa temporada, se vestiu de Edith, para me falar de amor.

Como acontece a alguém que fita o sol dourado, e vê depois em tudo um círculo encarnado, tal eu, quando não estás e o meu sol é posto, vejo, em tudo que vejo, o brilho do teu rosto.

Os Três Mal-Amados

O amor comeu meu nome, minha identidade, meu retrato. O amor comeu minha certidão de idade, minha genealogia, meu endereço. O amor comeu meus cartões de visita. O amor veio e comeu todos os papéis onde eu escrevera meu nome.

O amor comeu minhas roupas, meus lenços, minhas camisas. O amor comeu metros e metros de gravatas. O amor comeu a medida de meus ternos, o número de meus sapatos, o tamanho de meus chapéus. O amor comeu minha altura, meu peso, a cor de meus olhos e de meus cabelos.

O amor comeu meus remédios, minhas receitas médicas, minhas dietas. Comeu minhas aspirinas, minhas ondas-curtas, meus raios-X. Comeu meus testes mentais, meus exames de urina.

O amor comeu na estante todos os meus livros de poesia. Comeu em meus livros de prosa as citações em verso. Comeu no dicionário as palavras que poderiam se juntar em versos.

Faminto, o amor devorou os utensílios de meu uso: pente, navalha, escovas, tesouras de unhas, canivete. Faminto ainda, o amor devorou o uso de meus utensílios: meus banhos frios, a ópera cantada no banheiro, o aquecedor de água de fogo morto mas que parecia uma usina.

O amor comeu as frutas postas sobre a mesa. Bebeu a água dos copos e das quartinhas. Comeu o pão de propósito escondido. Bebeu as lágrimas dos olhos que, ninguém o sabia, estavam cheios de água.

O amor voltou para comer os papéis onde irrefletidamente eu tornara a escrever meu nome.

O amor roeu minha infância, de dedos sujos de tinta, cabelo caindo nos olhos, botinas nunca engraxadas. O amor roeu o menino esquivo, sempre nos cantos, e que riscava os livros, mordia o lápis, andava na rua chutando pedras. Roeu as conversas, junto à bomba de gasolina do largo, com os primos que tudo sabiam sobre passarinhos, sobre uma mulher, sobre marcas de automóvel.

O amor comeu meu Estado e minha cidade. Drenou a água morta dos mangues, aboliu a maré. Comeu os mangues crespos e de folhas duras, comeu o verde ácido das plantas de cana cobrindo os morros regulares, cortados pelas barreiras vermelhas, pelo trenzinho preto, pelas chaminés. Comeu o cheiro de cana cortada e o cheiro de maresia. Comeu até essas coisas de que eu desesperava por não saber falar delas em verso.

O amor comeu até os dias ainda não anunciados nas folhinhas. Comeu os minutos de adiantamento de meu relógio, os anos que as linhas de minha mão asseguravam. Comeu o futuro grande atleta, o futuro grande poeta. Comeu as futuras viagens em volta da terra, as futuras estantes em volta da sala.

O amor comeu minha paz e minha guerra. Meu dia e minha noite. Meu inverno e meu verão. Comeu meu silêncio, minha dor de cabeça, meu medo da morte.

Embora ninguém possa voltar atrás e fazer um novo começo, qualquer um pode começar agora e fazer um novo fim.

Quantos sonhos já destruí
E deixei escapar das mãos
Se o futuro assim permitir,
Não pretendo viver em vão

As pulgas sonham em comprar um cão, e os ninguéns com deixar a pobreza, que em algum dia mágico de sorte chova a boa sorte a cântaros; mas a boa sorte não chova ontem, nem hoje, nem amanhã, nem nunca, nem uma chuvinha cai do céu da boa sorte, por mais que os ninguéns a chamem e mesmo que a mão esquerda coce, ou se levantem com o pé direito, ou comecem o ano mudando de vassoura.

Os ninguéns: os filhos de ninguém, os dono de nada.
Os ninguéns: os nenhuns, correndo soltos, morrendo a vida, fodidos e mal pagos:
Que não são embora sejam.
Que não falam idiomas, falam dialetos.
Que não praticam religiões, praticam superstições.
Que não fazem arte, fazem artesanato.
Que não são seres humanos, são recursos humanos.
Que não tem cultura, têm folclore.
Que não têm cara, têm braços.
Que não têm nome, têm número.
Que não aparecem na história universal, aparecem nas páginas policiais da imprensa local.
Os ninguéns, que custam menos do que a bala que os mata.



O sol domorou a se por
O sono não vinha
As hroas passavam como o vento
Pensando apenas em uma pessoa, você.
A tristeza abala meu coração
Sinto você perto, porém vejo qu estou errado…
Tever e não te querer, é improvavel é impossível
O teu sorriso a me ver
O calor do teu abraço
O teu beijar ao rosto sem temer
A seu calma a me tranquilizar
As sabias palavras assim que me toca
Seu perfume agora pude sentir
Sem saber o porque
Poderá ser a brisa de nosso verão?
Poderia ser a lua em seu belo clarão?
Ou então seu sorriso quando fecho os olhos
Teu calor de pele macia
O geito de me olhar
Cada momento longe de você
Cada pedido para te ter
Lhe da ria o sol para te esquentar
Lhe daria a lua para te fazer compania quando eu não estivesse
Lhe daria os pontinhos brilhantes do céu, que alguns chamam de estrelas, mas para mim parece seus olhos se aproximando de mim
Lhe daria mais que mil rosas robadas
Apenas para te ver sorrindo
Apenas para lhe ter a meu lado sempre, mais que amiga, amante, companheira, ou algo bem mais…
Gostaria de lembrar de você no futuro proximo e me lembrar de você ao meu lado… mas, prefiro não me lembrar e sim lhe ter sempre comigo…
A tristeza é o sentimento que agora tento esquecer
Vou tentar me controlar, mesmo que consigua o sentimento não mudará
I cannot already hide the feeling any more…(o sentimento já não posso esconder).