Coleção pessoal de AlbanoMarques
O que posso lhedizer acerca da existência, meu caro amigo, é que: não importa – como única verdade– de onde venhamos. Importa que estamos aqui e a vidanos sorri, acontecendo em nosso interior, nos permitindo moldarsua trajetória, fazendo com que direcionemos tudo a umfim que queiramos escolher.
A Coruja é o símbolo da sabedoria exatamente pelo fato de que, ao observarem os hábitos degrandes pensadores, intelectuais e artistas, notaram que estes produziam bem mais à noite. Também sou notívago.
Num momento de pausapara reflexão, podemos ser levados à percepção de que o serhumano seja um suicida em potencial pois, se a maioria da populaçãonão se interessa em saber se existem outros locais possíveisde abrigar nossa espécie e destrói totalmente o único localque lhe confere a existência, cria-se uma atitude perigosamente incoerente.
Devemos encontrar um ponto de perfeita harmonia onde se possa duvidar dos acontecimentos que nos fogem à razão, buscando elucidar, sem, no entanto, perder o vislumbre dapossibilidade, do sonhar, da poesia, que é um dos fatores primordiais que nos move e que age como um start, nos alimenta egera grandes oportunidades de nos levar a um próximo nível
na solução desse mesmo problema.
Ainda bem que em todas as eras e áreas, de tempos em tempos, brotam “os Teslas, os Einsteins, os Sagans, os Krishnamurtis”...
Para nossa sorte, de tempos em tempos, surgem algumas mentes visionárias que, apesar de constantemente serem tachadasde loucas em seu ambiente de convívio, defendem seuspontos de vista insistentemente. Fazem isso na mesma intensidade de vontade com que aqueles que ficaram cegos pelo
sistema insistem em tentar desmotivá-los. Ainda bem que não parampor aí pois, além de defenderem as suas visões, mantêm-se firmes nelas por tempo suficiente para que o próprio tempo venhaa nos fazer ver tais visões triunfarem sobre a ignorância
de muitos.
"Eu quero ser samaritano, mas quero ter carro do ano. Quero aprender como se protege, mas aprendendo como se fere. Pois sei que no fundo eu sou como a espada, ao mesmo tempo em que defende ela mata. Pois sei que no fundo eu sou como a estrada, ao mesmo tempo em que se estende, ela acaba. Sou dual e finito como tudo o que quero e o que não quero ser."