Coleção pessoal de alan_cassol

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A beleza interessa nos primeiros quinze dias; e morre, em seguida, num insuportável tédio visual.

O amor entre marido e mulher é uma grossa bandalheira. É degradante que um homem deseje a mãe de seus próprios filhos.

O artista tem que ser gênio para alguns e imbecil para outros. Se puder ser imbecil para todos, melhor ainda.

Há situações na vida em que já tanto nos dá perder por dez como perder por cem, o que queremos é conhecer rapidamente a última soma do desastre, para depois, se tal for possível não voltarmos a pensar mais no assunto.

Difícil é amar uma mulher e simultaneamente fazer alguma coisa com juízo.

Em certo sentido, a direita tem razão quando se identifica com a tranquilidade e com a ordem. A ordem é a diuturna humilhação das maiorias, mas sempre é uma ordem - a tranquilidade de que a injustiça siga sendo injusta e a fome faminta.

Cuidado com todas as atividades que requeiram roupas novas.

Prefiro um amor impossível, daqueles que nos fazem chorar, do que pertencer ao grupo dos que não acreditam no amor.

O amor eterno é o amor impossível. Os amores possíveis começam a morrer no dia em que se concretizam.

Há tempos estou vivendo uma estória-de-amor-impossível que rebenta a saúde: sei que não dá pé de jeito nenhum e não consigo me libertar, esquecer.

Há esperanças que é loucura ter. Pois eu digo-te que se não fossem essas já eu teria desistido da vida.

Vivemos em plena cultura da aparência: o contrato de casamento importa mais que o amor, o funeral mais que o morto, as roupas mais do que o corpo e a missa mais do que Deus.

Corro perigo como toda pessoa que vive. E a única coisa que me espera é exatamente o inesperado.

Não quero ter a terrível limitação de quem vive apenas do que é passível de fazer sentido. Eu não: quero é uma verdade inventada.

Na poça da rua
o vira-lata
lambe a lua

O melhor movimento feminino ainda é o dos quadris.

De alguma forma eu lutava contra sensações que continham pura abstração e nenhum gesto dirigido ao mundo atual.

"Acho que prefiro me lembrar de uma vida desperdiçada
com coisas frágeis, d
o que uma vida gasta evitando a dívida moral.
E me perguntei a que me referia com coisas frágeis.
Parecia um belo título para um livro de contos.
Afinal,existem tantas coisas frágeis.
Pessoas se despedaçam tão facilmente,
sonhos e corações também"

As pessoas temem mais a morte do que a dor. É estranho que tenham medo da morte. No ponto da morte, a dor acaba.

Eu vejo-me como um ser humano sensível e inteligente, mas com um coração de palhaço que me obriga a estragar tudo nos momentos mais importantes.