Coleção pessoal de alcalina
Meu amor, te velo em todos os dias da
minha vida. Que eu seja a calmaria no meio
das suas trevas. Que seja eu aquela pessoa a
quem você procura para se encontrar quando
está perdido. Que eu te cubra de amor por
inteiro. Que eu te dê muitas noites de amor.
Que eu esteja eternamente dentro de ti
como você está em mim.
Que eu seja o ar que você respira.
Que a minha alma seja para sempre tua.
Eu me entrego inteiramente a ti, a tua vida e
a tua morte.
Que eu seja só tua, somente tua.
Que assim seja.
Eu também amo você, não sei
como, não sei de que forma e
nem o porquê.
E independente de qualquer
coisa,
você vai estar sempre aqui,
guardado e sendo
cuidado do meu jeito.
Sou assim...
Às vezes, distante, às vezes, perto...
Eu gosto de sumir e reaparecer,
mas estou sempre aqui.
Esse é o meu jeito.
E eu acho que é por isso
que te escrevo, para cuidar de ti, para cuidar
de mim – para não querer, violentamente não
querer de maneira alguma ficar na sua
memória, seu coração, sua cabeça, como
uma sombra escura.
Somos confusos... as vezes, nos
perdemos dentro de nós, outras vezes,
nos perdemos quando entramos em
corações alheios,
nos procuramos ali e não encontramos
ninguém e nem nós mesmos.
Se perder, é um medo que nem todos
querem viver,
mas isso nós não escolhemos...
somos pegos como presas rendidas e
indefesas, sem chão.
Nossos corações estão doentes e
perdidos,
gritamos socorro, pedimos por carinho.
Nós queremos amor.
Eu queria poder tocar
teu rosto, ouvir tua
respiração…
Só queria ter idéia da
tua grandeza, do teu
poder sobre mim.
Só isso.
- Não importa onde você estará…
Amanhã, será mais um dia que eu estarei
aqui, neste lugar, escrevendo coisas que
eu não devo dizer. E será assim, amanhã e
depois e depois de amanhã.
Muita coisa importante falta nome. Foi o
que nos disse Guimarães Rosa…
No que eu sinto, realmente, falta esse tal
nome, mas enquanto isso, eu apenas
sinto.