Coleção pessoal de aleaguiar
AS MENINAS DE COSTAS
Distantes, femininas, meninas
A procura de um espelho
Tentando se edificar
Querendo encontrar-se
Permanecendo na margem
Observam apenas o reflexo
A procura de um lugar
Arriscando comunicar-se
Oprimidas, voz tremula
Tímidas, sonhadoras
Anunciam uns ruídos
De ecos pouco ouvidos
O FRESCOR DAS PALAVRAS
As palavras são como o vento...
Elas vêm como uma brisa
Acariciando o corpo
E oxigenando a alma
Depois se despedem e vão embora!
GENTE DENTRO DA GENTE
Expectativa presente e Positivo.
Do restaurante mediterrâneo.
Da capela, sensibilidade.
Poesia Helena Kolody!
E gente dentro da gente!
Fuxicos, gravuras e retratos.
Arte transformada em sonho,
sonho de um mundo Positivo.
E gente dentro da gente!
Da escola, pinturas, encantos e projetos.
Comprometimento, educação em transformação!
Da simplicidade tridimensional de sorrisos.
Curitiba, encontro em família!
E como dizia a guria: “gostinho da comida da vó”!
Fábrica, construção, ampliação.
Entre corredores, máquinas.
Lágrimas de alegria, cidades.
Entre papel esperança.
E gente de trabalho Positivo!
Corredores sonhos e transformação.
Sistematização, foco, sutileza e gostosuras.
Criança, esperança e sustentabilidade!
E gente dentro da gente,
com pensamentos parecidos!
Almoço polenta!
Presentes poesias e alegrias.
Vibração, sutileza, infância.
Educação infantil, responsabilidade!
Vontade de querer mais, infinita sintonia.
E gente dentro da gente!
Flor, jardim botânico!
Araucárias, ipês roxos e amarelos.
Canteiros geométricos, amor materno!
Reinventando as miudezas da vida.
Tendo gente sempre dentro da gente!
Estações tubos, de povo educado.
Com o caminhar do quero-quero
se exibe feito pavão!
Encantos. Vibração. Encontros. Despedidas!
De gente dentro da gente, positivamente!
MARIA SEM VERGONHA!
Acredito que estou aprendendo a olhar nos olhos o mundo.
Não que antes não o via, mas, agora vejo realçado.
Enxergando o que foi visto e não olhado, pois, olhar demanda tempo, paciência e vontade de apreciar suas singularidades.
Sem aprisionar, apenas enxergando o profundo a margem e contemplando a paisagem.
Se há uma flor que tenho admirado é a Maria sem vergonha, uma planta que produz flores da mais variadas cores.
É encontrada de forma espontânea em trechos de estrada, canteiros ou mesmo em vasos e jardineiras.
Porém, precisa de solo fértil e úmido, multiplicando em profusão.
Só quem vê, consegue enxergar sua profundidade.
Tenho deparado com essas belezas. Acho que antes nunca tinha utilizado tanto do olhar, estou aprendendo a comunicar-me.
Redescobrindo esse sentido, reparando as minudências, estou mais sensível enxergando detalhes que nunca tinha visto.
E como é bom tudo isso!
Nunca pensei que poderia comunicar tanto, horas e horas com os olhos. Tenho sentido uma energia muito forte aproximando-se da presença da lua, não sei explicar só sentir e olhar!
Lágrimas, brilhos, intensidades, penetrantes, reconhecendo-se, reparando e olhando!
Há momento na vida em que precisamos saltar, entrando em contato com o vento e há momentos que apenas precisamos olhar.
O olhar é mediato, mediado, lento é reparando no que nos rodeia é ver amor no seu olhar é desabituar a ver o que é essencial.
Estabelecendo uma relação de conhecimento com o real!
E como já dizia José Saramago: "Se puderes olhar, vê. Se podes ver, repara". Apreciando a Maria sem vergonha e reparando na beleza de suas cores!